Mais um absurdo na área de Saúde foi registrado na cidade de Pinheiro. Um médico foi preso na madrugada desta quinta-feira (01), no Hospital Materno Infantil de Pinheiro, por omissão de socorro a uma criança, que posteriormente veio a óbito.
O médico preso por omissão de socorro é Paulo Roberto Penha Costa, que ainda reagiu a prisão e precisou ser imobilizado antes de ser preso e encaminhado para a Delegacia de Pinheiro.
De acordo com as informações do 10º BPM de Pinheiro, o ocorrido foi por volta das 3h, horário em que a guarnição foi acionada. No Hospital Materno Infantil, os policiais confirmaram a veracidade dos fatos.
“No hospital constatamos a veracidade dos fatos, pois solicitamos a presença do médico plantonista e fomos informados através da enfermeira que o mesmo não poderia receber a criança pois a mesma era de São Bento e o Materno não recebe pacientes desse município, cabe ressaltar que o médico não saiu do seu quarto nem para atender a criança é muito menos para falar com a guarnição que solicitou a sua presença”, destacou a guarnição no Boletim de Ocorrência.
Os policiais ainda relataram que o médico se recusou a acompanhar a guarnição. “Diante dos fatos nos deslocamos até o quarto do médico para explicar a gravidade dos fatos e mesmo assim ele continuou dizendo que não atenderia, portanto foi observado que o mesmo negou a atender a criança e que se tratava de uma omissão de socorro e por se tratar de um crime solicitamos que o mesmo nos acompanhasse para prestar esclarecimentos na DP, de imediato nos respondeu que não iria a lugar algum, reagindo com agressividade e arrogância, tivemos que imobiliza-lo é só assim conduzimos o mesmo. Minutos depois a criança veio a óbito dentro da ambulância”.
Resta saber se essa decisão, de não atender pacientes em ambulâncias de outros municípios, partiu da Direção do Hospital Materno Infantil, da Prefeitura de Pinheiro, e/ou do próprio médico.
Em tempo: o delegado regional de Pinheiro, Carlos Renato, em entrevista a Rádio Mirante AM, ao titular do Blog do Jorge Aragão, confirmou que o médico Paulo Roberto Penha Costa foi autuado por homicídio culposo. Também foi estipulado a fiança de 50 salários mínimos, mas caso não seja pago nesta quinta-feira, o médico será conduzido para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Em depoimento, o médico Paulo Roberto afirmou que cumpriu uma determinação da Direção do Hospital Materno Infantil. A Polícia Civil irá investigar o caso.
Isso partiu bem da cabeça do maluco do prefeito de Pinheiro, o tal do Luciano Genésio. Muita irresponsabilidade do médico atender essa ordem.
Juramento que eles fazem na sua FORMATURA, muitos deles esquecem, principalmente esses mais novos que pensam que SÃO O PRÓPRIO DEUS NO INTERIOR DO ESTADO, resta saber o CRM que mais uma fez vai se omitir e engavetar mais essa.
Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade.
Darei aos meus Mestres o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos.
Exercerei a minha arte com consciência e dignidade.
A Saúde do meu DOENTE será a minha PRIMEIRA PREOCUPAÇÃO
Mesmo após a morte do doente respeitarei os segredos que me tiver confiado.
Manterei por todos os meios ao meu alcance, a honra e as nobres tradições da profissão médica.
Os meus Colegas serão meus irmãos.
Não permitirei que considerações de RELIGIÃO, nacionalidade, RAÇA, PARTIDO POLITICO ou posição social se interponham entre o meu dever e o meu Doente.
GUARDAREI REPEITO ABSOLUTO PELA VIDA HUMANA desde o seu início, mesmo sob ameaça e não farei uso dos meus conhecimentos Médicos contra as leis da Humanidade.
Faço estas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra.
Um médico desse devia ficar preso para aprender a respeitar as vidas, ainda mais sendo recém nascido
Ordem absurda não se cumpre, pois toda regra existe uma exceção. A vida em primeiro lugar e essa criança foi ignorada a sua prioridade no atendimento médico hospital, sendo o sistema de saúde universal, mas que isso seja entendido, alguém tem que pagar o preço muito alto para que a compreensão prevaleça direitos fundamentais, individuais e coletivos que no Art. 5 da nossa Carta Magna Cidadã preceitua o direito à vida! Situação deplorável, isto é inadmissível, em nosso país, essas situações dandescas são como um grande dito popular onde sempre ouvíamos de nossos pais que, “costume do cachimbo, faz a boca ficar torta” , é que vimos muitos no interior do estado do Maranhão, onde o caos à saúde pública se instalou!
Entre as “otoridades” das cidades do interior, além do juiz, prefeito, promotor e delegado está também o médico.
Caro Sabóia esse “médico” foi algo além de irresponsável, essa tragédia é mais um relato de como a saúde principalmente a pública é pensada e conduzida no nosso País, já que atrocidades como essa são cometidas Brasil afora, devemos ficar atentos não apenas na atuação do Ministério Público junto ao caso,mas também como se posicionará o CRM (MA), claro que com o direito a ampla defesa pelo Médico.