A preocupação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, sobre a influência de organização criminosa na política no Maranhão é válida pela própria história no estado da existência de agiotas financiando campanhas eleitorais.

Esse tipo de financiamento costuma ter mais destaque nas eleições municipais e no interior do estado, mas, pelas últimas investigações tanto do Ministério Público quanto da polícia, é possível perceber que os agiotas financiam campanhas de candidatos a governador, senador e também de deputados tanto federais quanto estaduais.

Em uma das vezes que foi preso, por exemplo, o agiota Pacovan foi pego com um cofre cheio de cheques e entre as assinaturas estava a do prefeito de São Mateus, Miltinho Aragão (PSB), aliado do governador Flávio Dino (PCdoB).

Sobre esse fato, nada mais foi divulgado. Talvez com o pedido do TSE, novas informações a respeito desse fato e de outros envolvendo políticos e agiotas venham à tona.

O fato é que esse é um exemplo de como os financiamentos não oficiais estão aí e como pagamento do dinheiro emprestado a juros altíssimos, os agiotas ganham contratos fraudulentos para desviar dinheiro público.

Há casos que agiotas ganham secretarias ou o comando de outro órgão público para agir da melhor forma e ter “seu investimento” devolvido com todos os juros que é exigido.

Se talvez as investigações pedidas pelo TSE surtirem efeito, as campanhas eleitorais no Maranhão reduzam a quantidade de números que as compõem. E ainda reduza a influência dos agiotas nas gestões públicas trabalhando exclusivamente para si próprio em detrimento da população.

Coluna Estado Maior