Passados oito dias desde que o ministro do Meio Ambiente Sarney Filho (PV) foi lançado pelos seus aliados como pré-candidato a senador, o cenário político para esta disputa específica no Maranhão teve uma forte mudança.

Logo no dia seguinte ao pré-lançamento de Sarney Filho, o também deputado federal Weverton Rocha (PDT) realizou encontro de lideranças em Balsas. Claro que o encontro do pedetista já estava pré-agendado, mas ganhou contornos mais intensos desde a festa em torno do ministro do Meio Ambiente.

No domingo seguinte ao evento do ministro, o ex-ministro, ex-deputado federal e ex-candidato a senador Gastão Vieira (Pros) reapresentou-se como candidato a senador, mesmo após ter declarado que iria buscar vaga na Câmara. E a reaparição de Vieira abriu um flanco de batalha com seu ex-adversário na disputa de 2014, Roberto Rocha (PSB), que acabou rebatendo duro, mesmo nada tendo a ver com a disputa senatorial de 2018.

Este “nada tendo a ver” em relação a Roberto Rocha pode também ser questionado, já que seus próprios aliados admitem, inclusive, que ele possa abrir mão de quatro anos de mandato para ser candidato novamente em 2018. Objetivo: fugir de uma batalha com o governador Flávio Dino (PCdoB), pela vaga única de senador em 2022, quando termina o seu atual mandato.

Os outros dois nomes apresentados para a disputa – Waldir Maranhão (PP) e José Reinaldo Tavares (PSB) – preferiram optar pelo silêncio, embora um ou outro aliado tenha lembrado seus nomes no decorrer da semana.

Como se viu, a pré-candidatura de Sarney Filho teve uma consequência clara: a ebulição do cenário político para a disputa de senador.

Incomodados – Após o sucesso retumbante do evento organizado por lideranças em prol da pré-candidatura ao Senado do ministro Sarney Filho, dependentes do governador Flavio Dino e aliados de seus pretensos candidatos ao Senado não param esbravejar.

O séquito dinista está nitidamente incomodado com a demonstração de força política do pré-candidato do PV.

Analistas do cenário político avaliam que os governistas deveriam se preocupar mais com imbróglio internos e menos com o prestígio consolidado de Sarney Filho.

Coluna Estado Maior