A votação que proporcionou o aumento de ICMS em produtos considerados supérfluos pelo Governo Flávio Dino (PCdoB), recipe ainda repercutiu nesta quarta-feira (07), na Assembleia Legislativa.
Depois do deputado Edilázio Júnior (PV) (reveja), foi a vez do deputado Adriano Sarney (PV) questionar a maneira como os projetos de interesse do Governo Flávio Dino tem sido votado no parlamento maranhense.
O parlamentar repetiu a observação feita pelo Blog na postagem “As comissões técnicas não estão se reunindo?”. Adriano diz que os projetos são analisados pelas comissões técnicas e votados no plenário “a toque de caixa” e de forma antirregimental.
“A Assembleia não pode ser utilizada como anexo do Governo. O Legislativo não pode servir de “cartório” das leis do Executivo”, declarou.
Segundo o parlamentar, o regimento da Casa não prevê a suspensão de uma sessão plenária em curso para convocar a comissão técnica para análise e aprovação, seguida de retomada da sessão para imediata votação.
Adriano lembrou ainda que essa manobra, que geralmente ocorrem em caso de projetos de lei enviados pelo Executivo, enfraquece o Parlamento e pediu que os colegas deputados condenem essa “artimanha”.
Entretanto, caso o apelo de Adriano não funcione, os parlamentares, principalmente os oposicionistas, tem outros caminhos.
Um deles é não aceitar a votação do pedido de urgência para votar na mesma sessão, que prevalece graças a um acordo de líderes, também não previsto no regimento. A segunda maneira é sempre pedir vista dos projetos “duvidosos” nas comissões técnicas.
Caso não procedam assim, irão apenas estrebuchar e nada mais, afinal a maioria é e sempre será governista.
Adriano e a oposição precisam aprender a jogar com as armas que tem. Você foi perfeito Jorge, pede vista e deixa o pau cantar.
“A Assembleia não pode ser utilizada como anexo do Governo”. Essa frase é tão antiga – talvez não exatamente com estas mesmíssimas palavras – quanto o fisiologismo que domina as relações políticas em nosso Brasil. Ela reverbera desde sempre na boca de vereadores, deputados e senadores (todos de oposição – claro!). Quem não se lembra do PT, quando oposição, citá-la quase como um mantra? Agora, ouvi-la dos lábios do Adriano Sarney soa quase como um escárnio. Meu nobre deputado, como se comportava a AL nos tempos (e bota tempo nisso) de sua tia Roseana? A verdade, como dizia nosso maior escritor, é que “o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão”.
Mais um comentário preconceituoso. Meu caro Eduardo, quando a Roseana era governadora, o Adriano não era deputado. Outra coisa: você é igual a sua mãe? Igual à sua tia? Pois é, todos nós somos diferentes.
Realmente não sei o motivo da pressa, fica sempre a impressão de que querem ludibriar os deputados inexperientes e os desatentos.