Deputado Tatá Milhomem

Foi praticamente perfeito o deputado estadual Tatá Milhomem (PSD) no seu discurso em resposta a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA). Tentando posar de arauto da moralidade, diagnosis a OAB, somente agora, decidiu criar uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra os 18 salários pagos aos deputados estaduais.

Além de extemporânea, pois os 18 salários já não existem mais, a OAB ainda tentou passar uma imagem de preocupação com a sociedade maranhense. Mesma preocupação que não teve na execução do jornalista Décio Sá, muito ao contrário, basta ler a postagem deste Blog sobre a imbecilidade escrita pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (leia novamente aqui).

“Eu não sei da cabeça de quem partiu, mas é uma notícia esdrúxula que a OAB do Maranhão, não tendo o que fazer, devia está preocupado com a morte do jornalista Décio Sá, deveria estar preocupado com a segurança no Maranhão, aprovou uma ADIN de uma lei que não mais existe”, declarou Milhomem.

O ex-presidente da Assembleia e um dos deputados mais experientes do parlamento pediu respeito a Casa e sugeriu uma Moção de Protesto a OAB-MA.

“Ou os senhores membros da OAB estão como diz um amigo meu lá de Minas Gerais abilolados ou não estão levando a sério a sua função, ou querem continuar a achincalhar a classe política e esta Casa. Sugiro inclusive uma Moção de Protesto pela atitude descabida da OAB”, afirmou o parlamentar.

Milhomem finalizou afirmando a importância da OAB, mas cobrando explicações do fatídico texto “gorilas diplomados” do presidente da Comissão de Direitos Humanos, Antônio Pedrosa.

“Um órgão da envergadura, de respeitabilidade e da importância da OAB, embora tenha pisado na bola quando um de seus membros principais chamou jornalistas de “gorilas diplomados”, precisava então pelo menos vir a público justificar o motivo daquela agressão. Eu fiquei aqui sem entender nada, fiquei a matutar, fiquei pasmo”, finalizou.

Pela extemporaneidade nesse caso e pela omissão em outro, essa era a resposta que a OAB precisava.