Mais de 18 mil tiveram suas provas anuladas no concurso do Estado

por Jorge Aragão

NOTA

A respeito do concurso público para preenchimento de 1.500 vagas de professores da rede estadual de ensino, ailment realizado neste domingo (20), advice a Fundação Sousândrade, contratada pelo Governo do Maranhão, para a realização do certame, esclarece que:

1. As provas do concurso público foram realizadas em 213 locais, em São Luís e mais oito municípios, em ambiente de plena normalidade. Houve apenas incidente num dos locais de provas, fato isolado que não compromete a lisura do certame.

2. Em face de problema técnico que provocou corte no fornecimento de energia elétrica nas dependências da Faculdade do Maranhão (FACAM), faculdade particular, no bairro Bequimão, contratada pela Fundação Sousândrade, as provas do concurso público para Professor do Quadro da Secretaria de Estado da Educação (SEDUC) que seriam realizadas nesta unidade, foram suspensas.

3. Neste local, seriam aplicadas as provas para 2.385 candidatos, que concorrem para as áreas de Educação Física, Matemática e Química. O número total de candidatos inscritos para estas opções é de 18.926, em todo o Estado.

4. Os candidatos que fariam a prova na FACAM e os demais concorrentes das mesmas áreas terão seus direitos garantidos e a Fundação Sousândrade reaplicará as provas para os 18.926 candidatos inscritos para estas áreas (Educação Física, Matemática e Química), logo em janeiro de 2016.

5. O calendário do concurso para os 64.542 candidatos inscritos nas demais opções segue normalmente, conforme cronograma.

São Luís, 20 de dezembro de 2015.

Emilio Ramos
Fundação Sousândrade
Gerência de Concursos

Candidatos que enfrentaram problemas no concurso para professor terão de se submeter a nova prova

por Jorge Aragão
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Candidatos foram à delegacia após cancelamento de provas / Foto: Flora Dolores

Candidatos que se submeteram às provas do concurso do Governo do Estado para a recomposição de do quadro de professores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), sales na faculdade Facam, case onde os testes foram cancelados por falta de energia elétrica, terão fazer novo exame.

Os candidatos – muitos de outros estados -, foram dispensados pela comissão da Fundação Sousândrade – que aplica as provas -, logo cedo, e em grupos, registraram boletins de ocorrência nas delegacias que funcionam em regime de plantão. Muitos foram ao Plantão Central do Parque Bom Menino.

Na Facam, os candidatos concorriam a vagas para as disciplinas de Matemática, Educação Física e Química. A nova data para o exame ainda não foi marcada. Nos demais locais de provas, onde os testes ocorreram em clima de normalidade, não haverá alteração.

O Governo do Estado não divulgou uma nota específica para tratar do problema. Adicionou a informação de nova aplicação de prova aos candidatos que estavam inscritos para os testes na Facam, num dos últimos parágrafos de um release que comemorava o comparecimento de mais de 75 candidatos aos locais de provas. O Executivo também não informou quantos candidatos ficaram sem poder realizar as provas em decorrência da queda de energia elétrica.

Faltou transparência.

Decisões do STF sobre a Lava Jato ocorrerão somente em 2016

por Jorge Aragão

STFO Supremo Tribunal Federal (STF) encerrou suas atividades neste ano deixando para 2016 algumas decisões pendentes. A mais aguardada é sobre o pedido da Procuradoria Geral da República para afastar do mandato o presidente da Câmara, ailment Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hospital suspeito de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e já denunciado no caso.

Segundo o ministro Marco Aurélio Mello, a Corte poderá decidir sobre o pedido em conjunto com a análise de denúncia apresentada em agosto contra o deputado, em que é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. Segundo a Procuradoria Geral da República, ele teria recebido US$ 5 milhões de propina da Petrobras.

Caso o STF aceite a denúncia – o que só poderá ser feito pelo plenário da Corte, com 11 ministros -, Cunha passará à condição de réu num processo penal.

Além disso, o deputado também é investigado por suspeita de possuir contas secretas na Suíça. O pedido de afastamento foi protocolado nesta semana por conta da atuação de Cunha sobre deputados aliados e opositores no Conselho de Ética da Câmara.

Questionado também sobre as decisões, o relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, afirmou, em rápida conversa com jornalistas, que serão “decisões responsáveis que procurarão ser as mais justas possíveis”. “Essa é a missão do Supremo e tenho certeza que vai cumprir esta missão”, disse.

Outros denunciados na Lava Jato

Além de Eduardo Cunha, outros cinco parlamentares podem virar réus, caso o STF aceite denúncias já oferecidas contra eles na Lava Jato: os senadores Delcídio do Amaral (PT-MS), Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Benedito de Lira (PP-AL); e os deputados Arthur de Lira (PP-AL) e Nelson Meurer (PP-PR).

Informações do G1

O que nos falta são líderes

por Jorge Aragão

joaquimEu sei o que é um líder, medicine mas fiz questão de recorrer a um dicionário para que tivesse uma definição perfeita do que significa a palavra líder, e mais do que isso tentar buscar uma explicação para o fato de, em nosso estado, o Maranhão e em nosso país, o Brasil, nós não termos líderes.

Vejamos o que diz o dicionário. “Líder: indivíduo que tem autoridade para comandar ou coordenar outros; pessoa cujas ações e palavras exercem influência sobre o pensamento e comportamento de outras”.

Para ser um líder o sujeito não precisa ser um mandatário, ter um cargo político, ser vereador, deputado, senador, prefeito, governador ou presidente. Um líder não precisa mudar a praxe e se denominar “presidenta”, uma vez que a líder resolve o problema com a simples utilização de um “a”, artigo feminino que define o sexo do ocupante do cargo presidencial.

Alguém disse que o que nós brasileiros realmente precisamos é de termos menos opinião e mais conhecimento. A democracia universaliza o direito à opinião, mas esta de nada vale se ela não é embasada em conhecimento sólido, caso contrário, nada mais será que reflexo do conhecimento de outros, manipulando a massa insana, sedenta de direitos e com pouca, quase nenhuma, visão de deveres e de cidadania.

Como um país que não tem uma educação descente pode gerar líderes? Eu estou querendo demais. Somos produtos de nossa própria biomassa. Dela não vão sair líderes da estatura de um Gandhi, de um Churchill, de um Mandela, de um Lincoln, ou mesmo de nomes nem sempre bem recomendados como Peron ou Vargas. É bem verdade que algumas sociedades geram líderes como Hitler e Mussolini, mas essas são exceções que apenas confirmam a regra: Os homens precisam de líderes. De bons líderes. Os maus líderes, estes devem ser descartados.

É bom que se ressalte que um líder não se faz sozinho. É preciso que os corações e as mentes das pessoas, seus olhos, ouvidos e intelecto estejam propensos a aceitar a liderança daqueles que se destacarem a sua frente.

No Brasil, podemos contar nos dedos os líderes verdadeiros que tivemos. Cabral foi o primeiro comandante desta terra, mas jamais foi seu líder. Antes dos portugueses os chefes indígenas seriam verdadeiros líderes?

Zumbi foi um líder? Acredito que sim. O claudicante D. João VI foi um líder. Mesmo sendo um fraco, ele foi um líder. Tiradentes foi um líder? Penso que foi mais um mártir. Caxias foi líder nas revoltas civis do império e na guerra do Paraguai? Prestes foi um líder, mesmo que de uma pequena parcela de pessoas.

Vargas foi líder. JK foi líder. Tancredo e Ulisses foram líderes. Lula é líder. Nem Dilma nem Aécio o são. Veja que é fácil citar lideres políticos, mas líderes populares que tenham o respeito do povo de forma espontânea nós não temos. Temos ídolos como Pelé e Roberto Carlos.

Um povo sem líderes é um povo sem guias, um povo sem direção.
No Maranhão acontece a mesma coisa só que de forma mais paroquial.

Meu pai foi um líder amado e seguido na região do Vale do Pindaré. O mesmo aconteceu e ainda acontece em várias regiões, mas essa liderança é etérea, passageira, como toda liderança o é, sendo esse tipo de liderança é muito mais frágil e volátil que as outras.

É bom que se ressalte que há diferenças fundamentais entre liderança e chefia. O líder é antes de tudo amado e respeitado enquanto o chefe é apenas temido, como prevê Maquiavel no capítulo XVII de “O Príncipe”.

No Maranhão Magalhães de Almeida foi líder. Vitorino foi líder. Sarney foi líder. Flávio Dino é nosso governador e deseja ser um novo líder. O seu trabalho e o tempo dirão se ele conseguirá ser reconhecido como tal.

Porém, nós maranhenses e nós brasileiros precisamos de um outro tipo de líder. Um que nos oriente independentemente de política partidária, um que se destaque por bravura, pela falta de compromisso consigo mesmo e por total compromisso com tudo aquilo que for correto e melhor para nosso estado, nosso país e nossa gente.

Joaquim Haickel
Membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do IHGM

Oposição atenta

por Jorge Aragão

plenárioA votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2016, store ocorrida quinta-feira (17), click encerrou o ciclo de atividades do Legislativo de 2015. O projeto foi aprovado, mas não contou com os votos da oposição, que levantou uma série de questionamentos durante todo o processo, desde as discussões na Comissão de Orçamento até os debates em plenário.

Na primeira discussão do projeto, no início do mês, o deputado Adriano Sarney (PV) subiu à tribuna e apontou itens do Orçamento mal explicados, como os recursos de R$ 400 milhões das “outras receitas de capital” e os R$ 45 milhões em “alienação de bens”, itens do PLOA, segundo ele, sem consistência orçamentária. Ou seja, não havia (e não há até o momento) explicação da origem de tais verbas. O deputado verde indagou, por exemplo: “Como se prevê receitas que, somadas, chegam a R$ 445 milhões e não se explica a origem dessas receitas?”

Por meio de ofícios, o parlamentar cobrou explicações da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan), mas não obteve respostas satisfatórias e, por isso, tornou a enviar mais ofícios, que ainda não foram respondidos, para solicitar informações mais detalhadas. “Muita água ainda vai rolar”, avalia o deputado, que não descarta a hipótese de recorrer à Justiça para obter os esclarecimentos que requereu.

Há também outro ponto a ser avaliado, que é a votação do Plano Plurianual (PPA) 2016/2019, ocorrida em fins de novembro, que a oposição suspeita de que pode ter sido aprovado sem quórum regimental. Adriano enviou ofícios à Agência Assembleia, à Presidência e à Mesa Diretora da Assembleia solicitando cópia das gravações audiovisuais da sessão que aprovou o PPA, mas não foi atendido. Ele afirma que recorrerá à Justiça para obter a gravação e, caso se confirme a suspeita de falta de quórum, ingressará com ação judicial para anular a votação.

Se depender do bloco de oposição na Assembleia, o projeto do Orçamento 2016 do Governo do Estado ainda vai dar o que falar!

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Coluna do Sarney: Jesus Menino

por Jorge Aragão

O que é o Natal? Hoje, order uma festa de confraternização universal, sovaldi sale momento da fraternidade, a farra da mídia e do consumismo. Passamos mais um. Deus nos deu a graça da vida para abraçar amigos, reunir a família e, com o mundo globalizado, usufruir de uma alegria universal padronizada, entre o velho Papai Noel, luzes, fogos e festas.

Há um esquecimento quase total do verdadeiro simbolismo do Natal, uma data essencialmente religiosa. É o fundamento do Cristianismo. É a certeza de que o Deus de todas as coisas, que criou este planeta azul e o homem à sua semelhança, quis que não ficássemos sós na face da Terra, que tivéssemos a visão de que algo de transcendental existe em nossas vidas. Para isso, mandou que Cristo assumisse a condição humana e habitasse conosco este pequeno espaço, na vastidão do universo. Ele chegou. É chegado o Natal. É o sinal anunciado pelos profetas. Cristo nos ensinou regras de ouro. Trouxe uma mensagem e uma conduta de vida. “Todos somos irmãos”, criados por Deus, presos entre a vida e a morte. Deu-nos outra regra que é a síntese de todos os compêndios de conduta ética: “Não faças aos outros aquilo que não queres que te façam.” “Amai-vos uns aos outros.”

Eu ainda vivi, menino, no interior do Maranhão, entre luzes de candeeiros e velas de devoção, o Natal bíblico. Todos reunidos à meia-noite, rezando, meu avô de Evangelho na mão, lendo os textos sagrados, anunciando a vinda do Salvador. A Missa do Galo, numa pequena igreja, onde todos se conheciam, ouvindo aquele sino pobre e solitário, na escuridão da praça, sem outras luzes senão das estrelas!

Esperando acordar no outro dia e encontrar, debaixo da rede, o presente de Papai Noel! Era um tambor artesanal de lata, pintado, vendido pelo funileiro da cidade. O cavalo de madeira tosca feito pelo santeiro escultor, pintado de azul, com bolas brancas. (Vejo os brinquedos eletrônicos de hoje. A maravilha dos monstros dinossauros que as crianças adoram.) Nada mais belo, ninguém mais feliz do que nós, meninos dos tempos dos tambores de lata e barquinhos de buriti.

Depois, é a marcha da eternidade. Uma geração de tantas transformações. A pergunta de Machado de Assis é quase lugar-comum, tantas vezes citada, mas é pertinente: “Mudou o Natal ou mudei eu?” Mudou o Natal. O homem não mudou. Continua sendo aquilo que Irven Devore dizia: um caçador. Outrora, atrás da presa, hoje caçando sonhos.

Caçar sonhos é uma grande proposta nestes dias de Natal, depois de Natal e fim de ano. Ver um Brasil sem desemprego, sem miséria, sem pobreza, sem violência. Um país unido, numa conduta cristã, a ética de uma vida em que o homem não seja o lobo do homem.

É possível? Tudo pode acontecer em nossa imaginação, no poder da esperança. Quem quiser ter esperança, venha a São Luís e acompanhe a “Natalina da Paixão”, cantando “vem, Jesus Cristinho, / vem Jesus Menino”.

E Ele vem.

José Sarney