Publicado nesta quinta-feira (8), no Diário Oficial da Assembleia Legislativa, o parecer da Comissão de Ética arquivando a representação protocolada pela deputada Andrea Murad contra o deputado Levi Pontes (PCdoB), que teve áudio divulgado conversando com assessor sobre sua cota de peixes, adquiridos com recursos públicos da prefeitura de Chapadinha, que seriam destinados para lideranças políticas até de outros municípios em troca de votos (clique aqui para rever a reportagem e o áudio).

Pela conduta incompatível com o cargo, Andrea Murad pediu à Comissão de Ética a instauração de processo contra Levi Pontes por quebra de Decoro Parlamentar previsto no artigo 12 do Código de Ética, anexando todas as provas referentes à declaração dada pelo parlamentar comunista no áudio e na própria imprensa após divulgação do caso. No entanto, a comissão entendeu que a “ausência de justa causa (inexistência de provas robustas nos autos) para o pedido, voto pelo ARQUIVAMENTO DA REPRESENTAÇÃO Nº 001/2017”, relata o Parecer. Andrea Murad lamentou a decisão.

“Triste a decisão da Comissão de Ética diante de provas incontestáveis da postura do deputado Levi Pontes. Mas espero que o Ministério Público, que abriu investigação para apurar o mesmo fato, siga sem o componente político protetor do governador Flávio Dino, que determinou a seus deputados arquivar processo, envergonhando mais uma vez esta Assembleia e o mandato parlamentar”, disse Andrea.

O parecer emitido pela Comissão de Ética foi assinado pela presidente Francisca Primo (PCdoB), o relator Rogério Cafeteira, Glalbert Cutrim (PDT), Graça Paz (PSL, Leo Cunha (PSC) e Hemetério Weba (PV).