O governador Flávio Dino (PCdoB) utilizou-se do período carnavalesco – que nunca foi sua praia, desde que assumiu o governo – com um único objetivo: tornar-se popular exatamente no ano eleitoral. O que se viu nos quatro dias de folia foi um desengonçado comunista tentando ser natural entre os foliões, numa caricatura do Carnaval maranhense.

O comunista aventurou-se num terreno que é próprio de outros personagens dessa disputa eleitoral de 2018, como a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), o ex-secretário Ricardo Murad (PRP) e até mesmo o deputado estadual Eduardo Braide (PMN). É sabido no imaginário popular que essas lideranças gostam naturalmente do Carnaval, sem forçar a barra ou produção de imagens medidas milimetricamente para serem vendidas.

E foi exatamente pela necessidade de aparecer na avenida que Flávio Dino fez tanta zoada pela falta de cobertura dos seus passinhos de samba e suas danças meio sem jeito.

Ele pensou em aparecer assim tanto na mídia local quanto nas TVs, jornais e sites Brasil afora. Foi ignorado solenemente, embora a cobertura do Carnaval de São Luís tenha sido ampla e irrestrita em todas as mídias.

Flávio Dino entrou num terreno que não é seu para tirar proveito eleitoral. E só não conseguiu porque a imprensa percebeu claramente o seu objetivo do samba pelo voto.

Outros carnavais – O solo carnavalesco de Flávio Dino encontrou terreno fértil pela ausência das demais lideranças na folia.

Mesmo foliões de peso, como Ricardo Murad e Eduardo Braide, optaram pelo carnaval do interior, onde têm bases consolidadas ou em fase de consolidação.

Quem também desapareceu da folia foi o senador Roberto Rocha (PSDB), outro frequente em carnavais passados.

Naturalmente – A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) teve uma discreta, mas efetiva participação no Carnaval de São Luís.

Sem precisar forçar a barra ou de imagens pré-fabricadas para impressionar, ela optou pelos seus circuitos de costume, ao lado de amigos e familiares.

E não precisou sequer chamar atenção para ser chamada por populares em locais onde a folia seguia.

Estado Maior