Vereador do PCdoB de Anajatuba é assassinado em Santa Rita

por Jorge Aragão

Mais um crime bárbaro para a estatística da violência no Maranhão. Na noite de sábado (15), o vereador Miguel Soares Sampaio (PCdoB) de Anajatuba foi assassinado a tiros na cidade de Santa Rita.

O vereador “Miguel do Gogó”, como era conhecido, segundo informações da própria polícia, teria sido executado por dois homens no Povoado Outeiro dos Reis, em Santa Rita. Os executores do vereador estavam numa motocicleta e dispararam três vezes contra a cabeça da vítima, na frente da esposa e de um dos seus filhos.

Tudo leva a crer que foi um crime de execução, pois os próprios familiares do vereador relataram a polícia que ele estava sendo ameaçado de morte nos últimos meses.

O vereador Miguel Sampaio Soares foi eleito nas eleições de 2016 com 534 votos, sendo o sétimo vereador mais votado no município de Anajatuba.

Se no “baixo clero” teria agido assim, imagina como seria agora…

por Jorge Aragão

É claro que é muito cedo para fazer qualquer avaliação sobre o futuro político do governador do Maranhão Flavio Dino, citado com um dos beneficiados no esquema de Caixa 2 nas delações de ex-dirigentes da Odebrecht. É preciso aguardar um posicionamento do STJ (Superior Tribunal de Justiça), para saber se abrirá investigação ou não conta o governador comunista, o que poderá fazer o fato render nos noticiários local e nacional.

Entretanto, chegaria a ser cômica se não fosse trágica a desculpa utilizada por alguns asseclas para defender Flavio Dino em blogs e redes sociais. Alguns, mas subservientes do que se poderia imaginar, chegam a dizer que o valor supostamente recebido pelo governador comunista (R$ 400 mil) seria irrisório mediante os milhões recebidos por outros políticos também supostamente envolvidos no esquema da Odebrecht.

Inicialmente, o argumento é tolo e simplório, pois é como se quisessem diferenciar e/ou justificar quem recebeu mais ou menos propina, uma espécie de atenuante. O que convenhamos não deveria servir jamais de argumento para alguém que administra um Estado e se intitulava, ou se intitula, um arauto da moralidade.

Por fim e mais importante, é bom lembrarmos que em 2010 Flavio Dino não tinha todo esse poder de barganha, um deputado “baixo clero” na Câmara Federal e eleito em uma eleição sob suspeita no Maranhão. Além disso, pertencia a um partido sem força política (PCdoB) e que jamais havia conseguido se quer eleger um governador. Isso sem falar que Dino entrou na disputa pelo Governo do Maranhão contra Roseana Sarney, com poucas chances de vitória, tanto que foi derrotado ainda no Primeiro Turno.

Ou seja, se Flavio Dino realmente participou do Caixa 2 da Odebrecht, como afirmou o delator José de Carvalho Filho, estando no “baixo clero” e praticamente sem nenhum poder de barganha, como poderia agir estando hoje num outro patamar da política brasileira?

Esse é o questionamento que precisa ser feito, inclusive pelos asseclas do comunista.