Por querer um palanque eclético, sem se importar com qualquer ideologia existente, apenas para tentar garantir um maior número de partidos para viabilizar sua reeleição, o governador Flávio Dino (PCdoB) terá algumas arestas para aparar, isso sem falar no imbróglio da composição da sua chapa para 2018.

O comunista quer o PT, mas não quer abrir mão do DEM, mesmo os partidos estando o tempo inteiro em campos opostos nacionalmente. Flávio Dino quer repetir o palanque eclético de 2014, apesar da dificuldade ser maior, justamente pelos ânimos acirrados após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT).

O DEM no Maranhão, assim como o PT, briga por uma vaga na chapa majoritária. O partido comandado nacionalmente pelo presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, pode emplacar o candidato a vice-governador, o atual secretário de Educação Felipe Camarão, ou o candidato ao Senado, o deputado federal José Reinaldo Tavares.

Só que foi justamente uma declaração de Rodrigo Maia sobre o Bolsa Família – “Criar um programa para escravizar as pessoas não é um bom programa social” – que fez petistas maranhenses partirem para cima dele e do DEM.

O primeiro a “detonar” Maia e o DEM foi justamente o pré-candidato do PT ao Senado no Maranhão, o ex-secretário de Esporte do Governo Flávio Dino, Márcio Jardim.

Pelo visto o palanque eclético de Flávio Dino pode ficar pequeno para tantas diferenças.