A deputada Ana do Gás; o PCdoB, partido dela; a diretora da UPA do Parque Vitória, Camila Maia; e o próprio governo Flávio Dino (PCdoB) devem explicações mais claras sobre o episódio envolvendo o bate-boca entre a parlamentar e a gestora da unidade de saúde sobre a existência de funcionária fantasma no local.

Tudo devidamente registrado em vídeo. O caso veio à tona na sexta-feira, 1º, à noite – quando vazaram as imagens da deputada coagindo a diretora da UPA a assinar a folha de ponto da irmã. Até agora, no entanto, nem a comunista, nem a gestora da UPA se posicionaram sobre o assunto.

O secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, disse apenas que a servidora em questão é irmã de Ana do Gás e concursada da saúde estadual há 23 anos – como se isso fosse salvo conduto para alguém receber sem trabalhar.

Tudo isso em meio à Operação Pegadores, que investiga justamente o desvio de recursos da saúde – são, pelo menos, R$ 18 milhões surrupiados, segundo a Polícia Federal – para o pagamento de funcionários fantasmas e de salários “extras” a indicados do alto escalão governista.

Diante da repercussão, se não dão explicações à sociedade – mesmo procurados pela imprensa para tal -, deverão ser, todos, chamados a dar explicações à PF. E esclarecer em que condições uma funcionária era mantida sem trabalhar numa UPA, mesmo recebendo salários.

Estado Maior