ricardoDepois que o secretário de Saúde, capsule Marcos Pacheco, afirmou que os hospitais de 20 leitos, construídos e entregues no Governo Roseana Sarney, não serão mais prioridades no Governo Flávio Dino por “serem pouco resolutivos” na opinião do gestor, a expectativa é que essas importantes Unidades de Saúde sejam fechadas.

Algumas prefeituras já não tem recebido os repasses mensais para o funcionamento dos hospitais, como acontecia mensalmente no Governo Roseana. Agora, prefeitos e a população temem pelo fechamento dos hospitais.

A possibilidade gerou reação da classe política. O ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, classificou a possibilidade como “insanidade” do Governo Flávio Dino.

“Apenas um gestor insensível e sem qualquer noção do que são prioridades na Saúde Pública Estadual tem a insanidade de declarar que tais hospitais não são resolutivos. Muitos maranhenses que moram no interior, em municípios que não dispõem de qualquer unidade 24 horas, com médico e enfermeiro presente, e sabem o sofrimento das pessoas que têm mal súbito, sofre um acidente, cai da moto, tem um princípio de derrame, uma crise de pressão alta e precisa de um socorro médico imediato. Isso sem se falar que o Maranhão era o Estado com o menor número de leitos por habitante dentre todos os estados brasileiros. Para Flávio Dino e Marcos Pacheco, esses maranhenses devem procurar um dos hospitais regionais ou macrorregionais que nós construímos exatamente para dar suporte aos hospitais de pronto atendimento municipais, para os casos de maior gravidade e complexidade”, escreveu Ricardo.

Além disso, o ex-secretário alertou que o fechamento dos hospitais seria ilegal e que as autoridades competentes precisam tomar providências.

“Esse sistema foi proposto pelo Estado, parte integrante das metas do Programa Saúde é Vida, aprovado numa Assembleia Geral dos prefeitos e secretários de Saúde dos municípios, ratificado pela Comissão Intergestores Bi-partite. Na época foi pactuado que o Estado asseguraria uma contrapartida financeira mensal de R$ 60 mil reais, depois reajustado para R$ 100 mil Reais. Flávio Dino e Marcos Pacheco não têm poderes para quebrar unilateralmente a pactuação firmada. Por isso é necessária ação imediata das autoridades”, finalizou.

andreamuradA deputada estadual Andrea Murad também utilizou as redes sociais para lamentar o eventual fechamento dos hospitais e classificou o atual secretário como o pior gestor que já passou pela Saúde do Maranhão.

“O secretário de Saúde, Marcos Pacheco, continua se revelando o pior gestor de todos os tempos na Saúde Pública do Maranhão. Ao receber dezenas de hospitais, todos equipados, com pessoal qualificado e um sistema completamente organizado e eficiente, ele conseguiu em 1 ano transformar a nossa Saúde num verdadeiro caos. Isso porque Marcos Pacheco e Flávio Dino, além de outras trapalhadas no funcionamento da rede, acham que pequenos municípios não precisam de hospitais novos, limpos, organizados e funcionando 24h para que a população tenha um atendimento de qualidade, podendo ali mesmo ser tratado e evitando que peregrine para grandes hospitais que já estão sobrecarregados pela falta de eficiência implantada na gestão de Marcos Pacheco. Tudo isso já é sentido pela população”, escreveu Andrea Murad.

Resta torcer para que essa sandice não se concretize, para que não vejamos o retrocesso da Saúde do Maranhão.