Os pré-candidatos a governador e senador ganharam uma espécie de sobrevida em seus partidos até abril de 2018, para quando foi estendido o prazo mínimo de filiação partidária para quem vai disputar as eleições. Mas, de uma forma ou de outra, boa parte deles terá de encontrar uma saída para a falta de tempo na propaganda eleitoral, fundamental para uma campanha consistente.

No caso de pretendentes à disputa de governador, vivem situação de expectativa a ex-prefeita Maura Jorge e o deputado estadual Eduardo Braide. Ela é filiada ao Podemos, que tem menos 15 segundos no horário eleitoral; ele é do PMN, que tem apenas seis segundos. Para fazer uma campanha que tenha consistência, ambos terão de buscar uma aliança que garanta o aumento desse tempo. O problema é a falta de oferta de partidos dispostos a compor.

Todos os partidos com tempo igual ou superior a 30 segundos – o maior é o PT, que tem 53 segundos – já estão comprometidos em alguma coligação ou à espera de um candidato de grande partido, o que dificulta a margem de negociação de Maura e Braide.

No caso da disputa de senador, os pré-candidatos Sarney Filho (PV) e Eliziane Gama (PPS) também estudam passos visando ao tempo partidário. A diferença é que Sarney Filho já decidiu trocar de legenda – e tem convite de partidos de peso, como PMDB, PSDB, DEM e PSD -, ao contrário de Eliziane, confinada ao PPS.

Para se salvar, ela vai precisar coligar-se com um candidato de peso. Isso se conseguir convencê-lo de sua viabilidade.

Coluna Estado Maior