A cada dia fica mais claro que a ideologia política pouco importa para o governador Flávio Dino, já que o objetivo mesmo, a qualquer custo, é buscar sua reeleição e seguir firme com o seu projeto de poder.

Também está claro que o comunista quer repetir o palanque eclético que teve em 2014, tanto que até já chegou a sinalizar para o presidenciável Jair Bolsonaro, mas levou um chega para lá do deputado federal, que, por diversas vezes, já deixou claro que não quer aproximação com os comunistas.

Entretanto, Flávio Dino não estará livre de demonstrar toda sua incoerência latente e seu verdadeiro objetivo com a aliança eclética. Muitos dos partidos que o comunista está tentando cooptar, possuem pré-candidatos à Presidência da República e que podem deixar o governador numa “saia justa” ao subir no mesmo palanque.

Um dos casos é o próprio DEM, cotado inclusive para indicar o candidato a vice-governador ou senador na chapa majoritária. O partido tem no presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, o mesmo que foi criticado por petistas sobre seu posicionamento do Bolsa Família, o nome para disputar a Presidência da República. Lembrando que Rodrigo Maia e o próprio DEM, foram determinantes para o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) e o arquivamento dos pedidos de cassação contra o presidente Michel Temer (PMDB).

Neste sábado (20), foi a vez do PTC, outro partido aliado de Flávio Dino, anunciar que o ex-presidente Fernando Collor de Mello estará na disputa pela Presidência da República. Collor que foi o primeiro presidente a sofrer o processo de impeachment.

O curioso é que para não conceder uma vaga de candidato ao Senado na sua chapa majoritária para deputado federal José Reinaldo Tavares, os comunistas alegam que o ex-governador não votou de acordo com a “recomendação” do governador, mas esquecem os inúmeros deputados federais que estão com Flávio Dino e que também não seguiram tal “recomendação” e partidos que trabalharam contra essas mesmas “recomendações”.

É claro que subir num mesmo palanque que Fernando Collor, Rodrigo Maia e tantos outros, será apenas mais uma prova da incoerência também política de Flávio Dino, até mesmo pelo fato de que já ficou claro que o comunista não medirá esforços e nem demagogia para se reeleger.