Michel Temer reafirma permanência na presidência da República

por Jorge Aragão

Num pronunciamento rápido, na tarde deste sábado (20), o presidente da República, Michel Temer, reafirmou que permanecerá no comando do Brasil e confirmou que entrou com um pedido de suspensão do inquérito aberto com autorização do ministro Edson Fachin para investigá-lo por suspeita de corrupção passiva

“Digo com toda segurança: o Brasil não sairá dos trilhos. Eu continuarei à frente do governo”, assinalou.

Temer também criticou o áudio divulgado, que segundo o presidente foi editado e mesmo ‘montado’ não conseguiu lhe incriminar, mas acabou prejudicando a economia do Brasil.

“Essa gravação, clandestina, é o que se diz, foi manipulada e adulterada com objetivos nitidamente subterrâneos, incluída no inquérito sem a devida e adequada averiguação, levou muitas pessoas ao engano induzido e trouxe grave crise ao Brasil”, destacou Temer.

O presidente da República também fez um questionamento, que parece ser da maioria dos brasileiros, sobre as vantagens obtidas pelos delatores da JBS.

“O autor do grampo está livre e solto, passeando pelas ruas de Nova York. O Brasil, que já tinha saído da mais grave crise econômica de sua história, vive agora, sou obrigado a reconhecer, dias de incerteza. Ele não passou nenhum dia na cadeia, não foi preso, não foi julgado, não foi punido e, pelo jeito, não será”, finalizou.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também solicitou a perícia do áudio entregue pelos delatores da JBS.

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Luis Fernando sanciona Lei de Regularização Fundiária em Ribamar

por Jorge Aragão

O prefeito de São José de Ribamar, Luis Fernando Silva, acompanhado do Secretário de Agricultura, Adelmo Soares, e do vice-prefeito, Eudes Sampaio, sancionou a Lei de Regularização Fundiária, beneficiando milhares de moradores ribamarenses. No mesmo ato, o prefeito também assinou o Termo de Cooperação Técnica com a União Federal que vai possibilitar a legalização de casas e imóveis do Terra Livre e Canudos, situados na reserva de Itapiracó.

De acordo com o secretário de regularização fundiária, o advogado Daniel Pereira de Souza, esse não foi apenas um momento histórico, foi também a concretização de um antigo sonho de milhares de famílias ribamarenses.

“O prefeito Luis Fernando, não apenas sanciona a lei como também assina acordo de cooperação com a secretaria do patrimônio público da união, que vai possibilitar que a regularização fundiária pensada e executada pelo prefeito atinja todos os munícipes, todas as regiões. Estamos quebrando a muralha que apartava os cidadãos ribamarenses da realização fundiária ampla e irrestrita”, comemorou.

Para o secretário de estado da agricultura familiar, Adelmo Soares, que participou do ato, a rápida aprovação ocorreu em razão do comprometimento de todos os poderes, “a Câmara fez o seu papel independente, mostrando o seu compromisso com a população e por meio deles, é que são aprovadas as leis. A partir de agora, mãos à obra”, disse.

Com a assinatura do Termo de Cooperação Técnica com a União Federal, principais instrumentos da legalização de terrenos e casas, será possível regularizar cerca de 2 mil famílias do Terra Livre e Canudos, o que para o prefeito Luís Fernando é o início de um grande processo de regularização fundiária no município.

“Demos início a esse processo antes mesmo de ganharmos o pleito, pois foi durante a campanha que por meio do seminário “Planeja”, já tínhamos a proposição de criar a secretaria de regularização fundiária, exatamente para dar celeridade às questões de terras no município”, explicou o prefeito.

Logo que assumimos, já no primeiro dia, continuou, “Criamos a secretaria, e demos posse ao secretário, que deu início ao que hoje já é uma realidade. Somos mais de 200 mil habitantes, e cerca de 60% do território é de área de ocupação, e não é possível, que por mais humilde que seja o cidadão ribamarense, ele tem direito ao seu pedaço de chão, a sua casa”, garantiu o prefeito.

Como meta ainda para este ano, estão previstos a regularização fundiária do Jota Câmara e São Braz-Macaco, este último incluído por meio de parceria firmada com o Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão.

Folha diz que áudio envolvendo Temer foi editado 50 vezes

por Jorge Aragão

O jornal Folha de São Paulo afirmou que contratou um perito para analisar o áudio gravado entre o empresário Joesley Batista da JBS e o presidente da República, Michel Temer. De acordo com o perito, Ricardo Caires dos Santos, o áudio da conversa entre Joesley e Temer teve pelo menos 50 edições.

O perito afirmou ainda que o áudio divulgado tem indícios claro de manipulação e que a gravação possui “vícios, processualmente falando”.

A cúpula do Palácio do Planalto já havia recebido o resultado preliminar de uma perícia feita a pedido do governo e a análise levantou a possibilidade de que Joesley tenha enxertado ruídos para disfarçar os cortes.

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JBS diz que pagou R$ 13 milhões ao PCdoB nas eleições de 2014

por Jorge Aragão

Pelo visto as deleções dos proprietários e diretores da JBS ainda vão alcançar muita gente, principalmente aqueles que se julgavam verdadeiros arauto da moralidade.

O diretor da JBS Ricardo Saud, em delação premiada, descreveu uma listagem com doações que estariam somando quase R$ 600 milhões para 1.829 candidatos de 28 partidos das mais diferentes ideologias.

Com essa contribuição, Saud assegura que a empresa conseguiu eleger 167 deputados federais de 19 siglas, bancou 28 senadores da República e fez 16 governadores. A extensa lista de políticos beneficiados já foi entregue ao MPF.

Ricardo Saud afirmou ainda que só o PCdoB, partido do governador do Maranhão, Flávio Dino, teria recebido algo em torno de R$ 13 milhões para apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014.

De acordo com a deleção de Ricardo Saud, o pagamento ao PCdoB foi uma ideia do tesoureiro de campana de Dilma Rousseff, Edinho Silva. O repasse era autorizado por Guido Mantega. Em um dos trechos, o delator afirma que só o ex-ministro Orlando Silva (PCdoB) recebeu R$ 3 milhões.

“Orlando Silva chegava com o pessoal do PCdoB, ficava um pouco atrás e dizia ‘O meu é por fora, hein, não tem nada a ver com esse povo dos 10 milhões, não’”, afirmou Saud.

Essa não é a primeira vez que o PCdoB é citado em delação premiada. O ex-deputado federal e delator da Operação Lava Jato, Pedro Corrêa, relatou aos procuradores um esquema de corrupção vinculado ao programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. Entre os partidos beneficiados estava o PCdoB.

O delator afirmou que mais oito partidos – PMDB, PSD, PDT, PP, PR, PROS, PV e PRB – também foram ‘cooptados’ para apoiar a chapa Dilma/Temer nas últimas eleições gerais.

Em 2014, quando o PCdoB teria recebido a suposta propina, a prioridade do partido era eleger o seu primeiro governador no Brasil e conseguiu, afinal Flávio Dino foi eleito para comandar o Governo do Maranhão.

Dois pesos e duas medidas

por Jorge Aragão

O Brasil virou de ponta-cabeça após a divulgação de conteúdo da delação do empresário Joesley Batista, dono da JBS. Na delação, estavam envolvidos o presidente da República, Michel Temer, e o senador do PSDB Aécio Neves. A repercussão foi gigantesca. No Maranhão, muito se falou e entre os que tanto comentaram estão o governador Flávio Dino (PCdoB) e sua trupe.

Mas os comentários de Dino e seus subalternos se restringiram somente a Temer. Pediram diretas já, renúncia do presidente, levantaram teses jurídicas e aliados de Brasília fizeram movimentos – mesmo que fracos – para dizer que são a favor da democracia.

O que chama atenção no episódio é que nem Flávio Dino e nem os seus aliados fizeram a menor das críticas ao senador Aécio Neves, afastado do mandato devido à gravação que deixa claro que ele pediu dinheiro (R$ 2 milhões) ao empresário Joesley para pagar advogados que o defendessem da acusação de recebimento de propina.

Nada de tese jurídica para saber se o tucano poderia ser ou não preso, se ele pode ou não perder o mandato.

Alguns sonhadores, que ainda acreditam em alguma faísca de coerência do governador, até chegaram a comentar se o comunista não defenderia o tucano. Motivo para tal pensamento? A aliança do PCdoB com o PSDB, que teve aval de Aécio Neves, em 2014. A festa para declarar a união entre as legendas teve direito à vinda do senador ao Maranhão com abraços, apertos de mãos, elogios e muitos afagos de Dino ao ego do agora enrolado senador tucano.

Mas como sempre quando têm que se posicionar e o cenário não é favorável, os comunistas fingem que o fato não ocorreu.

Fingiram não ter ocorrido nada com Aécio Neves em relação à delação da JBS, assim como fingiram inexistir a festa tucano-comunista, há cerca de dois anos. Nenhuma palavra. Nem críticas, nem solidariedade.

O jogo de cintura do governador, em nome do seu projeto de poder, parece mais descompassado a cada dia.

Coluna Estado Maior