Deputados “questionam” homenagem a presidenta Dilma

por Jorge Aragão

Deputado Eduardo Braide (PMN)

Apesar de serem da base governista e a Assembleia Legislativa também ter homenageado a presidenta Dilma Rousseff com a medalha Manoel Bequimão, viagra três deputados estaduais “colocaram em xeque” a homenagem que a presidenta recebeu na capital maranhense com críticas a sua gestão e ao seu posicionamento em assuntos polêmicos.

Tatá Milhomem foi o primeiro, mas o fez de maneira suave e lembrou duas obras federais que vão se arrastando no Maranhão.

“Sei que não poderíamos cobrar da presidente em uma solenidade, mas a BR-135 nada, o aeroporto não foi concluído, gostaria que a Presidente da República, eu vou chamar nossa mãe maior, reconheça que seus filhos estão sofrendo, que seus filhos estão morrendo em uma estrada infame, que o seu aeroporto está sem segurança, que no seu aeroporto o atendimento é péssimo”, disse Milhomem.

Em seguida, foi a vez do deputado Eduardo Braide (PSD) ir a Tribuna e lembrar o episódio da última sexta-feira (30), quando a presidenta vetou o Projeto de Lei aprovado no Congresso Nacional e que beneficiaria mais municípios brasileiros com a nova divisão dos royalties do petróleo.

“Eu lamento, profundamente, a decisão tomada pela Presidência da República, no que diz respeito ao veto do Artigo 3º do Projeto de Lei, que previa a redistribuição dos royalties; e também quero me irmanar com o deputado Carlos Alberto Milhomem, no que diz respeito a essa situação da BR-135, embora respeite, porque é uma decisão judicial”, declarou.

Deputado Rogério Cafeteira

Em aparte, o deputado Rogério Cafeteira (PMN) também foi no mesmo caminho de criticar a decisão e a política imposta pelo Governo Federal.

“Eu acho que essa questão dos royalties, é mais um capítulo do que vem sofrendo os municípios do Brasil, eu acho que esse querer tanto dos prefeitos por essa parcela maior nos royalties, é devido ao que hoje a política do governo impõe que é uma concentração violenta de recursos na União e compromisso e obrigações para os municípios. Então, hoje, o Governo Federal obriga municípios aplicar percentuais em saúde, em educação, para a própria União, ela não se impõe a esse valor, esses percentuais. Mas impõe aos municípios dar isenções que alteram os FPM, FPE violentamente, com isso diminui os recursos dos municípios”, afirmou.

Eduardo Braide encerrou seu pronunciamento esperando que a homenagem sensibilize a presidenta Dilma Rousseff.

“Espero realmente, deputado Magno Bacelar que a Comenda proposta por V. Ex.ª e aprovada por essa Casa sirva para sensibilizar o coração da Presidente no que diz respeito às ações do Governo Federal daqui para a frente, para que realmente nós, os maranhenses venhamos a conviver com notícias dos milhões de investimentos que acontecem em todo o Brasil, e que infelizmente a gente não vê acontecendo aqui no nordeste, principalmente aqui no Maranhão”, finalizou.

Será que alguns deputados já teriam se arrependido da homenagem prestada a presidenta Dilma Rousseff???

Faltou consideração…

por Jorge Aragão

João Francisco e Jackson Lago

Blog do Gilberto Léda

O deputado estadual Tatá Milhomem (PSD) lamentou, view hoje (21), ao final da sessão plenária da Assembléia Legislativa, o que considerou falta de respeito de deputados oposicionistas à memória o pedetista João Francisco, ex-secretário de Estado da Igualdade Racial no governo de Jackson Lago (PDT). O militante morreu ontem (20) e foi enterrado nesta quarta.

Milhomem destacou, segundos antes de o presidente em exercício, deputado Marcos Caldas (PRB), encerrar a sessão, que nenhum deputado pedetista teve a iniciativa de pedir um minuto de silêncio pela morte do companheiro. “Só posso lamentar tão grave falha”, declarou.

Presente em plenário, o deputado Marcelo Tavares (PSB), líder da Oposição e de quem João Francisco foi assessor, também não lembrou de render a homenagem. Milhomem considerou a postura dos oposicionistas uma “grave desfeita”.

Hélio Soares faz duras críticas aos secretários candidatos

por Jorge Aragão

Deputado Hélio Soares

O chamado “fogo amigo” correu solto na Sessão Ordinária desta segunda-feira (19) na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Hélio Soares (PP) fez duras críticas a alguns secretários do Governo do Maranhão e que pretendem disputar as eleições em 2014.

“Deputados, medical eu antevejo dificuldades para nós, pharmacy principalmente que compomos a base do governo ou a base governamental. Nós estamos diante de situações até constrangedoras, temos nos deparados e temos acompanhado que todos os secretários são candidatos a deputado estadual e federal, quase todos, e antevejo aqui muitas individualidades, pois muitos secretários ficam no ar condicionado e, depois que os prefeitos se elegem ou se reelegem, aparecem os ‘lobistas’ que muitas vezes são chefes de gabinetes e vão buscar prefeito tal, prefeito tal, prefeito tal, e aí é só facilidade, é só alegria. Isso é uma verdadeira covardia. Já chega disso”, disse da Tribuna o parlamentar.

Hélio Soares ainda assegurou, que alguns secretários de maneira sorrateira dizem aos prefeitos assediados, no sentido de convencer eles trocarem de opção para 2014, que alguns deputados não conseguem sequer falar com a governadora Roseana Sarney. O parlamentar ainda afirmou que alguns estão utilizando as secretarias para serem candidatos nas próximas eleições.

“Não podemos mais admitir que uma pessoa tome conta de uma secretaria para se autopromover ou galgar aquilo que ele quis: ser deputado federal ou estadual. Não sou contra ninguém ser candidato, ninguém do governo, oxalá que todos fossem, mas não usar a máquina do governo como eu antevejo aqui em algumas secretarias. É muita coisa na mão de poucos e faltando tudo na mão de quase todos.”, afirmou Hélio Soares.

Deputado Marcos Caldas

Apartes – Em aparte, o deputado estadual Marcos Caldas (PRB) também não poupou críticas aos que suspostamente serão beneficiados para a disputa eleitoral em 2014.

“Fico até com receio quando ouço um deputado dizer que ajudou a eleger tantos prefeitos, pois quando os secretários vão para cima dos prefeitos para tomar eles vão com vontade e tomam. Mas além dos secretários, também tem muitos genros, genro, irmão e cunhado”, alfinetou Caldas.

Também em aparte, o deputado Tatá Milhomem (PSD) concordou com Hélio Soares e não poupou nem mesmo a governadora, mas ressaltou que é preciso ter coragem e não ficar apenas reclamando da Tribuna.

“O que eu acho deputado Hélio é que nada se faz em uma secretaria que não seja com aval do governador em exercício, da governadora. Nós não podemos jogar a culpa em cima do secretário, nós teríamos que jogar sim, em cima do chefe do executivo, se assim o fosse. Tem muitos colegas nossos que têm prefeitos tomados, tomados na marra para votar em cicrano ou beltrano, isso é dolorido. Na minha primeira eleição, me pediram que eu cedesse, que eu me afastasse de nada menos que cinco prefeituras. Então, eu concordo com vossa excelência, agora é preciso peitar, pois ou o senhor e os deputados engrossam o cangote ou a vaca vai para o brejo”, disse Milhomem.

No entanto, Hélio Soares fez questão de destacar que a crítica não atinge aos deputados estaduais que estão licenciados e ocupam o cargo de secretário no Governo do Maranhão. Para Soares estes deputados estão participando de acordo políticos para que outros colegas assumissem vagas na Assembleia e na Câmara Federal.

Sendo assim, quais seriam os secretários que almejam trocar o executivo pelo legislativo em 2015?

Por essa, Neto Evangelista não esperava

por Jorge Aragão

Deputado Neto Evangelista

Um debate que começou em tom irônico e terminou com uma grave denúncia, drug marcou a semana na Assembleia Legislativa do Maranhão. A discussão, percebida por poucos, foi entre os parlamentares Neto Evangelista (PSDB) e Tatá Milhomem (PSD).

Quando o presidente da Casa, Arnaldo Melo, iria iniciar a votação da Ordem do Dia na Sessão Ordinária da terça-feira (13), o jovem deputado Neto Evangelista, em tom irônico, mas de brincadeira, pediu que o presidente pudesse aguardar a chegada de alguns colegas que estavam nos gabinetes e a caminho do Plenário para a votação.

“Eu ouvi Vossa Excelência dizendo: Ordem do Dia. Eu vim correndo do gabinete para cá. Eu consigo chegar correndo aqui, mas há alguns companheiros, tipo deputado Tatá Milhomem, que não vai conseguir chegar correndo, aqui no Plenário”, brincou Evangelista.

Milhomem não gostou da brincadeira e devolveu: “Eu gostaria que Vossa Excelência acatasse o pedido do nobre, eminente, jovem deputado, mas dissesse a ele que ele fosse assíduo dentro da Casa e que não tergiversasse sobre os seus direitos e deveres. O povo o elegeu para estar presente, não para ser chamado”, alfinetou.

Ao invés de permanecer calado, Neto Evangelista, para piorar sua situação, quis esticar o assunto. “Sou um deputado assíduo, só que nós estávamos em uma campanha de prefeito, aqui em São Luís, infelizmente, são os ossos do ofício, nós não podemos modificar”, finalizou.

Milhomem retrucou, foi ainda mais duro e fez uma grave denúncia. “Sou detentor das Atas das Sessões que Vossa Excelência faltou aqui. Vossa Excelência nem deputado é mais”, afirmou.

Pior é que todos que ouviram, inclusive o presidente Arnaldo Melo, fizeram ouvido de mercador, absolutamente ninguém quis levar o caso adiante. Afinal, nesses momentos, sempre prevalece, independente de Oposição e Governo, o espírito corporativista no parlamento maranhense.

Mas que ficou feio isso ficou.

A despedida de Tatá Milhomem da disputa eleitoral

por Jorge Aragão

Milhomem não disputará mais eleição

Um dos políticos mais experientes do Maranhão, treat o deputado estadual Tatá Milhomem (PSD), anunciou a sua “aposentadoria” das eleições. Milhomem que é parlamentar desde 1990 e já foi inclusive presidente da Assembleia Legislativa e secretário chefe da Casa Civil no governo Edison Lobão, diz que tomou a decisão sem nenhum ressentimento.

“A decisão não tem ressentimento algum, sempre fui vitorioso nas minhas eleições, o único percalço que tive foi nas eleições de 2010, até mesmo nessas eleições que foram realizadas no último domingo (07), vencemos em todos os municípios que fazemos política e isso poderia facilitar uma eleição em 2014, mas reconheço que chegou a hora” declarou.

Milhomem ainda afirmou que é o momento de dar espaço para os políticos mais jovens.

“Eu reconheço que temos que dar lugar para os mais jovens, com ideias novas e que consigam oxigenar a política maranhense”, disse.

No entanto, apesar de confirmar que deixará de disputar qualquer cargo eletivo, Tatá Milhomem diz que não irá abandonar a política e a vida pública.

“Não abandono a vida pública, da política a gente não sai, mas não serei mais candidato, ou seja, não disputarei mais eleição”, finalizou Milhomem.

Pires e Milhomem saem em defesa do vídeo monitoramento

por Jorge Aragão

Deputado estadual César Pires

Os deputados estaduais César Pires (DEM) e Tatá Milhomem (PSD), capsule utilizaram a Tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (18), for sale para saírem em defesa das câmaras de vídeo monitoramento instaladas pelo Governo do Maranhão através da secretaria de Segurança Pública. Os dois parlamentares rebateram as críticas do deputado oposicionista Bira do Pindaré (PT).

O líder do Governo no parlamento, César Pires, destacou a importância para a segurança do ludovicense com a instalação das câmaras de vídeo monitoramento.

“Verifiquei de perto o novo sistema e confesso que fiquei satisfeito. É um sistema em HDTV que vai ter uma dimensão de capitação de imagem até de 1 km, imagem pura e imagem inteligente. Além disso, o transeunte que se sentir, de certa forma, ofendido por alguma coisa ou tiver algum elemento em suspeição, clica num botão e interage com o sistema que faz parte desse novo sistema”, afirmou.

César Pires ainda fez questão de salientar que o processo licitatório feito pelo Governo do Maranhão será copiado pelo Governo de Pernambuco, que já fez inclusive o pedido para agir da mesma maneira.

“O próprio sistema de licitação feito em nível de pregão foi agora pedido pelo governo de Pernambuco para que possa fazer a adesão dos custos e da forma que foi implantado, aqui também no Maranhão. Isso demonstra, de forma clara e inequívoca, que, além de ser bom, o sistema foi feito com seriedade do processo de apuração licitatório que serve de modelo a um governo sério que também é muito bom, que é o governo de Pernambuco”, finalizou o Líder do Governo na Assembleia.

Já o deputado Tatá Milhomem, além de também defender a instalação das câmaras de vídeo monitoramento, fez duras críticas a postura adotada pelo petista Bira do Pindaré.

“A leviandade de alguns não permite olhar e ver o bem quando este bem é feito por outro que não lhe é caro. Se o deputado Bira do Pindaré for verificar o novo sistema instalado é capaz dele ir com óculos escuros para não enxergar o serviço implantado. Alguns políticos ainda são defensores do quanto pior, melhor”, afirmou.

Além da implantação das câmaras de vídeo monitoramento, o Governo do Maranhão confirmou nesta terça-feira a realização de concurso público para 2,5 mil vagas na área de segurança.

Milhomem é o relator da emenda do Ficha Limpa

por Jorge Aragão

Milhomem é o relator na CCJ

Nesta terça-feira (29), remedy a Comissão de Constituição e Justiça se reuniu, sick mas ao contrário da expectativa de votar a emenda apresentada pelo deputado estadual Magno Bacelar (PV), buy a CCJ apenas definiu o relator da emenda.

Caberá ao deputado estadual Tatá Milhomem (PSD) ser o relator da emenda. A possibilidade agora é que Milhomem traga seu parecer somente na semana que vem, na próxima reunião da CCJ, que acontecerá na terça-feira (05).

O principal ponto de discussão do Projeto de Lei Ficha Limpa de autoria do deputado Zé Carlos (PT), é a questão da constitucionalidade. Alguns deputados entendem que a Ficha Limpa que está sendo votada só poderia atingir aos funcionários do próprio legislativo.

No entanto, o petista defende que não existe inconstitucionalidade no Ficha Limpa e que a Lei pode alcançar os funcionários tanto do legislativo quanto do executivo.

O Ficha-Limpa, que tramita na Casa desde junho de 2011, prevê que todo cargo de confiança na gestão pública deverá ter comprovação de conduta proba e ilibada, da mesma forma que um funcionário tem que fazer quando ingressa no concurso público.

O certo é que a discussão vai atrasando a votação e consequente efetivação do Ficha Limpa no Maranhão.

A resposta que a OAB-MA merecia

por Jorge Aragão

Deputado Tatá Milhomem

Foi praticamente perfeito o deputado estadual Tatá Milhomem (PSD) no seu discurso em resposta a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA). Tentando posar de arauto da moralidade, diagnosis a OAB, somente agora, decidiu criar uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) contra os 18 salários pagos aos deputados estaduais.

Além de extemporânea, pois os 18 salários já não existem mais, a OAB ainda tentou passar uma imagem de preocupação com a sociedade maranhense. Mesma preocupação que não teve na execução do jornalista Décio Sá, muito ao contrário, basta ler a postagem deste Blog sobre a imbecilidade escrita pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB (leia novamente aqui).

“Eu não sei da cabeça de quem partiu, mas é uma notícia esdrúxula que a OAB do Maranhão, não tendo o que fazer, devia está preocupado com a morte do jornalista Décio Sá, deveria estar preocupado com a segurança no Maranhão, aprovou uma ADIN de uma lei que não mais existe”, declarou Milhomem.

O ex-presidente da Assembleia e um dos deputados mais experientes do parlamento pediu respeito a Casa e sugeriu uma Moção de Protesto a OAB-MA.

“Ou os senhores membros da OAB estão como diz um amigo meu lá de Minas Gerais abilolados ou não estão levando a sério a sua função, ou querem continuar a achincalhar a classe política e esta Casa. Sugiro inclusive uma Moção de Protesto pela atitude descabida da OAB”, afirmou o parlamentar.

Milhomem finalizou afirmando a importância da OAB, mas cobrando explicações do fatídico texto “gorilas diplomados” do presidente da Comissão de Direitos Humanos, Antônio Pedrosa.

“Um órgão da envergadura, de respeitabilidade e da importância da OAB, embora tenha pisado na bola quando um de seus membros principais chamou jornalistas de “gorilas diplomados”, precisava então pelo menos vir a público justificar o motivo daquela agressão. Eu fiquei aqui sem entender nada, fiquei a matutar, fiquei pasmo”, finalizou.

Pela extemporaneidade nesse caso e pela omissão em outro, essa era a resposta que a OAB precisava.

Pires x Milhomem: perdeu o Governo e a AL

por Jorge Aragão

O início dos trabalhos nesta semana no parlamento maranhense foi marcado por uma discussão entre dois deputados de “primeiro escalão” da base governista – Tatá Milhomem (PSD) e César Pires (DEM).

A discussão foi iniciada após César Pires, try líder do governo na Assembleia, prescription ter tido o seu projeto de extinção do Auxílio-Saúde a ex-deputados rejeitado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Pires sabe que a articulação para a rejeição do projeto partiu de Tatá Milhomem líder do maior Bloco governista no parlamento e que na sessão passada pediu vistas do projeto por 72h. A alegação da CCJ é que o projeto que extingue o Auxílio-Saúde a ex-deputados, é de competência exclusiva da Mesa Diretora da Casa.

César Pires não aceitou o argumento e chegou a mostrar o mesmo exemplo de legislações anteriores. O curioso é que o próprio presidente da Assembleia, deputado Arnaldo Melo (PMDB) também declarou ao Blog que qualquer parlamentar poderia fazer o projeto.

Tatá Milhomem, líder do Bloco governista

No entanto, quando foi defender o projeto na Tribuna, César Pires e Tatá Milhomem perderam o equilíbrio e trocaram acusações fortes e desnecessárias para dois deputados de primeira linha da base governista.

No auge da discussão Milhomem afirmou que não reconhece mais a liderança de Pires na Assembleia. “Eu só quero que Vossa Excelência me respeite o tempo que lhe respeitei. A partir de hoje, desconheço o senhor como líder do governo aqui”.

Pires rebateu duramente. “Não faz diferença para mim. Vossa Excelência vai ter que votar as orientações do governo, porque não tem coragem de romper. Vossa Excelência não vota porque sou líder. Vota, porque tem que votar como governo”.

A discussão áspera entre os dois parlamentares poderá ter desdobramentos, atingindo e expondo, não só a Assembleia, mas também o próprio Governo. Os deputados bombeiros já começaram a trabalhar para evitar que o episódio ganhe ainda mais proporções e nesse caso, ponto para Roberto Costa (PMDB), que conseguiu acalmar os ânimos e evitar um embate mais forte e mais longo entre os dois deputados.

A lucidez de Rogério Cafeteira

por Jorge Aragão

Rogério Cafeteira e a sua lucidez

Enfim algum deputado lúcido na Assembleia Legislativa do Maranhão. O jovem parlamentar e de primeiro mandato, Rogério Cafeteira (PMN), foi o único até agora a reconhecer o papel da imprensa no caso dos 18 salários.

Enquanto que os deputados mais antigos, portanto mais experientes, não estão tendo a capacidade de conduzir a crise, ao contrário estão jogando mais lenha na fogueira, coube a Cafeteira tentar fazer com que os deputados estaduais caiam na real e saiam de um embate que jamais conseguirão vencer.

“Eu acho que não adianta entrar num conflito com a imprensa, porque eles também estão no papel deles. Acho que podemos questionar o tipo de edição que é feito, uma edição às vezes maldosa com alguns deputados, pois retiram algumas palavras ou frases soltas e fora do contexto real”, declarou Cafeteira.

O parlamentar ainda fez questão de salientar que os próprios deputados precisam fazer uma reflexão sobre o assunto.

“A imprensa, na sua maioria, é feita de bons profissionais e de boas empresas, e não podemos generalizar. Em todas as classes existem os bons e os ruins. E acho que também é necessário fazermos a nossa mea-culpa” afirmou.

No entanto, Rogério Cafeteira foi uma exceção, pois aqueles deputados que voltaram a falar sobre o assunto na Sessão Ordinária desta quarta-feira (12), mais uma vez criticaram a postura do Sistema Mirante no caso dos 18 salários.

“Então a TV Globo, a TV Mirante aliada, a Rádio Mirante aliada e os blogueiros, se assim quiserem, podem continuar com a luta porque, se for para falar de imoralidades, eu acredito que muitas imoralidades existam no Sistema de Televisão Brasileira. Muitas imoralidades existem nos financiamentos de governos: financiamento do governo federal, financiamento de governo estadual, financiamento de governo municipal, então era preciso também que se falasse isso”, declarou Tatá Milhomem.

Milhomem só esqueceu que a sua fala apenas retrata a incompetência dos parlamentares brasileiros, pois se há imoralidades nos financiamentos dos governos, quem teria o papel de fiscalizar? Resposta: as Casas Legislativas.

Apesar de mais comedido, Milhomem escolheu trilhar pelo mesmo caminho que seguiram Manoel Ribeiro e Raimundo Cutrim, o embate com a imprensa e a população maranhense e brasileira.

Ainda sobre o assunto, o Blog recomenda a leitura do texto do amigo Marco Aurélio D’Eça “Um choque de gerações na Assembleia…”