O senador Roberto Rocha (PSDB) pegou de surpresa os comunistas do Maranhão na quarta-feira, 1º. Alvo de vigorosos ataques depois de denunciar, na terça-feira, 31, que o governador Flávio Dino (PCdoB) teria sido um dos beneficiários de propina da JBS nas eleições de 2014 – mas fora protegido por aliados na Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da Lava Jato -, o tucano não recuou, como esperavam os aliados do chefe do Executivo.

Pelo contrário, foi à tribuna do Senado, reafirmou tudo o que havia dito durante audiência da CPMI da JBS. E mais: garantiu que a comissão investigará as relações entre a JBS, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o governador do Maranhão.

– Não se trata de 15, 16, 17 ou 1.800 e tantos [governadores], como disse o senhor Ricardo Saud. O que se trata aqui é de uma delação que foi feita supostamente por um ex-procurador da República, que era o braço direito de um procurador, irmão do governador [Flávio Dino], e tinha como fiel amigo um advogado que foi preso em São Luís do Maranhão. Então, nós não podemos desconhecer essas relações -, destacou.

No Maranhão, os governistas não se preocuparam muito em tentar explicar a denúncia. Numa estratégia já conhecida pelas bandas de cá, preferiram apenas desferir impropérios contra o senador. Nenhum deles respondido pelo parlamentar.

Estado Maior