SINDJUS apoia decisão do juiz Roberto de Paula

por Jorge Aragão

E ainda segue rendendo a decisão do juiz Roberto de Paula, que na semana passada decidiu encaminhar ofício ao Tribunal de Justiça para que sejam excluídos do seu contracheque os auxílios a Moradia, Saúde, Alimentação e Livro, que o próprio magistrado classificou como “penduricalhos”.

A decisão de Roberto de Paula, que agradou a maioria absoluta da população, foi motivada pelo fato do magistrado entender que ainda não existe um entendimento pacífico sobre a legalidade desses benefícios.

Só que como toda unanimidade é burra, a AMMA – Associação dos Magistrados do Maranhão emitiu Nota classificando a decisão do juiz Roberto de Paula como hipócrita (reveja).

Entretanto, se a AMMA não gostou, o SINDJUS – Sindicato dos Servidores da Justiça, adorou. O sindicato emitiu Nota parabenizando o magistrado pela decisão atípica. Veja abaixo.

O Sindicato dos Servidores da Justiça do Maranhão (Sindjus-MA) manifesta publicamente a sua solidariedade ao juiz de Direito, Carlos Roberto de Oliveira Paula, por ter – de livre, espontânea e consciente vontade – comunicado à Administração do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão o seu desacordo em continuar a receber verbas indenizatórias incompatíveis com preceitos constitucionais.

Temos a plena convicção que a atitude do ilustre magistrado, corajosa, coerente e irrepreensível do ponto de vista jurídico e ético, reflete o pensamento da sociedade civil quanto a mudança de postura, tão necessária, como inadiável, para aumentar a confiança da população no Poder Judiciário e na prestação jurisdicional.

E a polêmica deve prosseguir durante a semana.

ADEPOL divulga moção de repúdio contra secretário Jefferson Portela

por Jorge Aragão

A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do Maranhão (ADEPOL) divulgou moção de repúdio em que condena “abusos e desvios de finalidade” praticados pelo atual secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, e manifesta total solidariedade aos delegados Gustavo Tavares Barbosa de Matos, Virgínia Loiola Beserra e Fábio Silva Cordeiro Pessoa. Os dirigentes da entidade afirmam que as autoridades policiais estão sofrendo retaliação por terem exposto as péssimas condições das delegacias no interior do Maranhão.

De acordo com a nota assinada pelo presidente da ADEPOL, Marconi Chaves Lima, o secretário de Segurança determinou a abertura de processos administrativos contra os delegados e também a remoção de Virgínia Loiola e Fábio Cordeiro “em retaliação pelo exercício da profissão e liberdade de expressão”.

Gustavo Barbosa responde a processo disciplinar por informar ao Ministério Público em Imperatriz que o Sistema Integrado de Gestão Operacional (Sigo) estava desativado. Virgínia Loiola desabafou, em sua página no facebook, sobre a falta de condições adequadas de trabalho. Contra Fábio Cordeiro pesa o fato de ter sido despejado do imóvel em que funcionava a Delegacia de Peritoró, mesmo tendo comunicado o atraso de um ano no pagamento do imóvel à Secretaria de Segurança.

Para a ADEPOL, o secretário Jefferson Portela alega que os três delegados comprometeram a instituição policial com suas ações e está “usando de subterfúgios para aplicar punição sem previsão legal, atingindo de morte a honra e a dignidade de pais e mães de família”. “Numa sociedade livre, ninguém está acima de crítica. Não há verdadeira democracia se as pessoas são livres apenas para concordar, nunca para discordar. Não há liberdade se as pessoas são livres apenas para calar e consentir, nunca para divergir”, ressalta a moção de repúdio.

Afirmando que Jefferson Portela faz censura, demonstração de autoritarismo e tentativa de intimidação da categoria funcional dos delegados de polícia civil do Maranhão, a ADEPOL cobra do secretário os meios e recursos materiais e humanos para tirar a Polícia Civil do estado de abandono, na capital e no interior do Maranhão, para combater adequadamente o crime. E alerta que a categoria está mobilizada em apoio aos três delegados e a qualquer outro que venha a ser retaliado, inclusive com a prioritária adoção de medidas legais para coibir e denunciar estas e quaisquer outras represálias contra seus associados.

Clique aqui para ver na íntegra a moção de repúdio

Desmistificar é preciso – parte III

por Jorge Aragão

Por Joaquim Haickel

Como já disse na abertura de meus artigos anteriores, para que se possa bem analisar o quadro político maranhense, é indispensável que primeiramente joguemos por terra alguns mitos que nos induzem a graves erros de avaliação. Vejamos um terceiro mito que precisa ser derrubado.

Existe outra farsa que precisa ser exposta e desmascarada. Alguns jornalistas que alugam suas penas, suas vozes e as consciências que deveriam ter, vêm se dedicado a difundir a ideia de que o senador Roberto Rocha é um ingrato e um traidor, tendo virado as costas ao governador Flávio Dino.

Isso não é de forma alguma verdade! E para provar isso preciso apenas usar como exemplo a maior referência da política do Maranhão: Zé Sarney.

Todas as vezes em que Sarney se desentendeu com alguém, a culpa desse desentendimento recaiu sobre esse alguém e nunca sobre Sarney! Sabem por quê!? Porque Sarney detinha o poder político necessário para fazer com que todas as pessoas que importassem no contexto, acreditassem em sua versão, para que ela fosse tida como a versão real, verdadeira e quase sempre a única.

Da mesma forma que Sarney agiu assim diversas vezes em sua trajetória política, Flávio Dino agiu com Roberto Rocha. Para colocar o senador como vilão Flávio Dino usou a mesma estratégia do político que ele diz ser ultrapassado. Sarney agiu desta maneira em relação a Pedro Neiva de Santana e a João Castelo. Anos mais tarde, Roseana faria coisa parecida com Zé Reinaldo. Coisa essa que se provou ser totalmente equivocada, pois o declínio de seu grupo começou naquele evento.

Se há alguém ingrato na política do Maranhão é Flávio Dino! Vejam como ele trata Zé Reinaldo, o homem que realmente o inventou para política, carregando-o nas costas e elegendo-o deputado federal em 2006.

No caso de Roberto Rocha, foi Flávio Dino quem decidiu alijá-lo de seu grupo, pois sempre achou que ele era um corpo estranho, que tinha posições políticas e ideológicas diferentes das dele.

Flávio é o tipo de político que não admite a menor contestação. Cacoete de mal juiz! Autoritário extremado, só fica feliz quando as pessoas à sua volta concordam com ele, de livre e espontânea vontade ou através do medo ou da coação, não importa.

Na verdade Flávio usou Roberto para ter, ao mesmo tempo, em sua campanha eleitoral de 2014, o apoio do PSB, então partido de Rocha e também da cúpula do PSDB, de quem Rocha sempre foi muito próximo.

Ao pagar jornalistas, blogueiros e radialistas para tentarem desconstruir a figura de Roberto Rocha, fica clara mais uma faceta de Flávio Dino que precisa ser exposta para que seja desmistificada e jogada abaixo. A faceta da honradez de propósitos, a farsa da seriedade na prática da política, o mito do bom moço, do ex-juiz que abandonou a magistratura para salvar o Maranhão de seu destino nefasto. Isso não é verdade. O que ele e seus asseclas tem é um projeto de poder que durará no máximo oito anos.

Agindo como tem agido em relação ao senador Roberto Rocha, tendo alijado-o de seu grupo, impedindo que se manifestasse, tirando-lhe autoritariamente a possibilidade de defender seus pontos de vistas no âmbito interno de seu grupo, foi Flávio Dino quem traiu Roberto Rocha e não o contrário.

Neste caso, como nos anteriores desta série de desmistificações, fica mais que claro que há uma grande farsa em andamento no Maranhão, a farsa do mito de que Flávio Dino comanda um governo revolucionário, democrático e justo, o que não é verdade. Esse mito precisa ser exposto e derrubado.

Clique aqui para ler os textos iniciais de Joaquim Haickel