Chambinho e o senador Eduardo Suplicy

Vira e mexe o Nordeste e os nordestinos, infelizmente, têm sido alvos de discriminação de alguns imbecis de outras regiões do Brasil. Desta vez o alvo de uma possível atitude reprovável veio do próprio Senado Federal.

Enquanto a presidenta Dilma Rousseff (PT) fez questão de homenagear Luiz Gonzaga, no ano de seu centenário, durante a entrega da Ordem do Mérito Cultural, o Senado Federal, através do senador de Roraima, Mozarildo Cavalcanti (PTB) “seguiu a risca o regimento” e impediu uma homenagem a Luiz Gonzaga.

Durante a Sessão Ordinária de segunda-feira (05), o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) pediu ao colega Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) que deixasse o ator Chambinho do Acordeon, interprete de Luiz Gonzaga no cinema, tocar uma música em plenário. Cavalcanti, que presidia a sessão na Casa, negou o pedido.

O cantor/ator, que já estava ao lado de Suplicy, ficou visivelmente constrangido com a negativa, pois estava acompanhado pela mulher e pronto para começar. Pela manhã ele já havia participado da cerimônia no Palácio do Planalto, de entrega da Ordem do Mérito Cultural.

Suplicy ainda tentou convencer com o colega Cavalcanti, mas o pedido foi em vão. “Inúmeras vezes, no plenário do Senado, foram feitas homenagens”, protestou Suplicy. “Em sessões especiais”, respondeu Cavalcanti.

O próprio Suplicy já cantou em plenário do Senado por mais de uma vez. Em 2010, o senador pediu um aparte no discurso de um colega e cantou “Para Não Dizer que Não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré. Em outras ocasiões, cantou de Racionais MC’s a Bob Dylan.

No entanto, desta vez o regimento foi seguido a risca pelo senador Cavalcanti.

Discriminação ou apenas azar de “Luiz Gonzaga” de ter encontrado um senador Caxias?

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