Por Roberto Rocha

Sinto-me no dever de trazer a esta casa a manifestação solidária, como parlamentar e como amigo, ao atual presidente da Câmara dos Deputados, deputado André Fufuca.

Talvez pelo nome, que incorporou um apelido carinhoso de família, talvez pelo aspecto juvenil, no ardor dos seus 28 anos, o fato é que de uma hora para outra a presença do jovem parlamentar maranhense destampou a sanha preconceituosa que nós, nordestinos, estamos acostumados a sofrer na pele.

Ninguém procurou ver a trajetória que levou o jovem a percorrer a espinhosa senda política até alcançar o cargo que ocupa legítima e merecidamente.

Médico de formação, com apenas 21 anos foi eleito o deputado estadual mais jovem do Brasil. Durante seu primeiro mandato presidiu a Comissão de Assuntos Municipais e Desenvolvimento Regional, assim como a Comissão de Saúde.

Isso o credenciou a disputar o mandato federal, conquistado com mais de 56 mil votos. Nesse cargo, ainda no primeiro ano de mandato assumiu a relatoria da CPI da Máfia das Órteses e Próteses no Brasil.

No segundo ano de mandato tornou-se o mais jovem coordenador de bancada da história do Brasil. Demonstrou assim, ter a confiança de seus pares e espírito de liderança.

As tentativas de transformá-lo numa piada política não passam de manifestação preconceituosa, que seria tolerável no espaço anárquico das redes sociais, mas não pode ser aceito quando é encabeçada por veículos de comunicação.

Antes mesmo de tomar qualquer decisão, o presidente interino da Câmara é julgado não pelo que fez ou deixou de fazer, mas simplesmente pela aparência.

Mas André Fufuca já deu provas de que é um deputado de posição, que tem brilho próprio e isso ficará demonstrado ao longo de sua breve interinidade.