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O clima de intensa disputa entre os aliados dos presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) neste segundo turno no Maranhão tem um fator determinante: o futuro de cada partido e cada liderança está ligado, buy de uma forma ou de outra, sovaldi sale ao resultado da disputa entre tucanos e petistas pelo poder central.

Se o governador eleito Flávio Dino (PCdoB) optou pela postura de neutralidade, pill acreditando que terá espaços no poder central, seja qual for o presidente eleito, as demais lideranças políticas do estado decidiram tomar posição clara na disputa, assumindo publicamente uma das candidaturas.

Do lado de Dilma Rousseff estão a atual governadora Roseana Sarney e o ex-candidato a governador, senador Lobão Filho (ambos do PMDB), representados principalmente pelo deputado federal Gastão Vieira (PMDB), ex-ministro do Turismo. A eles se juntaram agora o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PTC) – que permaneceu distante da eleição em todo o primeiro turno -, todo o PDT, liderado pelo deputado federal Weverton Rocha, e os membros do PT e do PCdoB, que estavam com Flávio Dino no primeiro turno.

Tanto Roseana Sarney quanto Lobão Filho e Edivaldo Júnior sabem que a vitória de Dilma terá importante influência no futuro político deles. Afinal, do lado de Aécio Neves estão alguns dos seus futuros adversários locais, como o senador eleito Roberto Rocha (PSB), o prefeito de Imperatriz Sebastião Madeira (PSDB) e a deputada estadual e federal eleita Eliziane Gama (PP).

Cenários – Os cenários resultantes da eleição presidencial já começaram a surtir efeitos a partir das eleições municipais de 2016.

Em São Luís, por exemplo, Eliziane chegará como a principal adversária de Edivaldo Júnior. E a vitória de Aécio fortaleceria seu nome e enfraqueceria o prefeito, sobretudo se ela, em suas articulações nacionais, conseguir o apoio do próprio PSDB, que tem o deputado Neto Evangelista como opção para a disputa. Para Edivaldo Júnior, só resta o apoio a Dilma, com a garantia de que terá influência do PDT, de Weverton Rocha, na obtenção de recursos.

Em Imperatriz, o prefeito Madeira aposta num Governo Federal próximo para influenciar diretamente em sua própria sucessão, daqui a dois anois, e chegar forte à eleição estadual de 2018, apostando, inclusive, numa candidatura majoritária – seja ela de governador ou de senador.

Além do próprio Flávio Dino, o socialista Roberto Rocha se fortaleceu com a eleição de senador. E vai dividir com Sebastião Madeira o protagonismo no estado em um eventual governo do PSDB. E ambos chegarão com a mesma força às eleições de 2018, quando poderão estar novamente ao lado de Dino ou mesmo protagonizar uma candidatura.

Tanto Roseana Sarney quanto Lobão Filho sabem que, num governo tucano, diminuem as chances de uma disputa senatorial em 2018 – ou mesmo uma tentativa de retomar o governo. Gastão Vieira, por sua vez, tem a possibilidade de, com Dilma, voltar a assumir um posto federal de destaque, o que o manterá como protagonista político.

O fato é que a disputa presidencial ganhou importância no segundo turno exatamente por que a ela estão interligados os desenhos políticos das duas próximas eleições. Tenha ou não a postura de neutralidade do futuro governador.

Apoiam Dilma

Roseana Sarney: Apesar de dizer que estará deixando as disputas eleitorais, garante que continuará na política. Vitória de Dilma a fortalece.

Lobão Filho: O senador saiu consagrado da eleição, com quase 1 milhão de votos. Ganhou cacife para se tornar um líder oposicionista, sobretudo com a vitória de Dilma.

Edivaldo Júnior: Viu seus adversários Eliziane Gama (PPS) e Neto Evangelista (PSDB) ganharem corpo. Entra na campanha de Dilma disposto a ser protagonista.

Weverton Rocha: Líder do PDT, ganhará peso político como suporte do prefeito Edivaldo nos ministérios de Dilma.

Apoiam Aécio

Sebastião Madeira: Mais entusiasmado tucano, aposta suas fichas na vitória de Aécio. Terá fácil interlocução num eventual governo do PSDB.

Roberto Rocha: O senador eleito pelo PSB é, na verdade, um tucano histórico. Também tem força com Aécio Neves e terá trânsito num governo.

Eliziane Gama: A deputada estadual sai das urnas com cacife para 2016. Carece de grupo, o que pode compensar com a aliança com o PSDB.

Neto Evangelista: Deputado estadual sonha com a Prefeitura. E aposta na estrutura do PSDB para viabilizar seu nome em 2016.