Conforme o Blog antecipou, medicine mas alguns incrédulos não acreditaram, mind o Ministério Público Federal se encarregou de “vazar” a reportagem especial feita pelo repórter Alex Barbosa que acabou gerando polêmica por conta de pura maldade de alguns blogs alinhados ao Governo Flávio Dino.
A reportagem foi exibida no Jornal da Globo da terça-feira (14), demonstrando a fragilidade da fiscalização de drogas junto a fronteiras brasileiras.
O próprio Ministério Público Federal, que foi avisado com antecedência da reportagem, confirmou o vazamento da reportagem. “O Ministério Público Federal informou que não tem atribuição de dar apoio em reportagens e que comunicou com antecedência a intenção dos jornalistas à Polícia Federal”,
O curioso é que mesmo com o vazamento da informação, a equipe de reportagem com o carro com 240 kg de pó de gesso, simulando ser cocaína, ainda passou por três postos da Polícia Rodoviária Federal por três vezes, sem ser importunado.
Além disso, a equipe também passou por um posto de DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), onde havia uma viatura da polícia parada, mas também não foi abordada.
Somente depois de 12 horas e mais de 600 km rodados e que a equipe de reportagem foi parada por uma blitz do GEFRON (Grupo Especial da Fronteira) da Polícia Militar.
Para quem não assistiu e duvidou da informação verdadeira repassada pelo Blog, basta clicar aqui e ver a reportagem na íntegra.
Jornalismo com seriedade se faz desta forma. Simples assim.
É preciso reconhecer o seu papel jornalístico nesse episódio e que você foi o primeiro a levantar uma voz em favor do Alex Barbosa, meus parabéns.
Grato Júlio, mas vamos em frente e reitero q só fiz o q era certo e nada mais;
Nenhuma novidade. Viajo o Brasil inteiro e nunca fui abordado por nenhum policial rodoviário, só pegam mesmo quando alguém denuncia.
Depois daquela lição que você deu no Roberto, ele não teve mais nem coragem de voltar kkkkkkkkkkkkkkk
NOTA DE REPÚDIO
Neste final de semana os sites jornalísticos de Mato Grosso noticiaram a prisão pelo Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), compostos por agentes da Polícia Militar e da Polícia Civil de Mato Grosso, de uma equipe de jornalistas da Rede Globo de Televisão, que tentava adentrar ao Brasil, através de estrada vicinal na fronteira com a Bolívia, com um veículo recheado de pacotes com um pó branco muito parecido com a cocaína.
No momento da abordagem os policiais militares encontraram mais de vinte pacotes embrulhados e revestidos do mesmo jeito que os traficantes, que circulam na região de fronteira, fazem no dia-a-dia. Não pensaram duas vezes e deram voz de prisão aos jornalistas que foram conduzidos à Delegacia da Polícia Federal, localizada na cidade de Cáceres, para as providências legalmente prescritas.
Durante o trajeto, o repórter Alex Barbosa, que compõe a equipe nacional de reportagem da Rede Globo de Televisão e tem merecido figuração de destaque no Jornal Nacional, tentando se eximir das suas responsabilidades, passou a informar que tudo não passava de uma simulação pensada pela Globo, para demonstrar a fragilidade da região de fronteira e que os pacotes com o pó branco apreendidos não passavam de gesso em pó.
Independente da alegação do jornalista, a guarnição dos policiais militares do GEFRON, agiu de maneira irrepreensível e profissional, prosseguindo com suas atribuições e encaminhando a equipe de reportagem que, confessadamente, procurava se passar por traficantes, para a Polícia Federal, a fim de realização do exame preliminar de constatação de substância entorpecente.
O ocorrido levanta alguns questionamentos em relação a conduta dos jornalistas, como por exemplo:
– É correto o jornalista se envolver numa reportagem a ponto de simular uma prática criminosa?
– A reportagem como estava sendo feita pela equipe de jornalistas da Rede Globo de Televisão, ao invés de alertar as autoridades para as deficiências, não estaria incentivando a prática criminosa?
Essas argumentações são feitas porque não é segredo para ninguém, inclusive para os jornalistas, que as deficiências da região de fronteira Brasil/Bolívia são incomensuráveis face à vastidão territorial e desproporção do efetivo policial destinado ao local.
No entanto, dilema fundamental ronda a atuação jornalística em discussão, uma vez que o foco informativo das dificuldades estruturais dos órgãos que atuam na fronteira foi substituído por uma tentativa de desacreditar os órgãos policiais, com pretenso “desvio” de conduta que, em tese, não seria descoberto, servindo como ensinamento e incentivo para práticas ilícitas.
A Constituição Federa, no artigo 21, XXII, é clara e define como responsabilidade da União executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteira. Apesar dessa previsão legal, o Estado de Mato Grosso, sabendo da influência da fronteira na vida das pessoas nas grandes cidades, não se eximiu da responsabilidade e criou, em 2002, o Grupo Especial de Fronteira (GEFRON), organismo policial referência de atuação no País e fora dele, e que, há mais de dez anos, vem orgulhando a Polícia Militar Mato-grossense pela seriedade, firmeza de propósito e atuação.
Diante de todo o ocorrido, as Associações representativas de classe dos Oficiais (ASSOF), dos Subtenentes e Sargentos (ASSOADE) e dos Cabos e Soldados (ACS) da Polícia Militar de Mato Grosso, vem a público repudiar a reportagem irresponsável e descomprometida que os jornalistas da Rede Globo de Televisão tentaram realizar na região de fronteira do Estado de Mato Grosso com a Bolívia.
Acreditamos que esse não é o papel de jornalistas responsáveis e de uma imprensa comprometida com a melhoria da Segurança Pública, e que essas práticas colocam em xeque o trabalho que a Rede Globo de Televisão, através do seu repórter de rede e também de sua afiliada, a TV Centro América, realiza no Estado de Mato Grosso, informando e dando publicidade aos fatos ocorridos em nosso cotidiano.
Ainda mais quando esta atitude que hoje nos revolta, adotada pelo jornalista Alex Barbosa e por sua equipe, confronta um dos “Princípios Editoriais do Grupo Globo”, assinado pelos seus dirigentes, os Srs. Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho, e divulgado com destaque no site da emissora, nos seguintes termos:
“u) Os jornalistas do Grupo Globo agirão sempre dentro da Lei, procurando adaptar seus métodos de apuração ao arcabouço jurídico do País. Como o interesse público deve vir sempre em primeiro lugar, buscarão o auxílio de especialistas para que não sejam vítimas de interpretações superficiais da Legislação” (negritamos) in http://estatico.redeglobo.globo.com/2014/PRINCIIPIOS-EDITORIAIS-DO-GRUPO-GLOBO.pdf
A Segurança Pública não precisa de mais ingredientes que venham apimentar esse caldeirão de sensação de insegurança vivenciada pelos cidadãos, em Mato Grosso e no Brasil. Precisamos, sim, de parceiros que orientem e divulguem ações proativas e que, de fato, prestem um serviço efetivo e de utilidade pública.
Por essa razão, esperamos que a prisão do repórter Alex Barbosa e demais funcionários da Rede Globo, por agentes policiais que cumpriram fielmente com suas responsabilidades, mereça matéria de destaque, em breve, no noticiário da emissora, em caráter nacional. Não se pode admitir que o erro agora cometido vá calar a constatação da eficiência policial diante dos bandidos de fato e dos bandidos de araque que, igualmente, nos ameaçam.
Cuiabá (MT), 13 de outubro de 2015.
Tenente Coronel PM Wanderson Nunes de Siqueira
Presidente da ASSOF
Subtenente PM Luciano Esteves
Presidente da ASSOADE
Cabo PM Adão Martins
Presidente da ACS
A função do jornalista investigativo é essa mesmo: incentivar e mostrar como os crimes funcionam para que aqueles que estão de fora possam aprender e ingressar no crime dando mais material para novas reportagens.
Finalizando a discussão, agora com os devidos esclarecimentos prestados pela reportagem que li da própria emissora responsável pela matéria. A detenção da equipe foi realizada pela Polícia de Mato Grosso, não pela PF ou PRF. O MPF avisou a oficialmente a PF, não aos outros órgãos de fronteira. Logo os policiais agiram no cumprimento do dever, realizando o procedimento padrão. Sugestão para próxima reportagem: ir até o Ministro da Justiça e Ministro da Defesa, ou mesmo até à Presidente da República cobrar explicações do porquê da deficiência na fiscalização de nossas fronteiras. Tentar bater em quem está na ponta, pais de família assalariados com péssimas condições de trabalho que defendem a nação é fácil. Difícil mesmo é defender mais uma reportagem tentando jogar a população contra a polícia em nome do corporativismo. Último detalhe: tem nego que cheira pó de vidro, veneno de rato e até gato e pensa que é cocaína, quanto mais pó de gesso!
É Roberto, como te disse, se informe antes de comentar para não escrever bobagens;
Estima Jorge Aragão,
Não acompanhei o depate inicial sobre esse episódio e não pretendo abrir um debate interminável, mas gostaria de registrar algumas constatações e considerações.
Inicialmente, da leitura do rmail emviado ao MPF, salta aos olhos que o reporter desde o início desejava comprovar algo que ele já tinha como certo. Ou seja, a conclusão era anterior à premissa. Isso foge a boa técnica e se mostra desleal, pois ainda que passasse incólume não significaria que os poucos profissionais incumbidos da longa fronteira não se esforçam para bem desemoenhar suas funções.
Ademais, ouso asseverar que o MPF não repassou tal informação antecipadamente e deve ter dito isso agora apenas para “diminuir” / desmerecer a apreensão.
É como penso.
Grato pela participação Marconi, mas me permita discordar de alguns pontos colocados. Inicialmente não vejo nada demais o jornalista querer apenas comprovar o q todos já sabem. O problema é q está se imaginando q a reportagem seria para atingir os agentes de segurança, na realidade demonstra a falta de investimento do Governo Federal. Soube o vazamento do MPF, se a informação fosse mentirosa do MPF, a própria polícia teria o desmentido, o q não aconteceu;