Enquanto a ex-governadora Roseana Sarney segue conseguindo sucessivas vitórias na Justiça (reveja), o seu maior crítico, o atual governador Flávio Dino, segue vendo de perto seu governo ser alcançado por várias operações da Polícia Federal.

Somente neste ano de 2017, o Governo Flávio Dino já foi atingido por pelo menos três operações da PF. As operações apontaram para desvios de recursos públicos no Sistema Penitenciário, na Saúde e na Administração Portuária.

O primeiro caso aconteceu na operação Turing, cujo objetivo inicial era a apuração de vazamentos de informações da própria PF, mas depois avançou e apontou uma movimentação suspeita de mais de R$ 37 milhões no Sistema Penitenciário. A operação culminou com a prisão do servidor público, que era lotado na Secretaria de Estado da Administração Penitenciária do Governo Flávio Dino, Danilo dos Santos Silva.

Logo depois foi a vez da operação Rêmora, onde o objetivo era a investigação de desvios de recursos públicos na Saúde. O alvo principal da operação foi o IDAC – Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Cidadania, que teve contrato assinado e aditado pelo Governo Flávio Dino, mesmo diante de suspeitas apontadas pela própria Secretaria de Transparência.

Segundo a PF, os desvios na Saúde beiravam os R$ 18 milhões, que deveriam ter sido aplicados na administração de hospitais maranhenses. Além disso, a própria PF confirmou que no Governo Dino o IDAC, com a saída de outros institutos, ganhou destaque e ampliou seu leque de ‘trabalho’ no Maranhão.

Por último, a terceira operação que alcançou o Governo Flávio Dino foi a operação Draga, que teve como objetivo apurar fraudes em obras no Porto do Itaqui. Nesta operação a PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa de dois servidores da EMAP, nomeados no Governo Flávio Dino. O alvo principal foi o diretor de Engenharia, José Eugênio Mendonça de Araújo Cavalcante, que foi inclusive suspenso da função por 90 dias.

Inegavelmente Roseana e Flávio Dino vivem momentos bem distintos, pois enquanto a ex-governadora vai se livrando de denúncias de corrupção, o atual governador vê seu governo e seu próprio nome citado na Lava Jato, envolvidos em supostos esquemas de corrupção.

E tudo isso no ano que antecede as eleições de 2018.