onibusbi

Ninguém em sã consciência gosta ou quer aceitar qualquer reajuste de tarifa, viagra afinal mexe com o bolso e quando isso acontece a reclamação é natural e geral. No entanto, ao que parece, o reajuste das passagens dos coletivos de São Luís era inevitável.

Claro que um novo reajuste acaba gerando um desconforto a mais, afinal nos últimos seis meses foram inúmeros aumentos na tarifa de energia elétrica, diversos reajustes no valor do combustível e assim por diante.

E o problema está exatamente aí. Esses reajustes impostos pela crise em que se encontra o Governo Federal trariam e ainda trarão mais consequências. O aumento da passagem foi apenas uma delas.

Em São Luís, o reajuste seria ainda mais inevitável, afinal os empresários já haviam comprovado de todas as formas que estavam trabalhando em “defasagem” e ainda, acertadamente, foram obrigados a renovarem boa parte da frota de ônibus.

Além disso, se aproxima o mês de maio, mês da data base para o reajuste dos salários dos rodoviários, ou seja, seria mais um problema para o sistema de transporte. Só que dessa vez, muito provavelmente baseado no eventual e inevitável aumento que se confirmou, empresários e trabalhadores chegaram a um acordo e neste ano não teremos a paralisação do transporte coletivo.

Nenhum político, ainda mais em véspera de eleição, gostaria de conceder um reajuste de tarifa no transporte público coletivo, mas a responsabilidade de um gestor tem que está acima dos seus interesses eleitorais e pessoais. O Blog relembra que a própria Prefeitura de São Luís recorreu em 2014 para evitar um aumento de tarifas que foi concedido pela Justiça, mas desta vez, o Município parece não ter tido alternativa.

A chiadeira, como já disse, é compreensível, mas também é preciso ter um mínimo de coerência para tecer críticas, pois caso contrário irão parecer críticas meramente políticas por conta da proximidade do pleito de 2016.

Em 2014, durante alguns meses a Prefeitura de São Luís arcou com os “prejuízos” do empresariado para resolver o conflito do litígio entre as categorias e que a greve fosse suspensa e o transporte normalizado. A decisão evitou um reajuste da tarifa de ônibus, mas mesmo assim as críticas foram muitas, pois “os críticos” não achavam correto o Município arcar com tais despesas da classe empresarial.

O curioso é que esses mesmos “críticos” agora condenam o reajuste de 16% das tarifas.

Então qual seria o caminho correto? Deixar o problema explodir com uma greve do transporte? Transferir a responsabilidade do problema para a Justiça?

Sendo assim, o Blog entende que algumas críticas ainda podem ser feitas ao Sistema de Transporte de São Luís, mas desta vez o reajuste era realmente inevitável.