Edivaldo entre os prefeitos mais influentes nas redes sociais

por Jorge Aragão

A Revista Exame divulgou uma pesquisa onde avaliou o desempenho e a influência de 26 prefeitos de capitais brasileiras nas redes sociais. O prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), aparece na quarta colocação.

A pesquisa avaliou o desempenho dos chefes do Executivo municipal das capitais brasileiras em uma escala de 0 a 10 que mede três critérios: base total de fãs comparada ao número de eleitores da respectiva cidade, nível de engajamento da página e o nível de relacionamento com o público. Foram considerados influentes aqueles que somaram de 6 a 10 pontos.

“Hoje, quero deixar registrada a minha felicidade em ser reconhecido como um dos prefeitos mais influentes nas mídias sociais do nosso país. Esse resultado positivo é fruto do cuidado e importância que temos em atender a cada demanda de nossa população. Vamos continuar nos esforçando ao máximo para estreitar ainda mais os laços com cada cidadão. Sou grato pela participação de todos e peço que continuem interagindo comigo nas redes. Essa participação contribui para a construção de uma cidade cada vez melhor. Isso fortalece ainda mais a nossa caminhada!”, destacou Edivaldo.

O levantamento apontou que o prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), é o fenômeno nas redes sociais. Logo em seguida aparecem os prefeitos de Salvador, Boa Vista e São Luís. Edivaldo Júnior aparece com nota 7 no levantamento. Clique aqui para ler a reportagem completa e veja abaixo a relação dos dez primeiros gestores.

São Paulo: João Doria (PSDB); Salvador: ACM Neto (DEM); Boa Vista: Teresa Surita (PMDB); São Luís: Edivaldo Holanda Junior (PDT); Florianópolis: Gean Loureiro (PMDB); Porto Alegre: Nelson Marchezan Júnior (PSDB); Curitiba: Rafael Greca (PMN); Porto Velho: Dr. Hildon (PSDB); Vitória: Luciano Rezende (PPS) e Rio de Janeiro: Marcelo Crivella (PRB).

Sousa Neto denuncia prisão arbitrária de soldado da PM

por Jorge Aragão

O deputado estadual Sousa Neto (PROS) usou a Tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (18), para denunciar a prisão arbitrária do soldado Alexandre Leite, da Polícia Militar, por ordem do Comando da Segurança Pública do Maranhão.

“Soldado Leite está sofrendo uma grande injustiça, provocada pela perseguição desse governo Flávio Dino contra servidores que criticam ou que ousam se posicionar em desfavor deles”, delatou o parlamentar.

Após tomar conhecimento do fato, na última segunda-feira (17), Sousa Neto foi até o Quartel Geral da PM, no Calhau, onde o militar esteve recolhido. O deputado recebeu mensagens de vários grupos de policiais no whatsapp, que relatavam o abuso e a retaliação as quais vêm sofrendo praças e oficiais. “Fui até o Comando Geral para acompanhar a situação do militar, preso ilegalmente pelo Comando da Corporação. Este é mais um fato lamentável para o Maranhão”.

Soldado Leite, atualmente lotado no 11º Batalhão da Polícia Militar (BPM), em Timon, passa por tratamento psicológico, e foi determinado a se apresentar semanalmente na Junta Médica de Saúde (JMS) da PM, em São Luis. “Não bastassem às despesas a que está tendo o militar, que precisa vir à capital maranhense toda semana, ainda fica detido porque disseram que cometeu desacato. Não estou aqui querendo dizer que um militar tem que desacatar seu superior. Mas como é que um policial pode ficar psicologicamente e fisicamente bem para trabalhar nessas condições?”.

Em seu pronunciamento, ele questionou sobre a legalidade do serviço prestado pela Junta Médica de Saúde (JMS), diante dos abusos cometidos contra os pm’s. “Como membro da Comissão de Segurança desta Casa, contesto aqui a legalidade do serviço que a Junta Médica da PM vem fazendo, onde não há especialistas para tal atividade, e que tem maltratado muitos policiais no Estado do Maranhão. Não tem nenhum psicólogo, não tem psiquiatra, é formada por pediatras e outras especialidades”, disse.

Perseguições a militares – Sousa falou, ainda, das perseguições a membros de associações e entidades de militares. “A polícia que já não aguenta mais as perseguições: soldado Leite, sargento Ebenilson, soldado Diego, sargento Aguinaldo e outros. Vamos respeitar os militares e parar de chama-los de ‘macetoso’. Tem que ter uma junta médica séria. Se tem um problema psicológico ou psiquiátrico, ortopédico, que seja tratado de forma correta, e não por médico que não tem especialidade na área. Isso é um absurdo que já vem ocorrendo há muito tempo no Estado, e agora na gestão comunista, piorou a situação porque, além de transferir e punir quem reclama do sistema, eles os tratam agora na Junta Médica como se fossem bandidos”.

O parlamentar cobrou resposta do secretário de Segurança. “Tenho cobrado posicionamento do Secretário Jefferson Portela. É por isso que até a classe o repudia, hoje. Ele não respeita a polícia do Maranhão, seja civil ou militar. No governo comunista, o que prevalece é o autoritarismo, a falta de diálogo E é assim que tem agido o chefe da Segurança Pública do Maranhão, com maldade.”, completou.

Soldado é solto por decisão judicial – Ainda no fim da manhã de hoje (18), soldado Leite teve sua prisão relaxada pelo juiz auditor da Justiça Militar do Maranhão, Nelson Melo de Moraes Rêgo.

Vice-presidente do PCdoB de Timon é preso por estupro

por Jorge Aragão

Clemilton Colaço entre Edivar Ribeiro e Luciano Leitoa, durante evento do PCdoB em Timon

O vice-presidente do PCdoB de Timon e membro do Governo Flávio Dino (PCdoB), Clemilton Colaço Ribeiro, foi preso na manhã de hoje pela Polícia Civil.

Pesava contra o comunista, um mandado de prisão preventiva expedido pela 3ª Vara Criminal de Timon, por suspeita de estupros contra três garotas entre 10 e 13 anos de idade.

A informação foi confirmada pelo jornalista Gilberto Léda na Delegacia Especializada da Mulher (DEM).

Clemilton ocupa desde setembro de 2015, o cargo de diretor da Unidade Regional de Timon da Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Seinc), posto para o qual foi nomeado depois de deixar a gestão Luciano Leitoa (PSB), prefeito de Timon.

Ele agora responderá na Justiça pelas acusações de estupro.

 

Edilázio: “Flávio Dino morde a própria língua”

por Jorge Aragão

O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) fez dura crítica hoje, à postura adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), após o comunista ter sido envolvido no escândalo de corrupção conhecido Lava Jato.

Dino foi citado em delação feita por José de Carvalho Filho, ex-funcionário da Odebrecht, ao Ministério Público Federal (MPF).

No depoimento, Filho detalhou o pagamento de R$ 200 mil à campanha de Flávio Dino em 2010, em troca de apoio do comunista, então deputado federal, ao Projeto de Lei nº 2.279/2007 de interesse da empreiteira, na Câmara dos Deputados e afirmou   que outros R$ 200 mil foram pagos na campanha de 2014, mas de forma oficial.

Para Edilázio, o envolvimento de Flávio Dino na Lava Jato, é uma decepção para o eleitor maranhense.

“Ele, que até ontem era o arauto da moralidade do nosso Maranhão, que já era uma decepção como gestor e como político, agora é uma grande decepção com relação à moral. Porque o que ocorreu com relação à Odebrecht, não se trata de ‘Caixa 2’, se trata de propina”, disse.

Edilázio lembrou que todo o esquema delatado por José de Carvalho Filho, está registrado pela Odebrecht. Ele enfatizou o apelido de Dino na denúncia: Cuba, e fez referência à senha utilizada pelo governador, segundo a delação, para o resgate do dinheiro: Charuto.

“Vale ressaltar que o delator, que se dava muito bem com ele. Já veio aqui no Maranhão depois de ele ter sido eleito governador. Visitou ele [Flávio Dino] várias vezes ainda na Embratur. O governador Flávio Dino hoje morde a própria língua”, enfatizou.

Antes de finalizar o seu discurso, no Grande Expediente, Edilázio ainda fez uma crítica em relação à postura adotada por Dino após ter sido citado na Lava Jato.

“Quando a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) foi citada, na época pelo Paulo Roberto Costa, houve um alvoroço aqui de governistas, já condenando-a. Hoje o governador morde a própria língua”, finalizou.

O discurso de Edilázio foi aparteado pelos deputados Eduardo Braide (PMN), Sousa Neto (PROS) e Adriano Sarney (PV), que destacaram a coerência no posicionamento.

 

Saúde em declínio…

por Jorge Aragão

A queda na qualidade do atendimento nas UPAs e demais unidades de saúde administrados pelo Governo do Maranhão é de longe um dos principais problemas enfrentados pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

Desde que assumiu o Executivo, Dino tem assistido, quase que inerte, ao sucateamento da saúde no Maranhão.

Problema grave e que atinge não só a capital, mas municípios do interior do estado, a exemplo da cidade de Codó. Lá, não fosse o excelente serviço prestado pelo Hospital Municipal, o sofrimento da população seria maior.

É o que aponta o depoimento, em rede social, da empresária Eunice Leitte, moradora da cidade, que precisou de atendimento de urgência para o filho ontem.

Ela relatou que ao chegar na UPA com o filho, que sentia dor de cabeça, febre e vômito há três dias, teve o atendimento negado.

Motivo: no momento exato da entrada no hospital a febre havia cessado – mas não os outros sintomas -, porque, uma minutos antes, em casa, ela administrou dose de dipirona no filho.

A informação recebida é de que ele somente poderia ser examinado e o problema investigado, se tivesse chegado ao local com febre.

Contrariada, Eunice levou o filho para o Hospital Municipal. Lá, ele chegou com os mesmos sintomas. Foi atendido e medicado.

A empresária, depois de ter o atendimento negado na UPA, formalizou denúncia ao Ministério Público Estadual e relatou a situação em seu perfil, em rede social e comparou o hoje e o ontem da UPA.

Lamentavelmente, a saúde do estado segue em declínio.

 

Cafeteira quer união de deputados contra a Reforma da Previdência

por Jorge Aragão

O deputado Rogério Cafeteira (PSB) saiu em defesa dos milhares de trabalhadores brasileiros que serão afetados pela Reforma da Previdência, durante sessão plenária desta segunda-feira (17). De acordo com ele, a turbulência que envolve a classe política acabou camuflando o assunto, que ainda está em plena tramitação. O parlamentar pontuou que o assunto é extremamente importante e grave.

Na opinião do deputado, antes de ser votada a Reforma, é necessário que se amplie a discussão, visto que outro aspecto a ser levado em consideração é a corrupção dentro de setores da própria Previdência. “E minha sugestão é que antes de ser votada uma Reforma como essa, que se aprofundasse o debate, que, antes disso, fosse combatida a corrupção, a roubalheira que existe hoje na Previdência do Brasil. Infelizmente, esse sangramento da nossa Previdência não é de agora”, lamentou.

Cafeteira citou como exemplo de corrupção na Previdência Social o caso “Jorgina de Freitas”, ex-procuradora previdenciária que foi condenada por chefiar quadrilha que desviou mais de 1 bilhão do Instituto Federal de Seguridade Social (INSS). O parlamentar suplicou que, antes de sacrificar o trabalhador brasileiro, o Governo Federal intensifique a fiscalização e cobranças de instituições que são grandes devedoras do INSS.

Rogério Cafeteira destacou que o planejamento de aposentadoria dos brasileiros está comprometido e convidou os colegas parlamentares a se posicionarem de forma oficial sobre o assunto. “E agora vem no meio da vida, pessoas de 40, 50 anos, que já têm um plano de aposentadoria, eles se preparam para a sua aposentadoria e vê toda essa regra ser jogada abaixo. Então é um apelo que eu faço, que a gente também discuta isso. E desta forma, que possamos fazer o encaminhamento em conjunto aqui da Assembleia da nossa posição”, destacou.

Durante sua fala, o deputado pontuou a importância do beneficio social para a população rural. “Infelizmente há pouco tempo eu vi, existia mais beneficiários rurais, do que os próprios agricultores. No País tem mais gente sendo beneficiada do que agricultores. Então eu acho que a reforma precisaria começar desse ponto. Primeiro que a gente fizesse uma força tarefa, fizesse um esforço concentrado para que fosse extinta a questão dessa corrupção dentro da previdência do País”, finalizou.

Aluisio Mendes parabeniza posse de Eduardo Nicolau no MP

por Jorge Aragão

O deputado Aluisio Mendes elogiou a escolha do procurador Eduardo Nicolau para o cargo de corregedor geral do Ministério Público do Maranhão. Ele participou da solenidade de posse ocorrida na segunda-feira (17) no auditório da sede da Procuradoria Geral de Justiça, em sessão solene do Colégio de Procuradores do Ministério Público do Maranhão.

“O procurador Eduardo Nicolau é um amigo de longas datas, de conduta ilibada, que sempre se dedicou ao fortalecimento do Ministério Público e na defesa dos direitos dos cidadãos maranhenses. A instituição está de parabéns pela escolha e tenho certeza que ele exercerá o cargo com retidão e compromisso”, declarou Aluisio Mendes.

Na solenidade que contou com a participação do presidente do Tribunal de Justiça, Cleones Cunha, de juízes, procuradores e promotores de justiça e outras autoridades, Eduardo Nicolau tomou posse pregando o fortalecimento do Ministério Público em sua missão de atuar em defesa dos cidadãos.

“Esse é o nosso papel: ouvir e agir. E é essa a marca que quero imprimir à gestão da Corregedoria do Ministério Público nesses dois anos”, afirmou o corregedor-geral do Ministério Público do Maranhão. Eduardo Nicolau afirmou que pretende trabalhar para renovar o entusiasmo de cada membro da instituição em seu compromisso constitucional de defesa da ordem jurídica e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Emenda de Glalbert Cutrim assegura ambulância para Itapecuru

por Jorge Aragão

O deputado Glalbert Cutrim (PDT), participou na tarde da segunda-feira (17), da solenidade de entrega de uma ambulância ao município de Itapecuru Mirim. O ato aconteceu no Palácio dos Leões e contou com a presença do governador Flávio Dino (PCdoB), do prefeito Dr. Miguel (PRB), do ex-presidente da Famem Gil Cutrim (PDT), além de outras autoridades.

A ambulância foi adquirida pelo Governo do Estado fruto de emenda parlamentar do deputado e custou R$ 160 mil. O equipamento conta com duas macas, duas pranchas, um umidificador, cadeira de rodas, cilindro e bala de transporte para oxigênio, e pode ser utilizado como unidade básica ou Unidade de Suporte Avançado (USA).

Glalbert destacou a importância do equipamento para o município. “Um dos meus compromissos com o prefeito Dr. Miguel e a população do município de Itapecuru é garantir mais avanço na saúde. Entregar essa ambulância é saber que estamos realizando o nosso papel como parlamentar e principalmente como amigo da cidade. Continuaremos fazendo tudo que for possível para levar mais qualidade de vida à população de Itapecuru.” Disse o deputado.

O prefeito agradeceu a dedicação do deputado ao município e garantiu que a ambulância trará novo folego na área da saúde.

“O deputado Glalbert Cutrim tem sido um grande amigo de nossa cidade, tenho absoluta certeza que daqui pra frente, mais alianças como essas serão firmadas, e quem ganha é nossa população“, destacou Dr. Miguel.

Lideranças criticam Flávio Dino após citação na Lava Jato

por Jorge Aragão

O Estado – A inclusão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), no rol de possíveis investigados por suspeita de recebimento de dinheiro de caixa dois da Odebrecht na campanha eleitoral de 2010 levou a comentários de análises de lideranças e observadores da cena política local comentaram nos últimos dias.

Em depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato, o ex-funcionário da Odebrecht detalhou o pagamento de R$ 200 mil à campanha de Flávio Dino em 2010, em troca do apoio do comunista, então deputado federal, ao Projeto de Lei nº 2.279/2007, de interesse da empreiteira, na Câmara dos Deputados.

Outros R$ 200 mil foram pagos na campanha de 2014, segundo ele, de forma oficial. A proposta, então em tramitação na Câmara, garantiria segurança jurídica a investimentos da construtora em Cuba, em virtude do embargo econômico dos Estados Unidos à ilha comunista.

No Maranhão, o caso repercute desde o anúncio oficial de que o comunista estava na “Lista de Fachin” – no caso dele, a petição da Procuradoria-Geral da República (PGR) será encaminhada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O ex-juiz Marlon Reis – um dos autores da Lei da Ficha Limpa e atual nome do Rede no estado para a disputa pelo Senado -, foi quem mais se manifestou até agora.

Ontem, por exemplo, criticou, por meio de postagem na sua conta pessoal no Twitter, a tentativa de abafar a Lava Jato com a justificativa de salvar a política.

“Agora corruptos de diversos partidos tramam abafar a Lava Jato como forma de salvar a ‘política’. Querem salvar as próprias peles”, afirmou.

Ele não chegou a citar diretamente o governador maranhense, mas a declaração é um recado claro. Um dia antes, Dino havia usado também as redes sociais para propor uma “tática” que se estabelecesse como uma “saída política” para o caos instalado atualmente no país.

“Cabe à esquerda e ao centro democrático concertar uma saída política para o caos institucional. Fora da Política não há salvação real”, escreveu.

Caixa dois – Outro comentário de Reis, esse mais diretamente relacionado a Flávio Dino, referia-se a seu conceito sobre caixa dois.

Para o membro do Rede Sustentabilidade, o recebimento de doações não contabilizadas em campanhas eleitorais deve ser mesmo considerado crime. “Caixa 2 é corrupção qualificada pela lesa pátria”, defende.

MAIS

O conceito de que caixa dois é crime é também compartilhada pelo subprocurador-geral da República, Nicolao Dino, irmão do governador Flávio Dino. Meses antes de o comunista ser incluído na Lava Jato sob suspeita de receber R$ 200 mil dessa forma, ele havia declarado, durante o Seminário Reforma Política Eleitoral no Brasil, que “caixa dois é um fenômeno tão nocivo para o processo democrático quanto a corrupção”.

Dino é criticado até por adversários de Sarney

A inclusão do governador Flávio Dino (PCdoB) na chamada “Lista de Fachin” provocou reações contrárias ao comunista mesmo de lideranças que se opõem ao grupo do ex-presidente José Sarney (PMDB) no Maranhão.

Em artigo divulgado no fim de semana, por exemplo, o jornalista, médico e advogado João Bentivi comparou o aparecimento do comunista no caso com o fato de que figuras proeminentes “sarneísmo” estão fora da Lava Jato, dentre elas a principal adversária do governador, Roseana Sarney (PMDB).

“Está, pois, estabelecido o inevitável maniqueismo, mesmo nesse mar de incertezas, de constatações inapagáveis e volumosas surpresas. O nosso governador, na primeira infância da política, ainda que eu creia na sua honestidade (e creio) tem que se explicar e está se explicando. É mau. É mal”, escreveu.

Já Igor Lago, filho do ex-governador Jackson Lago (PDT), mesmo sem aliviar os “sarneístas”, criticou o grupo do governador, que tanto atacou seus oposicionistas nos últimos anos.

“A política [no Maranhão] resumiu-se aos sarneístas e seus dissidentes. O resultado não poderia ser pior: o sujo falando do mal lavado.”, comentou.

Pacto de afogados

por Jorge Aragão

Foto: Karlos Geromy/Secom

O governador Flávio Dino (PCdoB) diz-se indignado com a delação do ex-executivo da Odebrecht, José de Carvalho Filho, que apontou pagamento de R$ 200 mil ao comunista nas eleições de 2010. Mas Dino não é visto cobrando apuração rápida para provar a inocência. Pelo contrário, ele já tem atuado é para barrar os avanços da Lava Jato.

O governador faria parte de uma espécie de confraria de delatados – do PT, PCdoB, PSDB, PMDB – para tentar dar um freio na operação. O assunto foi pauta do fim de semana do jornal Folha de S. Paulo, que revelou até um suposto contato sobre o tema entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A folha ouviu o próprio Flávio Dino, que falou de uma batalha entre o que chamou de “Partido da Lava Jato e o Lulismo”. “Há até uma data de lançamento desse confronto: 3 de maio, em Curitiba”, disse Dino, à coluna Painel.
3 de maio será o dia do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro.

Mas o “pacto de afogados” foi proposto por Flávio Dino em seus próprios perfis de redes sociais. No Twitter, ele propôs um acordo dos partidos de centro e de esquerda para buscar uma saída institucional. E completou: “Fora da Política, não há salvação real”.

Desde o início da Operação Lava Jato, Flávio Dino já navegou em várias frentes. Comemorou a simples citação de adversários, fez festa com depoimentos que apontavam outros partidos e até se envolveu em embates com o juiz Sérgio Moro. Mas agora, pilhado na operação, ele age em causa própria, propondo o pacto de afogados.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão