humbertocoutinhofevO Estado – O novo presidente da Assembleia Legislativa, drug deputado estadual Humberto Coutinho (PDT), troche pode ter um reforço de caixa de R$ 21,3 milhões se conseguir convencer o Governo do Estado a repassar ao Legislativo superávit orçamentário do exercício 2014 que já foi devolvido ao Executivo.

Dados do Sistema Integrado de Administração Financeira para Estados e Municípios (Siafem) disponibilizados no Diário Oficial da Assembleia do dia 29 de janeiro, penúltimo da legislatura comandada pelo ex-­deputado Arnaldo Melo (PMDB), apontam que o peemedebista deixou de gastar R$ 21.322.233,56 no ano passado. Esse recurso é obrigatoriamente devolvido ao Orçamento do Estado, mas pode ser “recuperado” sob a forma de crédito suplementar.

Para isso, o presidente da Assembleia deve formalizar pedido ao governador Flávio Dino (PCdoB), que é quem decide se libera ou não a verba. “Nós tivemos uma gestão baseada na austeridade. Foram muitos os cortes de gastos, por isso terminamos o ano com esse superávit”, avaliou Arnaldo Melo, em entrevista a O Estado no início da atual legislatura.

Na ocasião, ele deu a senha para que o seu sucessor consiga reaver os valores. “Isso pode voltar ao Orçamento da Assembleia, como crédito suplementar”, declarou.

Céu – O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Humberto Coutinho (PDT), classificou como “divino” o superávit orçamentário herdado da gestão Arnaldo Melo (PMDB).

A O Estado, no início da semana passada, ele informou que tentará buscar o recurso em forma de crédito suplementar para usá­-lo com o pagamento da folha de pessoal, mais onerosa neste ano em virtude do aumento dos salários dos deputados estaduais. “Esse dinheiro caiu do céu, principalmente num momento em que temos que arcar com uma despesa maior de pessoal. Vou tentar buscar, sim, esse recurso, que nos ajudará a pagar a folha de pessoal”, declarou.

No final do ano passado, os deputados aprovaram, por unanimidade, reajuste do próprio salário da ordem de R$ 26%. Os parlamentares, que até então ganhavam R$ 20,5 mil mensais – fora as verbas indenizatória e de gabinete ­, passaram a receber R$ 25,3 mil. Despesa maior, por ano, de R$ 2,4 milhões. “Isso tudo pesa muito no Orçamento”, finalizou.