A relação entre o deputado estadual Raimundo Cutrim e o secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela, ambos delegados e pertencente ao PCdoB, segue estremecida e está longe de ser uma boa ideia chamar os dois para um mesmo local.

Nesta quinta-feira (08), Raimundo Cutrim voltou a abordar as declarações de Portela nas redes sociais e parece ter ficado visivelmente incomodado pelo fato do secretário de Segurança ter lhe chamado de covarde. Cutrim chega a desafiar Portela.

Eu tenho uma história e eu nunca soube ser covarde, eu assumo as minhas responsabilidades. Eu não nasci, não fui criado para dar passos para trás, eu só ando para frente. Então, pelo amor que você tem seus filhos, não chame um homem de covarde. Se você acha que eu sou covarde, vem com gracinha para cima de mim, para você ver o que é um covarde. E aí você vai ver quem é o covarde. Eu posso ser tudo menos covarde. Porque se você tem dúvidas, me provoque para ver o que é covarde, me provoque. Tu achas que não sou homem, me provoque”, desafiou Cutrim.

O parlamentar ainda fez outro desafio para o colega de partido e de profissão. “O secretário deveria se lembrar, saber dizer para a população por que na época de 1998 ele foi desligado da operação de combate ao crime organizado. Ele deveria dizer por que ele foi desligado e vir em público dizer. Ele não é homem para dizer por que ele foi desligado? Ele devia dizer”, questionou.

O deputado Raimundo Cutrim voltou também a falar sobre a operação que desbaratou uma quadrilha de contrabandistas e que culminou com a prisão de quase dez militares e do delegado Thiago Bardal, até então comandante da Superintendência de Investigações Criminais no Maranhão.

O parlamentar reafirmou que a competência da investigação é federal, não estadual. Questionou a parcialidade do juiz do caso, as condições profissionais do promotor e que o vazamento do áudio do ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério Garcia, acusando um secretário e dois deputados de darem apoio, mesmo que involuntariamente, a quadrilha, foi proposital.

“Eu continuo dizendo é que aquele vazamento foi para querer aqui pressionar o Presidente da Assembleia. Dizer: “Olha, não fala que eu vou dizer quem são os deputados”. Ele tem que dizer quem são os dois deputados. Vamos ver quem são os dois deputados”.

“Então será que o juiz está sendo parcial? O Dr. Ronaldo Maciel? Eu tenho minha desconfiança, porque ele sabe que não é competência dele. Agora eu quero ver o seguinte, como é que fica o Conselho Nacional de Justiça? De braços cruzados? Para que foi criado?Como fica o Conselho Nacional do Ministério Público? De braços cruzados? Como fica o Procurador da República do Maranhão? Não são guardiões da Constituição? Como é que fica? Eu desafio aqui quanto a competência. A competência é da Justiça Federal, não é da Estadual. A boca miúda me disse que o Secretário foi lá ao juiz pressionar: “Doutor, o senhor não vai prender o delegado, eu vou ficar desmoralizado”. Será que houve? Eu não sei, mas me disseram. Eu não sei disso, mas é o que se houve da boca miúda”

“E sabe qual é o promotor? É aquele mesmo que armou com o ex-secretário e os três delegados contra o Deputado Cutrim. É aquele mesmo e que digo sempre que ele não tem condições profissionais de estar na frente de uma operação dessa. Ele foi conivente. E está dizendo, tanto o juiz como o promotor, eles estão praticando crime de abuso de autoridade e atos de improbidade administrativa, porque eles sabem que não é da competência deles”

Pelo visto estava com a “metralhadora” ligada o deputado Raimundo Cutrim.

Agora é aguardar e conferir o desdobramento dessas declarações.