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O que este Blog sempre afirmou, os avanços da Saúde no Governo Roseana Sarney, na gestão Ricardo Murad, foram confirmados pelo atual secretário de Saúde, Marcos Pacheco.

Pacheco participou na terça-feira (17), de audiência pública na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, a pedido do presidente da comissão, o deputado Stênio Rezende.

Em uma postura diferente da base do governo no parlamento e até mesmo do atual governador, o secretário reconheceu, por diversas vezes durante seus esclarecimentos, os avanços implementados pela gestão anterior.

“Os avanços são inegáveis. Nós temos hoje uma rede estadual, por exemplo, que é muito boa, uma rede ampla”, disse Pacheco durante a audiência.

Já Andrea Murad, que tem questionado algumas ações da Saúde dentro do Governo Flávio Dino, teceu elogios a postura do secretário, não só pela ida de Pacheco a Assembleia, mas por ele ter admitido avanço da Saúde nos últimos 5 anos, ao contrário do governador e dos deputados do governo

No entanto, a parlamentar fez críticas sobre a queda da qualidade na Saúde do Maranhão nos últimos três meses.

“Hoje enfrentamos graves problemas na rede e que precisam ser solucionados. Fiz graves denúncias e o secretário precisa revolver. Não se trata, apenas, de ‘redesenhar’ a estrutura dos hospitais municipais ou concentrar todos os esforços para a atenção básica, desmanchando todo um programa em execução. O governo precisa resolver os problemas que estão surgindo e que só toma conhecimento quando subimos à tribuna para denunciar. Fui enfática, mostrei dados e fotos, cobrei do secretário soluções e ele garantiu aqui que vai trabalhar para manter um atendimento de qualidade nas unidades do estado que a gestão passada deixou”, disse Andrea Murad.

A deputada relatou vários problemas como a falta de medicamentos, materiais hospitalares, falta do leite especial, paralisação de diversos serviços como as cirurgias eletivas e atraso nos pagamentos de terceirizados. Quanto a superlotação das UPAs, ela reivindicou o retorno de um atendimento de qualidade nas unidades que foram inauguradas há anos e que nunca sofreu tanto com lotação. Ela ainda cobrou os motivos do repasse de R$ 9 Milhões para a média e alta complexidade em Caxias já que a prioridade do governo é outra. Com respostas diferentes das apresentadas por deputados governistas nas últimas sessões, o secretário de saúde explicou os motivos dos problemas, porém, dedicou boa parte das suas respostas ao seu projeto de atenção básica, de competência municipal, e que vão contra às ações práticas necessárias para momento. Na tentativa de explicar o repasse para Caxias, por exemplo, ele alegou que os recursos são para garantir uma ‘barreira assistencial’ na região, que será feito o mesmo em Timon, para evitar ida de pacientes para Teresina.

“Estamos diante de vários problemas de gestão, que provoca uma perda tamanha de eficiência da rede estadual, onde, o mínimo, era se manter o que recebeu garantindo o fluxo de rotatividade. Receber paciente, encaminhar, tratar e abrir novas vagas para pacientes. E isso não está acontecendo. A atual gestão não consegue manter o funcionamento da rede, mas envia Fundo a Fundo para Caxias. E aqui, na audiência, o próprio secretário reconheceu a superlotação nas UPAs e até no Hospital Carlos Macieira, confessou que está enfrentando dificuldades para manter o mesmo padrão, mas que vai tentar solucionar os problemas. E sobre as unidades de 20 leitos, Marcos Pacheco teve a infelicidade de declarar que muitas unidades são desnecessárias e que vai modificar o perfil de muitas delas, ou seja, desmanchar o que foi feito na saúde”, finalizou a parlamentar.