Prefeitura de São Luís oferece vacinação domiciliar contra a gripe

por Jorge Aragão

Pessoas acamadas ou com dificuldades de locomoção não vão ficar sem a vacina contra a gripe. Como parte da 19ª campanha de vacinação contra a influenza, a Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), está atendendo às solicitações feitas para realizar vacinação domiciliar.

O benefício é apenas para pessoas que integram o grupo prioritário definido pelo Ministério da Saúde, mas estão impossibilitadas de ir aos postos de vacinação. Nestes casos, a orientação da Semus é que os familiares ou responsáveis procurem a unidade de saúde mais próxima para informar os dados da pessoa que deve ser vacinada, para posterior visita da equipe da Coordenação de Imunização.

A secretária municipal de Saúde, Helena Duailibe, explica que essa ação é importante para assegurar a cobertura vacinal. “Ainda estamos com o índice de vacinação muito abaixo da meta, que em São Luís é imunizar 80% do público-alvo. Diante dessa realidade, a Prefeitura está traçando algumas estratégias para garantir que as pessoas sejam de fato vacinadas; e atender aos que estão acamados é uma das prioridades”, afirma.

Imunização

A procura pela imunização nos postos da capital continua baixa. Dados parciais da Divisão de Imunização da Semus indicam que das 189.314 pessoas que devem vacinar apenas 34.960 já tomaram a vacina, atingindo uma cobertura de 18,74%.

A Prefeitura está disponibilizando a vacina em 61 unidades de saúde da rede municipal e vai realizar uma programação no dia D, marcado para 13 de maio, para motivar as pessoas a vacinarem, evitando as filas e transtornos nos últimos dias da campanha, que encerra em 26 de maio.

A vacinação contra a gripe é uma ação preventiva para reduzir a mortalidade, as complicações e as internações decorrentes das infecções pelo vírus Influenza. A vacina aplicada é a trivalente, que imuniza contra os dois tipos de gripe sazonal e também contra o tipo H1N1.

O público-alvo da campanha inclui pessoas com 60 anos ou mais, crianças de seis meses a quatro anos de idade, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), profissionais de saúde, indígenas, portadores de doenças crônicas, população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e professores de escolas públicas e privadas.

O jogo da semântica

por Jorge Aragão

Coluna do Sarney*

As palavras, como as pessoas, têm sua vida, nascem, exploram sua juventude e morrem no desaparecimento do uso. Algumas, intencionalmente; outras, em razão mesmo do desgaste. Recordo-me a primeira vez que ouvi a resposta a pergunta que fiz: “Como está nosso amigo comum, Eurico? Ele me respondeu: “Joia.” Eu nunca tinha ouvido essa palavra com esse significado. Depois, foi massificada como expressão de bem-estar.

Outro amigo meu, quando viajei a Nova York e lá comentavam sobre o Brasil, me disse:

– É o país mais legalista do mundo. Quando se pergunta até sobre as pessoas:

– Como vai?

A resposta vem rápido:

– Tá legal.

Isso mostra nosso apreço à lei e a condenação a tudo que está fora dela.

Que grande hipocrisia pensar assim! Tá legal não tem explicação. É tá legal, e se aplica a muitas coisas.

Agora, a moda e a palavra que entraram em circulação foi delação, que passou a ser ofensiva para aqueles juízes que levam o pobre coitado a mostrar uma fraqueza de conduta. O delator hoje é colaborador. A primeira vantagem que ele tem ao delatar é trocar de conceito: de pessoa de conduta ultrajante para pessoa de conduta heroica.

A palavra também é objeto de consumo: consome-se até, como a própria moda, deixar de ser moda. A juventude, esta, tem o seu vocabulário próprio. E eu, outro dia, tomei conhecimento da minha ignorância do vocabulário jovem quando perguntei a um filho meu se gostava de skate, ele me respondeu: “Meu tio, é massa.” Eu, inocentemente, perguntei “Massa de quê?” “É massa, meu tio. O senhor não sabe o que é massa?”

Recordo-me, com saudades, de uma palavra que o velho Nascimento Morais, meu companheiro de redação no jornal O Imparcial e notável figura do jornalismo maranhense, me passou num conselho: quando quiser escrever uma catilinária sobre alguém, comece com a palavra sevandija. Se não tiver sevandija, não é lapada nas costas. Mas ela já desapareceu. E eu mesmo, com saudades dela, tenho receio de empregá-la para não parecer esnobe e querer obrigar a consulta a um dicionário.

Tive um colega na Academia Maranhense de Letras que tomou parte numa discussão levantada pelo professor Mata Roma sobre semântica. Ele levantou-se e recitou os versos de Bilac: “Amai para entendê-las!/ Pois só quem ama pode ter ouvido/ Capaz de ouvir e de entender estrelas.” E concluiu: “Olhe o jogo da semântica.” Nem ele sabia o que era semântica. O velho Mata Roma disse: “Aqui não quero falar mais. Encerro minhas considerações nesse momento.” E ficamos, em nosso cotidiano na Academia, de vez em quando, a olhar para o outro colega e dizer: “Olhe o jogo da semântica.”

Domingos Vieira Filho teve a pachorra de coletar palavras do nosso linguajar. Escreveu um livro excelente A linguagem popular do Maranhão. Nela encontramos algumas expressões que já estão mortas, como, para citar uma erudita, machavelismo, que nada mais é do que a cultura chegando ao povo. Vem de Maquiavel e maquiavelismo. Além das eruditas, há as populares: canto, cruzeta, qualira.

Quero encerrar essas lembranças e brincadeiras com palavras repetindo uma nova expressão, que circula hoje entre os jovens e até entre os velhos: “Tô de boa.”

José Sarney

Reforma Política na pauta da Assembleia Legislativa

por Jorge Aragão

A Comissão Especial de Reforma Política da Assembleia Legislativa realiza, na próxima segunda-feira (8), a partir de 8h30, uma Audiência Pública para discutir o tema no Maranhão. Dentre os assuntos a serem abordados estão: o voto em lista fechada, financiamento público, fim das coligações, da reeleição, dos cargos de vice, dentre outros.

Estão confirmadas para o evento que acontece no Auditório Fernando Falcão, as palestras do deputado federal Rubens Júnior, coordenador da bancada federal maranhense; do Dr. Marlon Reis, Movimento de Combate à Corrupção (MCCE); e Dr. Juraci Guimarães Júnior, procurador da República no Maranhão.

Integram a Comissão Especial de Reforma Política da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Braide (PMN), presidente da Comissão; o deputado Levi Pontes (PCdoB), vice-presidente; Rafael Leitoa (PDT), relator; os deputados Rogério Cafeteira (PSB), Bira do Pindaré (PCdoB), Vinícius Louro (PR) e Edilázio Júnior (PV).

Quem paga a conta dessa presepada?

por Jorge Aragão

Neste domingo (07), a maioria dos Estados brasileiros irá conhecer os seus respectivos campeões estaduais de futebol, mas no Maranhão, infelizmente, a realidade é bem diferente.

Apesar de termos tido mudança no comando do futebol maranhense, a bagunça e o descrédito para com o nosso futebol continuam o mesmo. A Federação Maranhense de Futebol continua dando exemplos de como não se fazer um futebol com seriedade e credibilidade.

Por conta de um regulamento pífio, esdrúxulo e com dúbia interpretação, o Campeonato Maranhense de 2017 foi parar na Justiça Desportiva. A cada dia uma nova decisão do TJD ou STJD, tem apenas enlameado ainda mais o já combalido futebol do Maranhão e com isso levando prejuízos enormes para os clubes e torcedores.

O Cordino, que já foi o campeão do 1º Turno e único assegurado na decisão do 2º Turno, chegou a se deslocar de Barra do Corda para São Luís para fazer o segundo jogo da final do 2º Turno contra o Sampaio, quando o TJD deu ganho de causa ao Moto Club e cancelou a partida. Quem arcará com essa despesa de deslocamento e hospedagem do Cordino?

O Moto por sua vez também viajou a Barra do Corda para enfrentar o Cordino neste fim de semana. Só que a partida foi suspensa por uma liminar do STJD. Quem bancará as despesas do Moto com deslocamento e hospedagem?

O Sampaio também jogou e empatou com o Cordino em Barra do Corda em uma partida que pode não ter tido validade alguma. Quem arcará com esses prejuízos?

E os torcedores, esses os mais prejudicados. Os torcedores de Sampaio e Cordino que pagaram e assistiram a um jogo que pode não ter validade alguma. Os torcedores do Moto que se deslocaram até Barra do Corda para acompanhar uma partida que não aconteceu. Quem será responsabilizado por essa presepada?

Tudo isso acontecendo diante de uma Federação Maranhense de Futebol inerte e inoperante, que apenas ajudar a denegrir a imagem do nosso futebol. A FMF parece cruzar os braços e transferir responsabilidade, pela sua total incapacidade, para a Justiça Desportiva resolver.

Os torcedores devem buscar os seus direitos, precisam ser ressarcidos dessa presepada, podem e devem denunciar o fato ao PROCON, que diga-se de passagem, já poderia ter agido em defesa dos torcedores, os consumidores nesse caso.

Já os clubes, infelizmente coniventes e coadjuvantes dessa patacoada, parecem não ter força para se rebelar diante de tamanho absurdo.

Sendo assim, o torcedor maranhense precisará aguardar para saber quem efetivamente irá decidir o 2º Turno contra o Cordino. O episódio é apenas mais um empurrão para que o torcedor maranhense fique em casa, no conforto do seu lar, ao lado de sua família e amigos, acompanhando as demais decisões estaduais pela televisão, se afastando cada vez mais dos estádios e do futebol maranhense.

Isso sem falar que o Governo Flávio Dino destinou dinheiro público ao Campeonato Maranhense. O patrocínio foi de R$ 1,8 milhão para o futebol maranhense, mas apenas a metade ficou com os clubes, pois a outra metade ficou com a Federação Maranhense de Futebol e com a TV Difusora, que deveria ter transmito os jogos da competição, algo que jamais aconteceu.

E assim segue o futebol maranhense, cada vez mais próximo do fundo poço, e o pior é que esse poço parece não ter fundo.

Roberto Rocha aguarda decisão sobre comando nacional do PSB

por Jorge Aragão

A permanência ou não do senador Roberto Rocha no PSB dependerá de quem ficará com o comando do partido: Pernambuco ou São Paulo.

Se for o primeiro, o mais lógico é que em 2018 o PSB se coligue com o PT para uma eventual candidatura do ex-presidente Lula.

E nesse caminho o mais provável é que Rocha deixe o PSB, apesar de a ele ser garantido pelos socialistas alinhados com Pernambuco o direito de ser candidato a governador do Maranhão.

Escanteio – Se o PSB ficasse nas mãos dos pernambucanos, Flávio Dino mais uma vez teria de lutar para ter o PT ao seu lado na eleição.

Explica-se: o PSB deverá ir com Lula, mas quer Rocha candidato. Com isso, amarraria o PT maranhense à candidatura do senador maranhense e deixaria Dino de lado.

E há quem garanta que, se tiver de escolher, Lula não vai com Flávio Dino em 2018 assim como não quis em 2010 e 2014. E que só deixou o PT em 2008 com Dino devido a pedido do presidente do Senado na época.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão