O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), visitou nesta semana a senadora Eliziane Gama (Cidadania), na abertura da Semana Maranhense de Retiros, evento religioso apoiado pela parlamentar, que é evangélica.

Mais do que a visita a uma aliada, em si, o fato mostrou-se emblemático pela companhia do comunista durante a agenda. Dino levou consigo o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos).

A proximidade entre os dois é cada vez maior. E não se resume aos afazeres administrativos. O governador e seu vice estão “fechados” e formaram nos últimos anos um grupo forte, de olho nos eventos político-eleitorais vindouros.

Brandão é o candidato preferido de Flávio Dino a sua própria sucessão – o governador pode ser candidato a presidente ou vice-presidente, ou, ainda, a senador. Tem a confiança e o respeito do atual chefe do Executivo.

E os movimentos que se sucedem, mês após mês, mostram que, na divisão que se formou no Palácio dos Leões e entorno – com Brandão e seu grupo de um lado, e o senador Weverton Rocha (PDT) e seus aliados, de outro – Dino está muito mais próximo do seu vice-governador.

A visita ao retiro de Eliziane parece apenas uma agenda comum de governantes. Mas, para bons observadores da cena política local, mostra muito mais do que está na superfície.

Só não vê quem não quer.

Estado Maior