O Maranhão vive hoje um drama impressionante: parece que engatou marcha a ré e tudo piorou nos últimos tempos. Isso não é apenas uma percepção generalizada, mas pode ser verificado por números. As estatísticas no Brasil ainda são publicadas com algum atraso, por isso os dados de que dispomos hoje são, na maioria, de até 2016, mas são esclarecedoras: o andar para trás é real.
Os números baixaram, o Maranhão criou 300 mil novos pobres, aumentou impostos liquidando comerciantes e, atrás de dinheiro, taxou automóveis e motocicletas que o Estado, para fazer caixa, tomou de pequenos e pobres empreendedores.
Alguns dados, que explicam muito, raramente são citados. Vejam, por exemplo, a situação dos jovens entre 16 e 29 anos, quando estão começando a vida. O IBGE os divide em quatro categorias: os que só estudam, os que estudam e estão ocupados (trabalham), os que só trabalham e os que não estudam nem estão ocupados. O ideal seria que essa última categoria fosse a menor. Até três anos atrás, o índice dos que não estudam nem trabalham estava melhorando, mas em 2016 piorou 13%. Os que estudam e trabalham caíram 27%, os que só estudam subiram 6% e os que só trabalham caíram 12,5%. O que isso explica? Que os jovens não encontram trabalho – 70% deles (23% maior que a média nacional). Os jovens e os adultos, pois em dois anos o número de pessoas ocupadas caiu em 106 mil. O de pessoas desocupadas, por outro lado, cresceu 58%, passando de melhores que a média nacional para piores. Em São Luís cresceu 61%, chegando a praticamente 1 entre cada 5 maranhenses maiores de 16 anos que têm condição de trabalhar!
Para qualquer lado que se olhe os números são ruins. O PIB – Produto Interno Bruto, que mede o conjunto de riqueza de uma região – maranhense caiu 3,3% em 2015 e 6,9% em 2016.
Somos hoje o único estado em que mais de metade da população vive abaixo da linha de pobreza. O número de pessoas com renda menor ou igual a meio salário mínimo aumentou, em 2016, cerca de 10%, passando a ser o dobro da média nacional.
O que mais se vê é abandono e desânimo. Estradas abandonadas – as estradas estaduais são consideradas pela Confederação Nacional dos Transportes as piores do país -; ruas e avenidas alagadas, como a Avenida dos Africanos e a orla do Araçagi; violência batendo recordes; obras, como a da Barragem do Bacanga, onde em setembro de 2015 afundou uma comporta, com atraso de 1 ano.
Para não ficar só no ruim, temos pelo menos uma boa notícia, a inauguração de uma obra do governo federal importante, que é a duplicação do trecho da BR-135 entre a Estiva e Bacabeira. É conquista de Roseana e da bancada federal do Maranhão, que se empenhou para que esse ponto de estrangulamento fosse superado. A obra foi inaugurada na quinta-feira, com presença de ministros e parlamentares, mostrando que o governo federal está trabalhando para nosso Estado.
Coluna do Sarney
Nutro grande respeito pela história do ex presidente. Contudo, somos seres históricos, assim como nossa realidade é produto de uma historicidade. Em se tratando do aumento da pobreza, o Brasil, de modo geral vive o aumento dessa realidade. Durante quase 50 anos Vossa Senhoria ou seu grupo esteve à frente do nosso Estado e como era o Estado? O melhor do país? Um dos melhores? Entre os 20 melhores? Não presidente…Voltando ao teor histórico, o tempo do governo atual não corresponde nem a 10% do seu grupo. Mas enfim, outubro próximo o povo maranhense fará o necessário julgamento, e de uma coisa não podemos esquecer…..a história como ciência inexata que é não permite esquecermos os acontecimentos de um tempo tão próximo!
Desculpe Pedro, mas não foram todos os estados que aumentaram a pobreza extrema, ao contrário, foram muitos poucos, entre eles, o nosso Maranhão, infelizmente;
No Correio Brasiliense tem matéria muito boa sobre o assunto,demonstrando que pelo segundo ano segundo a pobreza no Brasil cresce. Independente de política,esse dado é importante para discussão não ser tendenciosa. São Luís é uma ilha, o Maranhão não. Nesse contexto, os impactos externos se fazem presentes aqui,não perdendo de vista as ações que poderiam ser tomadas pelo governo. Dessa forma, o ciclo de involução do Maranhão, para além do número de pobres precisa ser analisado em uma perspectiva macro. Dessa forma, agiremos com responsabilidade. Ou então vejamos um parâmetro: o Maranhão antes do governo atual possuía quantas escolas de pau a pique? As escolas que estão sendo construídas/ reformadas atualmente terão algum impacto social relevante ano que vem? A resposta é não! O contexto educacional do Estado sempre foi muito ruim e o governo atual dificilmente vai colher os produtos do que está plantando. Analisei um aspecto só! Essa discussão é ampla e quem conhece a história brasileira sabe as marcas que as oligarquias deixaram no país, a citar a família Collor em Sergipe, Jeressatti no Ceará, Magalhães na Bahia, Cunha Lima na Paraíba e, sem dúvida, a oligarquia Sarney no Maranhão. Se contra os números do IBGE não existem argumentos( se assim quiserem) contra a história também não há. Abraço Jorge.
Meu caro Pedro, o amigo apenas tergiversa. Inicialmente vc disse que foram todos os estados que a pobreza extrema aumentou e isso não é verdade, ao contrário, foram poucos os estados que isso aconteceu, infelizmente o Maranhão é um deles. Ninguém esta dizendo que a pobreza extrema não existia no Maranhão, apenas que ela aumentou no Governo Flávio Dino, segundo dados do IBGE.O comunista se elegeu prometendo acabar com a pobreza extrema, mas ao invés disso fez foi aumentar no Maranhão em 2%, infelizmente. E isso é o retrato da fraca gestão e não é o único. O Maranhão estava com o PIB crescente, mas o acumulado de 2015 e 2016 teve queda de 8%, dados oficiais também do IBGE. Pior é que os números ruins não param por ai. No fim de 2017, uma pesquisa CNT atestou que a qualidade das estradas maranhenses, que sempre estiveram entre as piores do Brasil, piorou de 2015 para 2016, ou seja, dentro da gestão Flávio Dino. Como digo sempre, contra números, e olha que não são poucos, não existem argumentos. Abraços e bom fim de semana;
Perfeito o ex-presidente, o Maranhão segue num caminho todo errado e os números deixam isso bem claro.
Morre múmia
Desculpe Sandro, mas o debate não é esse, desejar o mal aos outros, sempre retorna, fica a dica;
Jorge, assumo que não simpatizo com o Sarney, m d forma irresponsável meu sobrinho pegou o celular da minha mão p ler os comentários, não percebi ele digitando, fica aqui minhas desculpas a vc e ao senhor José Sarney, jamais irei compartilhar algo dessa natureza.
Bela atitude Sandro, é isso aí, vamos em frente;