Desde quando começou a crise entre deputados governistas e secretários candidatos, muita gente estranhou a postura omissa do governador e líder do seu grupo político, Flávio Dino. O comunista, como estratégia, optou por um silêncio sepulcral.

O Blog do Jorge Aragão chegou a questionar a cumplicidade de Flávio Dino com os supostos crimes eleitorais que foram denunciados por seis deputados governistas. Entretanto, nesta terça-feira (13), o jornal O Estado do Maranhão trouxe provas de que se o comunista não é cúmplice, fatalmente vai sendo beneficiado com as práticas de seus auxiliares.

O secretário de Estado da Agricultura Familiar, Adelmo Soares, pré-candidato a deputado estadual pelo PCdoB, é um dos que já foram citados pelos deputados governistas, foi flagrado num vídeo fazendo política eleitoral usando da estrutura do Executivo.

Nas imagens, Adelmo Soares aparece num evento do chamado Sistema SAF – composto pela pasta comandada por ele, além da Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária e de Extensão Rural do Maranhão (Agerp) e do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma).

Adelmo defende a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), referindo-se aos adversários do petistas como “golpistaso”.

“Como dói a gente ver esses golpistas perseguindo o trabalhador, como o nosso presidente Lula. Eu tenho fé em Deus que Lula vai ser candidato e que nós vamos reconduzir Lula”, diz ele, sob aplausos dos presentes.

Adiante, usa até um slogan de campanha do governador Flávio Dino para sugerir a reeleição do aliado.

“Eu tenho fé em Deus que nós vamos reconduzir, de forma digna, de uma vez por todas o Maranhão vai sepultar o passado, para acreditar no futuro. De uma vez por todas nós haveremos de construir um Maranhão de todos nós”, completou.

E, finalmente, pede que os presentes continuem “marchando” junto com ele para “transformar o estado”.

“Vou me despedir, meu povo, com o coração transbordando de alegria, de felicidade, de fé, na certeza de que vamos caminhar juntos, marchando, transformando nosso estado”, concluiu.

Agora passa a ser entendido o silêncio oportunista de Flávio Dino…