O assunto já foi abordado outras vezes pelo Blog, mas é sempre bom lembrarmos, afinal é necessário também um trabalho de conscientização da sociedade.

O descarte irregular de resíduos sólidos causa uma série de problemas que vão desde riscos à saúde humana até prejuízos irreparáveis ao meio ambiente. Na capital maranhense, o volume de resíduos nessa situação, infelizmente, tem aumentado. Até o final do ano passado à Prefeitura de São Luís recolhia, em média, 230 toneladas por dia de resíduos irregularmente descartados – correspondente a 19% do total da coleta realizada na capital. Nos primeiros meses deste ano, porém, esse volume cresceu para cerca de 300 toneladas diárias. Na prática, isto significa que um quarto dos resíduos coletados diariamente em São Luís foi descartado em locais indevidos, como canteiros e terrenos baldios.

A Prefeitura tem intensificado o serviço de coleta. Além dos caminhões que fazem o recolhimento dois resíduos, o município garante também a remoção manual e mecanizada dos resíduos, nos casos necessários. A ação integra a política de gestão de resíduos sólidos, implantada pela Prefeitura de São Luís desde a primeira gestão do prefeito Edivaldo e que incluiu, entre outras ações, a desativação do Aterro da Ribeira e a implantação dos primeiros Ecopontos.

De acordo com o Comitê de Limpeza Pública de São Luís, na capital, há cerca de 400 pontos onde são feitos descartes de forma irregular. A situação piora no período chuvoso, com impactos na saúde pública e no funcionamento do sistema de drenagem. Entre os problemas causados estão entupimento de bueiros e alagamentos de vias, já que as águas das chuvas arrastam os detritos; proliferação de vetores como o mosquito aedes aegypit – transmissor da dengue, zika vírus e da febre chikungunya – além de ratos, baratas e outros insetos; e poluição ambiental, pois resíduos podem ser levados para rios, mangues e praias.

“São problemas que poderiam ser evitadas com atitudes simples. O espaço urbano é um bem coletivo e é dever de todos preservá-lo e mantê-lo limpo”, ressalta a coordenadora do comitê, Carolina Estrela.

Cidade Operária, Olho d’Água e Jardim São Cristóvão estão entre os bairros com maior volume de resíduos recolhidos nessa situação, conforme levantamento feito pelo Comitê de Limpeza Pública. Na Cidade Operária, por exemplo, foram mais de 3,9 mil toneladas recolhidas durante o ano de 2016.

Uma das estratégias da Prefeitura de São Luís no combate ao descarte irregular é a implantação de Ecopontos. A iniciativa é pioneira para a capital maranhense e opera em conjunto com cooperativas de reciclagem. Os Ecopontos são espaços destinados à entrega voluntária de materiais de grande volume, como restos de poda, entulho resultante da construção civil, madeiras e móveis velhos, entre outros itens.

Cada Ecoponto tem capacidade de armazenamento de 100 toneladas de resíduos por mês, podendo variar com a demanda. A estrutura é padrão e possui setor administrativo, instalações sanitárias, estacionamento, áreas de recebimento e acondicionamento temporário dos materiais, área de manobra de equipamentos e veículos.

As baias de depósito são de alvenaria, cobertas e sinalizadas. O equipamento possui depósito específico para resíduos de poda, capina e da construção civil. Os Ecopontos recebem materiais que não são recolhidos no serviço diário de coleta. Em sua maioria são entulhos da construção civil, itens não recicláveis e alguns, que não servem à cadeia recicladora (resíduos sanitários, resíduos considerados perigosos como produtos químicos, porcelana, papel encerado, parafinado, plastificado, metalizado, etc).

A Prefeitura mantém ainda coleta regular periódica do resíduo produzido pela população. O serviço cobre toda a capital e é realizado diariamente ou em dias alternados da semana, a depender da localidade.

Agora é fundamental a ajuda e conscientização da população, caso contrário ficará um serviço semelhante a enxugar gelo.