Por Abdon Marinho – ALGUÉM que integre o governo estadual, seja aliado ou simplesmente adulador, desde que possua um mínimo de pudor deve estar constrangido em ver suas maiores autoridades apanhadas numa situação tão vexatória e infantil.
Falo do descabido festejo a um suposto ranking do site G1, da rede globo, colocando o governador Maranhense como o maior cumpridor de promessas feitas em campanhas eleitorais.
A informação não era verdadeira. Os integrantes do governo, seus aliados, militantes e mesmos jornalistas simpáticos a administração comunista sabiam que a informação era furada – se não sabiam, pior, pois revela total falta de compromisso com o que divulgam.
Pois bem, embora soubessem (ou deveriam saber) que o ranking do G1 não correspondia a verdade trataram elevar a última potência a máxima de Rubens Ricupero – segundo a qual deve-se esconder as coisas ruins e ampliar as boas –, e partiram para a “ocupação” das redes sociais, mídias eletrônicas e impressa para difundir a informação de que o senhor Dino seria o governador mais realizador do Brasil.
Não bastasse secretários, aliados ou aduladores, o próprio governador entrou em campo para difundir a patranha. Um vexame. Não se deram o trabalho sequer de examinar o conteúdo do ranking divulgado.
Se tivessem feito um exame, mesmo superficial, teriam percebido era baseado em apenas 37 propostas de campanha e não nas 65 registradas perante a Justiça Eleitoral e que está à disposição de qualquer um no site no Tribunal Superior Eleitoral, na ferramenta “DivulgaCand”.
O equívoco do site, parece, vem sendo cometido desde a primeira versão da “pesquisa”.
Se tivessem examinado com cuidado teriam percebido que o G1 não apenas suprimira mais de um terço da avaliação quanto deixara de fora propostas feitas em programas de rádio e televisão. Um exemplo: o governador prometeu transformar a MA 006 na rodovia de integração do Maranhão. Quem não sabe essa rodovia vai de Apicum-Açu, no norte, a Alto Parnaíba, no extremo sul do estado, algo em torno de 1.251 km.
Desta rodovia, salvo melhor juízo, asfaltaram o trecho entre Pedro do Rosário e Zé Doca. Não tenho conhecimento de quaisquer outras obras na MA no sentido torná-la a rodovia de integração do estado, por onde deveria circular toda nossa riqueza. Se tivesse tempo, e dinheiro, até tentaria sair de Apicum-Açu para tentar chegar a Alto Parnaíba usando a tal rodovia de integração.
Aliás, de obra de infraestrutura constante do ranking do G1, que é o que realmente onera as contas públicas, apenas uma: garantir o abastecimento de água a todos os maranhenses.
Mesmo esta única proposta na infraestrutura não foi cumprida na totalidade. A falta de água é presente em todo o estado, e mesmo capital padece da falta d’água. Comunidades inteiras, em plena capital, são abastecidas em dias, às vezes em intervalos até maiores. Na capital.
O que dizer dos longínquos povoados ou zona rural?
Nem devemos falar em saneamento básico. Este mesmo é que não existe.
Não entendo se por ingenuidade, má-fé ou mesmo pela pura e simples tolice, tenham dado amplitude e tentado faturar politicamente com o ranking fajuto do G1.
Vejam, quando digo que o ranking é fajuto, não o faço no sentido de desmerecer, mas apenas e tão somente, por entender não tem qualquer lógica você comparar situações distintas: propostas diferentes, pesos diferentes, quantidades diferentes e colocar num ranking. Não é razoável.
Um exemplo: um governador que prometeu mais obras estruturantes e menos medidas de fácil solução, certamente este será mais mal avaliado, pois as condições da economia não tem permitido muitas obras assim, ainda que tenha feitos obras importantes e impactantes para seu estado.
O governo do Maranhão foi avaliado em 37 promessas, das quais segundo o ranking cumpriu 22 (que estão sendo questionadas pela oposição, que afirma que promessas como o “promunicípio” apenas, para citar um exemplo, não existe).
As promessas cumpridas, contando com as questionadas e sem considerar as promessas de palanque, como a MA 006, representa, apenas pouco mais de um terço do que foi registrado no TSE.
Como vamos dizer que isso é mais que o realizado pelo governo de São Paulo, que das 68 promessas avaliadas, já cumpriu, integralmente, 34 promessas, ou seja, metade.
Nessa matemática um terço é mais que metade?
Sem contar que são realizações que estão bem distantes da nossa realidade pelos valores e impactos envolvidos.
E vão dizer: não podemos comparar São Paulo com MARANHÃO. É certo.
Assim como não podemos comparar outras situações.
O que quero dizer com isso é que esse ranking é absolutamente arbitrário e que não poderia ter sido levado a sério por pessoas com um mínimo de discernimento. Pareceu-me algo bem próximo de uma tentativa de imbecilização das pessoas.
Por fim, causa-me estranheza que as autoridades maranhenses tenham tentado “faturar” politicamente com algo tão fácil de ser desmoralizado.
Um constrangimento desnecessário.
Abdon Marinho é advogado.
Realmente totalmente desnecessário burlar os dados. Se tivessem se mantido apenas nos dados, conseguiria matérias positivas e verdadeiras, mas foi querer ser mais esperto, pensando que todos eram bestas, foi pego na mentira.
Foi de uma prepotencia como de costume e se deu mal. Eles comemoravam até mesmo no caixão de Humberto Coutinho, nem respeitaram a morte do ex-presidente. Só que agora veio a verdade e 37 promessas é quase a metade das 65 realmente feitas. Eita Dinóquio do inferno.
flavio lalau ta pensando que vai ser como em 2014 que ele emprecnou um virus em todo site que se abria estava la o virus da mentira 65 por cento esse ano tem muita enceticida para combater esse virus