Maioria da Bancada do MA vota pelo arquivamento da denúncia de Temer

por Jorge Aragão

Na noite desta quarta-feira (25), a Câmara Federal decidiu pelo arquivamento da segunda denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer. A maioria dos deputados federais votaram de acordo com o relatório do deputado federal Bonifácio de Andrade (PSDB-MG).

Os votos da maioria dos deputados federais do Maranhão também foram pelo arquivamento da denúncia contra Michel Temer. Dos 18 parlamentares maranhenses, 11 votaram favorável ao arquivamento, seis pelo recebimento da denúncia e uma ausência (Luana Alves).

Os deputados Aluisio Mendes (PODEMOS), André Fufuca (PP), Cléber Verde (PRB), Hildo Rocha (PMDB), João Marcelo (PMDB), José Reinaldo (PSB), Júnior Marreca (PEN), Juscelino Filho (DEM), Pedro Fernandes (PTB), Sarney Filho (PV) e Victor Mendes (PSD), votaram pelo arquivamento.

Já os deputados Eliziane Gama (PPS), Julião Amin (PDT), Rubens Júnior (PCdoB), Waldir Maranhão (AVANTE), Weverton Rocha (PDT) e Zé Carlos (PT), votaram contra o relatório e pelo recebimento da denúncia contra Michel Temer.

Uma ríspida discussão entre os deputados João Marcelo e Zé Carlos, marcou o voto da bancada maranhense. Veja os votos abaixo e a discussão.
 

Juscelino Filho atuante na CPMI da JBS

por Jorge Aragão

A Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) da JBS, destinada a investigar supostas irregularidades envolvendo o grupo J&F em operações ocorridas entre os anos de 2007 e 2016, atendeu o Requerimento 139/17, de autoria do deputado federal Juscelino Filho (DEM) de convocação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Fontes Hereda. O ex-dirigente foi ouvido por quase 3 horas, negou envolvimento com as fraudes das empresas e respondeu aos questionamentos dos parlamentares.

Na reunião desta quarta-feira (25), Juscelino Filho questionou Jorge Hereda sobre as operações aprovadas enquanto presidente da Caixa, que beneficiaram empresas do Grupo J&F, do Grupo JBS ou de outros grupos envolvendo os irmãos Joesley e Wesley Batista e/ou o pai deles José Batista Sobrinho. Em outra pergunta o deputado questionou sobre as notícias divulgadas de que a Caixa e a CaixaPar teriam destinados recursos para empresas e negócios sob a suspeita de fraude. Hereda negou os envolvimentos e não soube dar mais informações, ficando de mandar listagem com os detalhes de algumas operações. Encerrando os questionamentos feitos pelo autor, o ex-presidente da Caixa negou que tivesse relações próximas com os irmãos Batista e que nunca lhe foram oferecidas vantagens.

O parlamentar vem atuando assiduamente para contribuir nas investigações do caso JBS, tendo apresentado diversos requerimentos convocando os envolvidos para depoimento, pedindo investigação e detalhes de transações, questionando os participantes.

“A JBS é acusada de ter criado o maior cartel do país e de ter destruído a economia principalmente do centro-oeste, por ter usado muito dinheiro irregularmente, por ter recebido benefícios fiscais, entre outros crimes e absurdos. Este é o momento para investigar, descobrir e punir”, destacou Juscelino Filho.

Max Barros anuncia saída do PRP

por Jorge Aragão

O deputado Max Barros (PRP), líder do Bloco Independente na Assembleia, anunciou, da tribuna, a sua decisão de sair da legenda partidária a qual faz parte (PRP). De acordo com o deputado, essa é uma decisão que vem sendo amadurecida frente às mudanças proporcionadas pela Reforma Política.

Para o parlamentar, o Congresso teve uma grande oportunidade de realizar mudanças consistentes no modelo político-eleitoral ora em vigor, comprovadamente inadequado e proporcionando uma grave crise de representatividade em nosso país. O que ocorreu, entretanto, em seu entendimento, foi um arremedo da reforma, piorando, em alguns casos, a legislação existente.

Ele se posicionou firmemente contra o financiamento público de campanha. Disse ser inacreditável, neste momento de crise econômica, se retirar recursos da Educação, Saúde e Segurança e destinar R$ 2 bilhões para partidos enfrentarem campanha eleitoral.

O deputado também emitiu opinião contrária à manutenção do sistema eleitoral proporcional. Ele entende que a melhor solução seria a adesão ao modelo Distrital, em que os Estados seriam divididos em distritos, para escolha dos representantes nas Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Câmara Federal.

PONTOS POSITIVOS – Ainda sobre a Reforma Política, Barros afirmou que considerou positivas duas decisões. A primeira citada por ele foi a cláusula de barreira. Max Barros explicou que atualmente, para que os partidos permaneçam com direito aos recursos do fundo partidário e lideranças no Senado, Câmara e Assembleias, além de assentos em Comissões, a legenda precisará ter um percentual mínimo em 9 estados, em todo país. Segundo o parlamentar, que avalia a regra de forma positiva, a tendência é a de diminuir significativamente o número de partidos.

Sobre as coligações, que serão proibidas a partir de 2020, o deputado diz que essa decisão também tem caráter positivo, visto muitas vezes, o objetivo das coligações é o de apenas eleger os candidatos, mas que, a partir de agora, os partidos terão que mostrar sua própria ideologia e isso facilitará a avaliação da população.

Diante desses aspectos, o deputado Max Barros ressaltou estar ciente das dificuldades de seu atual partido preencher todos os requisitos necessários para poder exercer com plenitude suas atribuições após as eleições de 2018.

Portanto, tomou a decisão de se desligar do PRP, ponderando que irá verificar as implicações internas na Assembleia que a mudança ocasionará.

Barros também negou que sua decisão esteja relacionada com a chegada de Ricardo Murad ao partido. “Era uma decisão que já estava tomada e foi tomada por conta dessa Reforma Política aprovada”.

CONVITES – Durante o pronunciamento, o deputado Max Barros foi aparteado por diversos parlamentares, entre eles os deputados Braide e Wellington, convidando-o a integrar fileiras do PMN e PP, respectivamente. O deputado foi convidado, também, para integrar o PSB, o PROS e outros partidos. Max Barros se declarou honrado e agradecido com os convites e disse que, em breve, decidirá seu destino partidário.

Até medalha para João Doria virou polêmica na Assembleia Legislativa

por Jorge Aragão

O clima segue quente entre governistas e oposicionistas na Assembleia Legislativa, e até mesmo a aprovação da Medalha Manoel Beckman ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), foi alvo de polêmica.

Inicialmente deixar claro que o Blog, que já se posicionou sobre o assunto, mantém a coerência e o mesmo posicionamento. Ou seja, a maior honraria da Assembleia Legislativa do Maranhão só deveria ser entregue para quem efetivamente fez algo pelo Estado e não para ser utilizada para fazer média com um ou outro.

Sendo assim, da mesma forma que o Blog entendeu que a ex-presidente Dilma Rousseff e o governador do Piauí, Wellington Dias não eram merecedores de tal honraria, também entende que João Doria não é merecedor. A entrega de medalhas desta forma, diminui as justas homenagens feitas a Felipe Camarão, Márcio Ronny e Marlon Reis, por exemplo.

Entretanto, apesar da enorme polêmica criada, a Medalha Manoel Beckman para João Doria, proposta de autoria do deputado estadual Wellington do Curso (PP), foi aprovada em 1º Turno por 14 votos a favor, 13 votos contra e 02 abstenções.

Posicionamentos – O Blog destaca também que durante o debate, dois deputados tiveram posicionamento coerente e interessante – Edilázio Júnior (PV) e Rogério Cafeteira (PSB).

Edilázio, acertadamente, lembrou que várias medalhas já foram aprovadas sem nenhum questionamento e entende que questionar a homenagem a João Doria seria incoerência.

“Precisamos ter coerência. Já aprovamos medalhas para presidente Dilma, o governador do Piauí e até para o embaixador de Israel, entre outras. Então não vejo sentido, agora, questionar a medalha para o João Doria apenas por uma questão política. Parece que se o governador mandar aprovar uma homenagem para Maduro, os governistas vão aprovar calados”, disse.

Já Cafeteira, o primeiro a declarar que seria contra a medalha para João Doria, explicou coerentemente seu posicionamento.

“Entendo que esse tipo de homenagem cada deputado tem o livre arbítrio de decidir se é a favor ou contra. Eu serei contra, pois acho que João Doria não é merecedor, talvez se fosse para Geraldo Alckmin eu votaria a favor. Sobre uma eventual medalha para Maduro, por mais que o governador mandasse, eu votaria contra”, afirmou.

Pelo bem da própria Medalha Manoel Beckman, seria bom que a Assembleia Legislativa utilizasse critérios mais claros e menos subjetivos para fazer tais homenagens, pois caso contrário, corre o sério risco de banalizar a referida homenagem.

Sindicato dos Rodoviários confirma paralisação para sexta-feira

por Jorge Aragão

O Sindicato dos Rodoviários do Maranhão informou que nesta sexta-feira (27), a categoria irá cruzar os braços por três horas em São Luís. A paralisação acontecerá entre 9h e 12h. A decisão foi tomada após reunião do sindicato, em reunião realizada na manhã desta quarta-feira (25).

Os motivos que levaram o Sindicato dos Rodoviários a incentivar que os trabalhadores cruzem os braços, são os constantes atrasos nos pagamentos de salários e de outros benefícios, que a categoria tem direito, como o ticket alimentação. As empresas têm ciência, que os salários devem ser pagos até o quinto dia útil do mês, esta, inclusive, é uma das cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho, mas praticamente todos os meses, os empresários, descumprem a determinação.

O sindicato afirma que são cerca de seis mil rodoviários, que exercem a atividade no transporte público de São Luís, e que sofrem as consequências, por conta destes constantes atrasos. São motoristas, cobradores e fiscais que vão ao Sindicato todos os dias e denunciam a falta de compromisso dos empresários.

Além das questões que envolvem a pauta local, a paralisação por três horas, no dia 27, também é uma reposta à aprovação da Reforma Trabalhista, que deve entrar em vigor nos próximos dias.

“O Dia 27 será muito importante aos Rodoviários. Precisamos nos unir para exigir que os empresários respeitem o que determina esta clausula fundamental, da Convenção Coletiva de Trabalho. Os atrasos constantes nos salários e em outros benefícios causam inúmeros transtornos à categoria, composta por pais e mães de família e que precisam honrar com os compromissos. Não vamos mais admitir que estes atrasos aconteçam. Além disso, estamos cruzando os braços, em sinal de repúdio a esta Reforma Trabalhista. Este pacote de medidas que entra em vigor nos próximos dias é um retrocesso e uma afronta aos trabalhadores brasileiros. Além dos Rodoviários, se todas as categorias se engajarem a este movimento, conseguiremos derrubar esta Reforma Trabalhista. São nossos direitos, conquistados com tanta luta, que querem acabar”, enfatizou Isaias Castelo Branco, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão.

Roberto Rocha e Maura Jorge comentam candidatura de Ricardo

por Jorge Aragão

Pelo menos dois dos pré-candidatos ao Governo do Maranhão em 2018, Roberto Rocha (PSDB) e Maura Jorge (PODEMOS), comentaram ao jornal O Estado a eventual candidatura de Ricardo Murad (PRP).

Roberto Rocha entende que a chegada de Ricardo Murad pode acrescentar no debate eleitoral em 2018.

“É importante para o processo democrático que mais visões sobre o Maranhão se contraponham na arena das ideias. Como gestor e protagonista na história contemporânea do nosso Estado, a presença de Ricardo Murad traz um elemento de testemunho e de emulador de um debate que deve ser amplo e franco sobre os destinos do nosso estado”, disse Rocha.

Já a ex-deputada Maura Jorge também defendeu a pluralidade de ideias e consequentemente entende que a chegada de Ricardo para a disputa será importante para o pleito eleitoral.

“A pluralidade de ideias é saudável em toda democracia. Ricardo tem o direito de votar e ser votado. Ao povo cabe escolher o projeto que melhor lhe representa. Vivemos em uma democracia e qualquer cidadão, desde que esteja apto a votar e ser votado tem liberdade de colocar seu nome para análise da população”, disse Maura.

Roberto Rocha e Maura Jorge foram os únicos a comentar a eventual chegada de Ricardo Murad para a disputa das eleições em 2018.

Edivaldo recebe embaixador israelense no Palácio La Ravardière

por Jorge Aragão

O prefeito Edivaldo recebeu o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, na tarde desta terça-feira (24), no Palácio La Ravardière, sede do executivo municipal. Esta é a primeira vez que o diplomata vem ao Maranhão. No encontro as autoridades conversaram sobre possibilidade de investimentos e de promoção de ações parceiras, além de estratégias para estreitar a relação entre a capital e o país do Oriente Médio.

“É um momento significativo e de muito simbolismo para nossa cidade e uma honra ter a presença de tão distinta autoridade. Esperamos que deste encontro venham surgir ações colaborativas e que possamos firmar boas parcerias com a Embaixada Israelense”, destacou o prefeito Edivaldo. O prefeito reforçou que será dado prosseguimento às tratativas para que parcerias possam ser executadas.

O embaixador pontuou a afinidade do país com a cidade maranhense e reforçou os votos de parceria. “São duas regiões com muitas coisas em comum e queremos ampliar essa relação para o desenvolvimento de ações em diversas áreas de interesse social”, reiterou Yossi Shelley. O diplomata ressaltou a simpatia pelos brasileiros. “É uma feliz oportunidade para estabelecermos ações conjuntas e negócios. O Maranhão é acolhedor e solícito, assim como Israel e seu povo. A Embaixada está de portas abertas”, disse.

Atingindo o fígado

por Jorge Aragão

Por mais indefinida que tenha sido a “Carta aos Maranhenses” divulgada na noite de segunda-feira, 23, pelo ex-secretário, ex-deputado federal e estadual, ex-prefeito e ex-candidato a governador Ricardo Murad, ela teve um efeito quase ensurdecedor no Palácio dos Leões, hoje ocupado pelos comunistas que ora detêm o comando do governo.

Na verdade, o movimento de Murad já os havia aturdido desde a sexta-feira, quando foi anunciada sua transferência do PMDB para o PRP – embora sem dizer exatamente a qual cargo ele concorreria em 2018.

Murad continua sem dizer se vai disputar o governo, o Senado, ou vagas nas Casas Legislativas, mas sua manifestação pública acuou os aliados do governador, muitos dos quais já acenavam para “uma reeleição tranquila de Flávio Dino”.

Os comunistas sabem que, num embate de poder com Ricardo Murad, nenhum processo eleitoral será tranquilo. Forte, convicto e pronto para qualquer disputa, o ex-secretário é o tipo mais difícil de adversário, porque não se dobra facilmente e está sempre pronto a atacar em todos os flancos possíveis.

E no documento tornado público na noite de segunda-feira, ele já deixou claro que a batalha começou bem antes da campanha propriamente dita. Vai percorrer o Maranhão mostrando o que fez e o que Flávio Dino não fez, num tête-à-tête com prefeitos, lideranças políticas e populares.

Como já se sabe há três anos, o comunista que ora ocupa o poder no Maranhão tem muito a explicar à população. Faltava alguém para expor essas feridas.

Coluna Estado Maior