O ex-governador Jackson Lago (PDT) foi cassado por uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral que resultou na declaração da nulidade de sua eleição pelo Tribunal Superior Eleitoral. A Aije que levou à cassação do pedetista se baseou em dois fatos: pedidos de votos explícitos em Codó e em São José de Ribamar, fora do período permitido.

A julgar pela ação contra Jackson, iniciada em 2007 e julgada em 2009, o governador Flávio Dino (PCdoB) e seus aliados têm muito com o que se preocupar com suas condutas nas eleições de 2018. Afinal, já são tantas denúncias catalogadas apenas na pré-campanha que deixam as ações contra o pedetista no chinelo.

Se houver um julgamento justo, sério e com base única nos fatos, Flávio Dino não tem como escapar de uma condenação eleitoral – seja antes do pleito, contra o registro de sua candidatura, seja depois, caso ele venha a se eleger com base nas práticas já documentadas.

Flávio Dino pediu votos explicitamente em evento proibido – assim como Jackson; o governador fez campanha aberta no pátio do Palácio dos Leões (o que Jackson não fez) e o comunista usou a estrutura do governo para se promover e prejudicar adversários (Jackson também não fez).

Não há dúvida de que o pleito eleitoral de 2018 já está contaminado por ações suspeitas, condutas vedadas e prováveis infrações ao Código Eleitoral, qualquer que seja o seu resultado. E todos esses atos denunciados serão analisados em ações de investigações, impugnações e recursos contra a eleição. E foi por menos disto que Jackson Lago caiu.

Condenados – Nenhum especialista maranhense em direito eleitoral tem dúvida de que o governo comunista, reeleito ou não, enfrentará ações que podem resultar na inelegibilidade de seus agentes.

Alguns deles já escreveram artigos em jornais catalogando atos já cometidos por Flávio Dino e seus agentes, apontando que 2018 não acabará em dezembro.

E muitos destes agentes – eleitos ou não – fatalmente deverão estar de fora dos pleitos de 2020 e 2022.

Estado Maior

Em tempo: Sobre a matéria da coluna Estado Maior do Estado do Maranhão de hoje, sábado, cabe-nos o dever de informar, para repor a verdade dos fatos, que o ex-governador Jackson Lago, patrono deste Instituto, nem pediu votos para a sua futura campanha, nem exercia, à época, qualquer cargo público. A sua cassação, como todos sabem, foi um estupro judicial condenado pelo mundo jurídico nacional e comandado pelas forças retrógradas estaduais e federais.
Instituto Jackson Lago.