Na terça-feira (12), fizeram exatos 30 dias que a advogada Ludmila Rosa Ribeiro da Silva, foi vítima de uma agressão covarde do ex-companheiro, Lucio André Genésio, irmão do prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio.

De lá para cá, Ludmila segue clamando por justiça e quer a prisão de seu agressor. Lúcio Genésio chegou a ser preso, mas foi liberado após o pagamento de fiança, e agora segue foragido, depois que sua prisão foi decretada pelo juiz Clésio Cunha.

Só que curiosamente e estranhamente, a polícia do Maranhão não consegue prender o agressor covarde, o que tem ocasionado revolta na vítima e em familiares e amigos.

A advogada já afirmou que foi vítima de uma tentativa de homicídio e que teme ser uma estatística do feminicídio no Brasil

Ludmila utilizou as redes sociais para novamente desabafar. A advogada volta a questionar se o Maranhão tem condições mesmo de cumprir a Lei Maria da Penha e pede que as pessoas ajudem a compartilhar seu desabafo, pois para ela, Lúcio Genésio só vai aparecer quando a mídia esquecer. Veja abaixo o novo desabafo, quando completou 30 dias da covarde agressão.

Que ironia da vida. Quando a DEM comemora 30 anos de existência, meu agressor comemora 30 dias de impunidade.

É complicado administrar o medo, a angústia, o cansaço e esgotamento físico e psicológico que sinto, e o pior é o sentimento de frustração.

Não pensei que fosse tão difícil ver dois mandados de prisão preventiva serem cumpridos. Mandados esses, que o agressor tentou por meio de pedidos de revogação, se eximir.

Graças ao bom entendimento do MP e dos juízes não foi concedido esse benefício para quem sempre vem se mostrar alheio às imposições da justiça.

Eu fico sem entender o motivo de tanta dificuldade. A justiça concede a prisão preventiva, mantém essa decisão, pois coerentemente com a Lei Maria da Penha, prima pela proteção da mulher, quando é hora do sistema de segurança mostrar que o Estado do Maranhão tem condições de fazer cumprir dois mandados de prisão, ficamos sem resposta.

O Estado do Maranhão tem condições de cumprir? Se tem, qual o motivo de não ter prendido o foragido? Se não tem condições, o que está fazendo para resguardar as vítimas de violência doméstica? Quais as medidas adotadas para ter condições de fazer cumprir as determinações legais e judiciais?

Espero que a cada dia possamos evoluir no que diz respeito à efetiva aplicação da lei Maria da Penha. Precisamos de todo o sistema fortalecido e apto para receber mulheres que como eu tem coragem de denunciar. Acima de tudo, um sistema que resguarde a vítima e não o agressor.

Só mais um desabafo de quem teima em não desacreditar que a justiça dos homens funciona. Pois a de Deus eu não tenho dúvidas.

Se você me entende, me ajude. Compartilhe. Denuncie.

Resta perguntar mais uma vez, afinal perguntar não ofende: se o foragido não fosse irmão de um aliado do governador Flávio Dino, ele já não estaria preso???