A oposição ao governador Flávio Dino (PCdoB) segue o caminho mais lógico em relação à disputa presidencial neste segundo turno. Quem é contra o comunista tem declarado apoio ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Assim já fizeram o senador Roberto Rocha (PSDB), o deputado Adriano Sarney (PV) e o ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad (PRP).

A posição é mais contra o governador do que a favor de Bolsonaro ou contra Fernando Haddad, candidato a presidente pelo PT.

E a lógica é simples: a oposição não pode apoiar um candidato que tende a fortalecer o PCdoB – partido que nem alcançou a cláusula de desempenho – nacionalmente. Fortalecendo a legenda, que tem a vice de Haddad, acaba fortalecendo também Dino.

E foi dentro desse pensamento que lideranças do MDB e apoiadores reuniram-se para discutir a posição que seguirão no segundo turno. Por unanimidade, o grupo decidiu votar em Jair Bolsonaro.

Aliada à questão relacionada ao PCdoB há a posição do próprio PT local, que ficou ao lado de Flávio Dino, após integrar os governos de Roseana durante mais de quatro anos.

Sobre o apoio a Bolsonaro, há ainda 13 vereadores de São Luís trabalhando na campanha do “ex-capitão do Exército” junto à direção estadual do PSL, comandada pelo também vereador Chico Carvalho.

Pelo mover das peças – ao que parece -, no segundo turno da eleição presidencial no Maranhão as posições serão praticamente iguais às do primeiro turno na disputa local. Ou seja, Flávio Dino e seus aliados contra os candidatos que fizeram oposição ao governo comunista.

Declaração – Somente Odívio Neto (PSOL), que disputou a eleição ao governo maranhense, se posicionou a favor da candidatura de Fernando Haddad.

Ele segue a orientação do seu partido, cujo candidato da legenda, Guilherme Boulos, declarou votar no petista logo após o resultado das urnas no primeiro turno.

Segundo justificou Odívio, ele é contra as bandeiras que Jair Bolsonaro vem defendendo, como a questão do desarmamento.

Estado Maior