Dizer que a vitória de Fernando Haddad (PT) sobre Jair Bolsonaro (PSL) no Maranhão é mérito do governador reeleito Flávio Dino (PCdoB), é no mínimo risível e uma demonstração de desconhecimento político incrível.

O que aconteceu no Maranhão, aconteceu em toda a Região Nordeste, ou seja, não foi um fato isolado de terras maranhenses, mas apenas o retrato de uma realidade que vem muito da situação do eleitorado da região, principalmente os menos favorecidos e que se colocam como escravos de programas sociais que, comprovadamente, conseguiram aumentar a pobreza extrema nos últimos anos.

Além disso, se compararmos a votação de Haddad com a votação de Dilma Rousseff (PT) tanto em 2010 quanto em 2014, o Maranhão deu vitórias mais expressivas para os petistas.

Em 2010, quando Dilma disputou contra José Serra (PSDB), a petista teve mais de 79% dos votos válidos no Maranhão. Quatro anos depois, mesmo depois do desastre do primeiro mandato de Dilma, os maranhenses praticamente mantiveram a votação e a petista teve quase 79% dos votos válidos.

Agora, em 2018, a votação foi expressiva sim, alcançou mais de 73% dos votos válidos, mas atribuir isso ao governador Flávio Dino é no mínimo uma forçação de barra impressionante.