O Partido dos Trabalhadores (PT) de São Luís vai iniciar na próxima semana as discussões sobre as eleições municipais na capital. Parte das alas do partido já entrou no debate com tese de que a legenda deva ter candidatura própria em 2020 em São Luís. Há quem defenda coligação para apoiar ou Rubens Júnior (PCdoB) ou Bira do Pindaré (PSB).

Mas essa decisão sobre a estratégia do partido não passará somente pelas “vontades” locais dos petistas. A direção nacional tem interesses específicos com a candidatura própria do partido na capital maranhense.

E tudo passa por negociações com o foco bem voltado para o pleito de 2022. No caso de São Luís, a relação difícil que o governador Flávio Dino (PCdoB) causou à direção nacional e também – mais especificamente – ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o que baliza a posição do partido.

Como Dino “plantou dificuldade para colher facilidade” (como frisou nomes da direção nacional), a tendência é que o PT vire as costas para o candidato do PCdoB na capital. E para disfarçar qualquer novo embaraço com os comunistas, direciona os petistas ludovicenses a trabalhar pela escolha de uma candidatura própria.

Se o quadro tiver que mudar, deverá ser por meio de conversas “lá de cima”. Por enquanto, pelo lado do PT, o foco é apenas não facilitar em nada o que pode fortalecer Dino para 2022.

E diante de tal cenário, são os membros do PT local que ficam de saia justa, já que há uma aliança fechada entre o governador e parte dos petistas, e o comunista fará todas as pressões necessárias para que seu candidato, Rubens Júnior, tenha o apoio do partido do ex-presidente Lula.

Estado Maior