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O debate na TV Mirante, for sale nesta terça-feira (30), acaba sendo o último grande contato com o eleitor e participaram dele os candidatos, Lobão Filho (PMDB), Flávio Dino (PCdoB) e Antônio Pedrosa (PSOL), que possuem representação no Congresso Nacional.

O primeiro bloco começou frio com um debate sobre Pedrinhas entre Lobão e Pedrosa, com vantagem para o peemedebista, que falou o que muita gente queria ouvir. “A preocupação inicial será com a população e não com os presidiários, que terão sim direito a ressocialização, mas essa virá através dos trabalhos que eles irão fazer nos presídios. Se os familiares dos presos irão reclamara da distância onde eles irão ficar presos, que orientem eles a não cometerem crimes”, afirmou.

O primeiro confronto entre Dino e Lobão foi também na questão da Segurança. Lobão tentou desconstruir a proposta do comunista de dobrar o número de policiais, para o peemedebista é impossível dobrar e alertou: “É uma grande demagogia, pois existem propostas que não são possíveis de ser realizadas e o eleitor precisa tomar cuidado”. Dino ficou incomodado com o questionamento e nãorespondeu concretamente a questão da Lei de Responsabilidade Fiscal, e se limitou a alegar que será possível cumprir, evitando que o dinheiro público não seja desviado através da corrupção.

O tema segurança continuou tomando conta do primeiro bloco. Pedrosa acabou deixando os demais candidatos numa saia justa, pois afirmou que tanto Lobão quanto Dino possuem apoios de políticos que já passaram pelo sistema de Segurança e não conseguiram solucionar o problema. “Os dois possuem apoios de quem já passou por lá e não resolveram aoproblema”.

No segundo bloco, Lobão Filho iniciou questionando Dino sobre as “mudanças” em alguns municípios que são administrados por políticos que ele apoiou em 2012. Dino afirmou que o problema é que o Governo do Maranhão não fez parcerias com esses municípios, mas Lobão negou e disse que o governo tem ajudado com construção de hospitais, asfaltamento e que há mudança que ocorreu foi apenas a mudança do discurso.

Dino voltou a ficar numa saia justa diante de Pedrosa. O candidato do PSOL afirmou que o comunista recebe apoio e financiamento do agronegócio e que não teria condições de combater o desmatamento e nem de defender a reforma agrária no Maranhão.

Pedrosa também apertou Lobão sobre a questão da falta de água no Maranhão, um dos gargalos do governo, mas o peemedebista disse que a crítica teria que ser feito diretamente a governadora Roseana e alegou que não participou do atual governo, pois não ocupou nenhum cargo e nem indicou nenhum secretário.

O clima esquentou quando o assunto foi corrupção e Lobão Filho perguntou sobre a gestão de Dino na Embratur, o comunista voltou a negar qualquer problema na sua passagem pelo órgão e acusou Lobão de responder a processos na justiça e possuir condenações criminais. Lobão disse que Dino mentiu e que não possui nenhuma condenação, o que existe é apenas um processo de investigação. As trocas de acusações seguiram, mas sem nenhuma novidade.

O que ficou claro é que Flávio Dino errou na sua estratégia, pois por duas vezes o comunista tinha o direito de escolher para quem perguntar e nas duas oportunidades escolheu Pedrosa, nitidamente querendo fugir do enfrentamento com Lobão Filho, mas esqueceu de que fazendo isso, permitia obrigatoriamente que fosse perguntado emparedado pelo peemedebista como de fato aconteceu.

O terceiro bloco foram destinadas as considerações finais, onde os candidatos tiveram a liberdade de falar diretamente com o eleitor durante dois minutos.

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O debate foi mediado pelo jornalista da Rede Globo de Brasília, Fábio William, e ressalte-se que foi feito com perfeição e muita competência.

Os outros três candidatos que ficaram fora do debate, Saulo Arcangeli (PSTU), Zeluís Lago (PPL) e Josivaldo Corrêa (PCB), concederão entrevista no dia 1º de outubro, dentro do JMTV 1ª edição.