Reconstituição de crime que vitimou Irialdo Batalha em Vitória do Mearim

O mecânico Irialdo Batalha foi executado em praça pública, cure no município de Vitória do Mearim, nurse por um vigilante, funcionário da Prefeitura Municipal, que agiu “a serviço” da Polícia Militar, participando de uma ação sem ter autorização legal.

De imediato, o Governo do Estado divulgou nota oficial afirmando que o executado era um assaltante, morto ao fugir da polícia. A outra vítima, Diego Geane, ficou uma semana preso também acusado publicamente de ter praticado assalto em Arari.

Contestado pelas imagens feitas por populares que assistiram à execução e amplamente divulgadas nas redes sociais, o Governo voltou a manifestar-­se publicamente para mostrar eficiência, anunciar a prisão dos envolvidos e a apuração dos fatos.

Passados três meses do crime, o Estado nunca fez uma declaração pública para minimizar o erro de ter taxado de assaltantes dois homens que, ao que tudo indica, foram vítimas de uma ação desastrosa da qual participou uma pessoa que legalmente jamais poderia atuar como policial.

A arrogância do Governo fere ainda mais a família de Irialdo Batalha, que clama por justiça e reclama do total desrespeito das autoridades estaduais com a vítima. Os familiares esperavam, no mínimo, uma retratação pública que, se não devolve a vida do seu ente querido, pelo menos amenize os graves danos à sua integridade moral.

Mas os atuais governantes já demonstraram ser incapazes de tal gesto.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão