“A montanha pariu um rato”, afirmou Michel Temer

por Jorge Aragão

O Blog do Camarotti conversou na noite desta quinta-feira (18) com o presidente da República, Michel Temer. O peemedebista, após a divulgação da sua conversa com o empresário da JBS, destacou que não teve nada no diálogo que lhe incriminasse.

Temer explicou detalhadamente o que muitos estavam considerando a parte mais grave do diálogo, quando ele afirmava “mantenha isso”. A denúncia, que efetivamente não ficou comprovado com a divulgação do áudio, dizia que Temer estava se referindo a uma propina paga a Eduardo Cunha pelo seu silêncio.

“Não estou comprando o silêncio de ninguém, isso não é verdade. Os áudios comprovam isso. Essa é a tese que alicerça esse inquérito, de que eu avalizei a compra do silêncio do Eduardo Cunha. O que alicerça esse inquérito é que ele [Joesley Batista] teria dito que eu teria concordado com a compra do silêncio, o que não existe. O que ele [Joesley] disse e que eu concordei é que ele estava se dando bem com Eduardo Cunha, por isso falei ‘mantenha isso.”

Temer ressaltou que apesar do desgaste do episódio, tem recebido apoios e que ninguém sugeriu sua renúncia.

“Fiquei profundamente agastado com o episódio. Isso é uma irresponsabilidade. Não se pode tratar o país desse jeito. A Bolsa desabou! Ninguém chega aqui para me pedir renúncia. Pelo contrário, todos estão pedindo para eu resistir. Vou resistir. Se precisar, vou fazer outro pronunciamento amanhã. Vou sair dessa crise mais rápido do que se pensa”, disse.

O presidente Temer resumiu o episódio em uma frase.

“A montanha pariu um rato”, finalizou.

“É uma honra ser processado pelo PT”, afirma Max Barros

por Jorge Aragão

As delações da JBS, incluindo o presidente da República, Michel Temer (PMDB) e o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, foi o principal assunto na última sessão desta semana na Assembleia Legislativa.

Muitos deputados utilizaram a Tribuna da Assembleia para comentar o assunto, mas o clima acabou esquentando entre os deputados Max Barros (PSD) e Zé Inácio (PT).

Barros foi à Tribuna para dizer que as graves denúncias deixam como insustentável a permanência de Michel Temer no cargo, mas também criticou quem estaria utilizando o episódio para ‘santificar’ os ex-presidentes da República, Lula e Dilma Rousseff, ambos do PT.

“É quase insustentável a permanência do Presidente Temer à frente da Nação. E, acima de tudo, porque quem comete irregularidades tem que ser punido. Agora, dizendo isso, não posso concordar com quem foi contra o impeachment da presidenta Dilma, porque a presidenta Dilma comandou o maior esquema de corrupção do mundo, não tem precedente no mundo o que aconteceu no Brasil sob o comando da presidenta Dilma. Então, se nós queremos passar a limpo o Brasil, nós não podemos colocar nada para debaixo do tapete. Se o Temer cometeu crime, ele tem que ser punido e tem que sair da Presidência da República. Agora nós não podemos passar a mão também na Dilma, porque ela roubou. Nós não podemos passar a mão no Lula, porque ele roubou, porque são corruptos. E se nós queremos um Brasil novo, um Brasil coerente, nós temos que passar por esse momento difícil”, destacou.

O deputado Zé Inácio, derrotado na disputa estadual do PT no Maranhão, resolveu sentir as dores dos colegas petistas e rebateu as declarações do deputado Max Barros, chegando a chamar o parlamentar de irresponsável, de querer ser o Moro do Maranhão e insinuou que só fazia tal afirmação pelo fato de ter imunidade na Tribuna.

Max respondeu a altura a tola intervenção do petista, afirmando que reafirmava o que havi dito e que abria mão da imunidade parlamentar.

“Todas as afirmações que eu faço estão baseadas no manto do Direito que nós temos de pronunciar o que disser e não ser processado. Então eu queria dizer que, quando eu afirmei que houve corrupção por parte do presidente Lula e da presidente Dilma, eu faço também como cidadão. Então em relação a essas afirmações eu abro mão da minha imunidade parlamentar. Se precisar fazer por escrito, eu faço e ratifico o que eu disse no meu pronunciamento anterior”, respondeu firme.

Zé Inácio disse que sendo assim, iria solicitar ao PT que representasse contra o deputado. Max Barros não titubeou e responde de imediato, encerrando o assunto.

“É uma honra ser processado pelo PT”, finalizou.

É bem verdade que poderia ter ficado sem essa o petista Zé Inácio, que talvez ainda esteja tonto, depois da derrota do último final de semana no PED do PT.

Aluisio Mendes confirma que PTN deixa base do Governo Temer

por Jorge Aragão

O Podemos (ex-PTN) e sua bancada na Câmara dos Deputados anunciaram nesta quinta-feira, por meio de nota, sua saída do Bloco Parlamentar formado pelo PP e o PTdoB, assumindo posição de independência em relação ao governo federal. O deputado Aluisio Mendes, que era vice-líder do bloco, acompanha a decisão do seu partido.

“O Brasil vive grave momento de instabilidade. Que toda essa crise, que assola a todos nós brasileiros, abra caminhos para um Brasil mais forte e politicamente resolvido. Que a verdade prevaleça e que a democracia seja soberana”, declarou Aluisio Mendes.

A decisão do Podemos foi tomada após a divulgação da delação em que os proprietários do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista, revelaram gravação de conversa com o presidente Michel Temer sobre propina para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Veja abaixo a Nota.

“O Podemos e sua bancada na Câmara dos Deputados anuncia sua saída do Bloco Parlamentar composta pelo PP e PTdoB, assumindo posições de independência do Governo Federal.

O partido, que nasce com uma nova proposta de representação política, reafirma seu compromisso com o povo brasileiro e com a consolidação de uma sociedade democrática.

Podemos e devemos reconstruir instituições sólidas, baseadas na transparência e em princípios éticos e morais.”

FAMEM quer atualização da per capita pelo Ministério da Saúde

por Jorge Aragão

Acompanhado do deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB), o presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Cleomar Tema, além de prefeitos, secretários municipais e assessores foram recebidos, nesta última quarta-feira (17), pelo secretário-executivo do ministério da saúde, Antonio Nardes, em audiência na sede da pasta. Na pauta, a redistribuição da per capita repassada aos municípios maranhenses.

Para se ter ideia da situação complicada por qual passam os municípios maranhenses, o estado ficou com o equivalente a R$ 160 no ano passado oriundos do Governo Federal. Sem contar que 41 cidades recebem, atualmente, menos de R$ 10 por habitante/ano. Já o Piauí recebeu R$ 227 per capita. Acre e Tocantins receberam, por habitante, mais de R$ 240.

Cleomar Tema usou como exemplo a cidade de Araioses que possui 46 mil habitantes e o que recebe da alta e média complexidades não dá pra pagar sequer um médico. Segundo ele, o pleito não é nenhum excesso.

“Não estamos buscando chegar a média nacional, não pedimos nenhum exagero. Temos muitos dados técnicos e com eles estamos mostramos as nossas reais necessidades”, disse antes de ouvir que a renda per capita hoje não se resume ao atendimento de média e alta complexidade.

Antonio Nardes explicou que o ministério não está concedendo para nenhum estado o teto da média e da alta complexidade pois a pasta passa por um momento de contingenciamento, no entanto explicou o que poderia ser feito.

“Precisamos da força política do deputado José Reinaldo junto ao presidente Michel Temer para solicitar um extra orçamentário para o seu estado. Assim, aportaremos recursos para daí ir reduzindo gradativamente essa diferença. No que depender de nós, vamos nos esforçar junto ao palácio. Esse é o compromisso”, contou o secretário-executivo do ministério da saúde.

Satisfeito, José Reinaldo avaliou a reunião como franca e muito positiva.

“O secretário, a meu pedido, colocou aquilo que realmente ele pensa e nos deu um caminho. Nós vamos lutar politicamente com a Bancada Maranhense e o governo para resolver os impasses que existem na saúde do Maranhão”, finalizou.

“Não renunciarei”, assegura Michel Temer em pronunciamento

por Jorge Aragão

Contrariando a expectativa de muitos e até mesmo a sugestão de aliados e assessores próximos, o presidente da República, Michel Temer (PMDB), em rápido pronunciamento na tarde desta quinta-feira (18), assegurou que não irá renunciar ao cargo.

“No Supremo, mostrarei que não tenho nenhum envolvimento com esses fatos. Não renunciarei. Repito: não renunciarei. Sei o que fiz e sei a correção dos meus atos. Exijo investigação plena e muito rápida para os esclarecimentos ao povo brasileiro. Essa situação de dubiedade e de dúvida não pode persistir por muito tempo”, declarou Temer.

O presidente disse ainda que a semana foi atípica para o seu governo, que viveu o melhor momento (em referência a indicadores de inflação, emprego e desempenho da economia) e também o pior. Temer assegurou que já solicitou oficialmente os áudios em que supostamente estaria uma conversa sua com o delator da JBS.

“Meu governo viveu nesta semana seu melhor e seu pior momento. Todo o esforço para tirar o país da recessão pode se tornar inútil”, disse.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou abertura de inquérito para investigar o presidente Michel Temer. O pedido de investigação foi feito pela Procuradoria­Geral da República (PGR).

Com a decisão de Fachin, Temer passa formalmente à condição de investigado na Operação Lava Jato.

Governo Dino copia programa do Ministério do Meio Ambiente

por Jorge Aragão

O deputado estadual Adriano Sarney (PV) afirmou que o governo Flávio Dino (PCdoB) copiou o programa federal Bolsa Verde, criado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e que no Maranhão já beneficiou 1.828 famílias. Trata-se do Projeto de Lei nº 056/2017, votado nesta quinta-feira (18) na Assembleia Legislativa, que institui o Programa Maranhão Verde.

“O Bolsa Verde é um programa de transferência de renda para famílias em situação de extrema pobreza, que vivem em áreas de relevância para a conservação ambiental. Aí vem o governador e envia para a Assembleia um projeto voltado às unidades de conservação estaduais. Trata-se de uma cópia muito bem-feita e louvável do programa federal”, explicou Adriano.

O deputado fez uma crítica ao programa estadual, no sentido de que deveria ter sido melhor discutido com o parlamento, uma vez que trata também de desenvolver projetos de apoio e recuperação ambiental de unidades de conservação.

“Sabemos que algumas unidades de conservação se encontram em estado precário e, por isso, precisamos saber de que forma esse programa será executado nessas unidades. Com a aprovação desse projeto, vamos enfocar ainda mais na fiscalização para que não haja propaganda enganosa ou eleitoreira, a exemplo do que está acontecendo em relação a outros programas estaduais”, ponderou Adriano.

Advogado da JBS é preso em São Luís

por Jorge Aragão

Pelo visto alguns políticos do Maranhão têm que realmente se preocupar com os desdobramentos das delações dos sócios da empresa JBS.

Na manhã desta quinta-feira (18), o advogado da JBS, Willer Tomaz, foi preso num hotel no bairro Ponta do Farol, em São Luís. O advogado teve sua prisão preventiva decretada pelo ministro Edson Fachin após as delações.

O Blog do Jorge Aragão teve a informação que o advogado Willer Tomaz já trabalhou nas causas de alguns políticos do Maranhão em Brasília.

As investigações mostraram o advogado Willer Tomaz teria sido o responsável por cooptar o procurador República Ângelo Goulart Villela, também preso no dia de hoje. Lembrando que é procurador estava na assessoria do vice-procurador Eleitoral, Nicolao Dino, irmão do governador Flávio Dino.

É aguardar e conferir os desdobramentos dessas delações.

Assessor de Nicolao Dino é preso e STF pede afastamento de Aécio Neves

por Jorge Aragão

Depois da publicização da delação dos donos da JBS, na noite de quarta-feira (17) pelo jornal O Globo, os desdobramentos seguem acontecendo em todo o Brasil.

Na manhã desta quinta-feira (18), foi preso o procurador da República Ângelo Goulart Villela. O procurador é acusado de receber dinheiro para repassar informações a um dos proprietários da empresa JBS. A prisão foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.

O procurador preso na manhã de hoje é assessor do vice-procurador Eleitoral, Nicolao Dino, irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), conforme destacou o site O Antagonista.

Aécio – Já o senador e presidente do PSDB, Aécio Neves, deverá ser afastado do Congresso Nacional. A decisão de afastamento de Aécio do cargo de senador também foi tomada pelo ministro Edson Fachin, que é o relator da Lava Jato no STF.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, chegou até a pedir a prisão do senador Aécio Neves, mas o ministro decidiu, neste momento, apenas pelo afastamento do cargo, pois deixou para o STF, como um todo, decidir pela prisão ou não do senador. A irmã de Aécio Neves, Andrea Neves, foi presa hoje pela Polícia Federal.

Michel Temer deve renunciar ainda hoje

por Jorge Aragão

É cada vez mais forte a possibilidade de que o presidente da República, Michel Temer (PMDB) renuncie ao cargo nas próximas horas.

A princípio Michel Temer estava relutando em renunciar, mas depois do vazamento das imagens que poderiam provar o pagamento de suposta propina aos eventuais indicados de Temer e do senador Aécio Neves (veja aqui), o presidente da República teria admitido que o melhor caminho seria mesmo a renúncia.

Para complicar ainda mais a situação, os áudios das conversas que poderiam comprovar as supostas propinas devem ser divulgados ainda hoje. Temer já tem sido aconselhado por assessores e aliados próximos a renunciar ao cargo.

O presidente Michel Temer deve fazer um pronunciamento nas próximas horas e a expectativa maior é de uma renúncia.

Caso efetivamente Temer renuncie ao cargo, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), assumirá a Presidência da República. Caberá a Maia, no período de 30 dias, convocar o Congresso Nacional e realizar eleições indiretas.

É aguardar e conferir.

Todos errados???

por Jorge Aragão

A Secretaria de Infraestrutura do governo Flávio Dino (PCdoB) enfrenta, desde o domingo, 14, uma série de acusações de abandono de obras em rodovias estaduais no interior. E insiste em responder com respostas-padrão, afirmando já estar recuperando os trechos cobrados.

Essa história começou no domingo, quando a deputada Andrea Murad (PMDB) veio a público para denunciar que a MA-020, entregue totalmente construída em 2014, no fim do governo passado, está destruída por falta de manutenção. A parlamentar publicou uma série de fotos para mostrar a situação da rodovia no trecho Coroatá-Vargem Grande.

Na segunda-feira, 15, a Sinfra emitiu nota garantindo que iniciou a recuperação da estrada. Justificou que o trecho foi destruído por causa das carretas acima do peso, combinadas com as intensas chuvas na região.

Terça-feira, nova denúncia, desta vez na região da Baixada. O deputado Edilázio Júnior (PV) revelou que a MA-014 está completamente destruída; e lembrou que foi promessa do próprio Dino a manutenção completa da rodovia.

Ontem, a MA-020 voltou ao debate, quando o deputado Fábio Braga (SD), da base governista, voltou a denunciar a destruição do trecho entre Vargem Grande e Coroatá. O parlamentar governista lembrou que a rodovia é palco de tráfego de importantes caminhões que carregam a safra de grãos. As mesmas carretas que a Sinfra acusou pelo estrago.

Como se vê, na visão dos parlamentares, é a falta de ação do governo que está levando à destruição das rodovias. Mas para a Sinfra, todos eles estão errados.

Coluna Estado Maior