Em novembro de 2017, o juiz auxiliar de entrância final Roberto de Oliveira Paula tomou uma decisão atípica, mas que agradou em cheio a população. O magistrado decidiu solicitar ao Tribunal de Justiça do Maranhão para que sejam excluídos do seu contracheque os auxílios a Moradia, Saúde, Alimentação e Livro.
O magistrado, que ganhou imediatamente o reconhecimento da população pela atitude, entende que ainda não existe um entendimento pacífico sobre a legalidade desses benefícios e, entre outras coisas, justificou que “sem solução do impasse e incomodado com as justas críticas da população quanto a esses ‘penduricalhos’, é que se justifica o presente pedido”.
Só que a decisão do juiz Roberto de Paula desagradou a AMMA – Associação do Magistrados do Maranhão. Em postagem, na própria página da AMMA, o presidente da entidade, o juiz Angelo Santos, classificou a atitude do colega magistrado como hipócrita.
“A manifestação é pura hipocrisia e visa colocar a opinião pública com a utilização de argumentos distorcidos contra a magistratura que vem prestando relevante serviço ao país”, afirmou o presidente da AMMA (reveja).
Nesta semana, o juiz Roberto de Paula deu mais um belo exemplo. O magistrado, que antes de abdicar dos auxílios havia recebido durante algum tempo, decidiu agora solicitar e autorizar ao Tribunal de Justiça que desconte mensalmente 4% do seu subsídio, até que seja efetivamente devolvido o total do valor recebido indevidamente. Clique no documento acima para ampliar.
Será que a AMMA classificará novamente a decisão do juiz como hipocrisia ???
É aguardar e conferir.
Pena que seja uma exceção e não a regra
Estamos esperando o pronunciamento do presidente da Associação dos Magistrados do Maranhão recomendando que todos os juízes do estado ajam da mesma forma.
O que será que o presidente dessa AMMA vai dizer agora? Ele deveria seguir o mesmo exemplo, mas nunca fará isso, não tem a mesma postura desse brilhante juiz Roberto de Paula.
Imaginem o valor do terço de férias desses imortais, que suas férias são o dobro dos pobres mortais, e é bom lembrar o recesso natalino e de final de ano.