debate-assisO delegado Assis Ramos (PMDB), unhealthy eleito prefeito de Imperatriz pela coligação “Juntos com Imperatriz”, try apontou a inabilidade política do governador Flávio Dino (PCdoB) como fator decisivo na disputa eleitoral da cidade. Assis impôs uma derrota significativa ao Palácio dos Leões na cidade da Região Tocantina, ao ter recebido 29,16% dos votos válidos no último domingo. Ele assume a administração pública em janeiro de 2017.

Dentre os aspectos abordados pelo peemedebista na entrevista a O Estado, está a falta de explicações por parte do Governo em relação a demissão de Rosangela Curado (PDT) da Secretaria de Estado da Saúde ­ que meses depois passou a ser a candidata apoiada por Dino ­? a sua transferência, no âmbito da Segurança Pública, para a cidade de Açailândia e a prisão do major Janilson Cordeiro Lindoso, dias antes do pleito, após o mesmo ter feito duras críticas ao Governo do Estado. Assis também falou da consistência de suas propostas e do desempenho contra os adversários nos debates eleitores.

Para o peemedebista, a eleição mostrou que a vontade do eleitorado de Imperatriz se sobressaiu à máquina do Executivo Estadual. “Minha avalição é de que o sentimento de renovação foi superior ao poderio político, superior a questão do dinheiro. O povo de Imperatriz não admite cabresto, não admite ser guiado a não ser pela vontade dele próprio. Ninguém manda na vontade do povo de Imperatriz, quando ele decide por um candidato não adianta o prefeito apoiar, o governador apoiar, ou quem quer que seja”, disse, referindo­se à atuação de Dino em favor de Rosangela Curado.

Decisivo ­- Ele credenciou a sua vitória à vontade popular e aos tropeços de Flávio Dino durante o processo eleitoral.

“Alguns episódios foram cruciais e não posso deixar de ressaltar que trouxeram o capital eleitoral para a gente. Não só o caso da prisão major. A minha transferência de Imperatriz não explicada pelo Governo, contribuiu. Porque o povo quer transparência, o povo quis saber porque fui transferido, porque me tiraram de Imperatriz, o que eu havia feito. A saída de Rosangela da Secretaria de Saúde sem nenhuma explicação e mais tarde, a declaração do governador de que só quem teria vez no governo dele seria justamente Rosangela, foi minando a candidatura dela”.

Ramos afirmou que a postura do Governo do Estado no episódio da prisão do major Janilson, dias após o policial ter declarado apoio à sua candidatura, foi devastadora para o projeto eleitoral do Palácio dos Leões.

“A prisão do major demonstrou a falta sensibilidade e de habilidade do governador. Não estou defendendo qualquer ato de indisciplina do major, mas prendê­lo daquela forma, com a mobilização de todo o aparato de Segurança Pública, mostrou a arrogância do Governo”, completou.

“As minhas propostas, se comparada a dos adversários e meu desempenho nos debates também foram decisivos. Enquanto eles gastavam dinheiro com cartazes e bandeiras, eu estava no corpo a corpo com a população. Apresentei propostas possíveis de serem executadas. Enquanto Ildon Marques prometeu construir o Socorrão II, eu prometei reformar o Socorrão I. Enquanto Rosangela prometeu instalar wifi gratuito em toda a cidade, eu disse que a prioridade era o saneamento básico. E isso foi compreendido pelo eleitor”, concluiu.

Assis Ramos (PMDB) afirmou que já deu início ao processo transição junto ao prefeito Sebastião Madeira (PSDB). Ele afirmou que as conversas estão ocorrendo de forma tranquila. O peemedebista também adiantou que priorizará critérios técnicos para a construção de sua equipe de governo.

Ele ressaltou que não nomeará nenhum cidadão enquadrado na Lei da Ficha Limpa na sua equipe de Governo. Major Janilson é posto em liberdade após polêmica em Imperatriz.

(De O Estado)