No próximo dia 23 de abril estará completando exatos cinco anos do assassinato covarde do jornalista Décio Sá. O mais revoltante, principalmente para os familiares e amigos do jornalista, é que mesmo depois de tanto tempo, apenas dois dos 11 acusados de participarem da morte de Décio Sá foram julgados.

Décio Sá foi executado no dia 23 de abril de 2012, na Avenida Litorânea, com três tiros de pistola ponto 40. Até o momento, apenas o executor confesso Jhonatan de Sousa Silva e Marcos Bruno da Silva Oliveira, que deu fuga ao assassino na noite do homicídio, já foram julgados e condenados pela Justiça.

Jhonathan de Sousa Silva e Marcos Bruno Silva de Oliveira foram condenados em um júri popular que durou dois dias, em fevereiro de 2014. O julgamento ocorreu no auditório do Tribunal do Júri de São Luís no Fórum Desembargador Sarney Costa, no Calhau. Jhonathan Silva foi condenado a 25 anos e 3 meses de prisão e Marcos de Oliveira, a 18 anos e 3 meses de reclusão.

Só que os demais acusados seguem sem serem julgados e um a um, por total falta de celeridade da Justiça, vão deixando o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. No último sábado (25), foi Gláucio Alencar, acusado de ser um dos mandantes da morte do jornalista, que ganhou o direito de prisão domiciliar.

Depois de cinco anos, apenas os dois julgados e José Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, seguem efetivamente presos no Sistema Carcerário do Brasil. Os demais seguem aguardando julgamento.

O detalhe é que o crime mesmo com a repercussão nacional que teve, não conseguiu fazer com que a Justiça do Maranhão pudesse ser mais célere e mesmo depois de cinco anos não ter julgado todos os acusados.

Quando Décio Sá foi covardemente assassinado, sua esposa estava grávida. O pequeno Lucas, que infelizmente não conseguiu conhecer seu pai, nasceu meses depois e está prestes a completar cinco anos de idade, ele e sua família seguem aguardando efetivamente a Justiça fazer justiça pela morte de Décio Sá.

Resta saber é quando isso acontecerá…