Sousa Neto confirma prisão do Soldado Leite

por Jorge Aragão

sd-leiteDesde a quarta-feira (02), find após um discurso duro e polêmico na reunião da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa (reveja), buy surgiu a informação de que o Soldado Leite recebeu ‘voz de prisão’ pelas palavras proferidas

Já na Sessão Ordinária desta quinta-feira (03), o deputado Sousa Neto confirmou que o Soldado Leite recebeu de fato ‘voz de prisão’ pelo seu pronunciamento.

“Durante o discurso do Soldado Leite foi dada voz de prisão, porque estava reivindicando uma promessa que foi feita pelo então candidato a governador, que hoje é governador. Dada voz de prisão enquanto uma pessoa estava falando numa Comissão de Segurança, o soldado Leite que é destacado em Timon, que já foi transferido para Presidente Dutra como retaliação e hoje está sendo apresentado lá para ser preso porque fez uma reivindicação por melhorias, porque acreditou nesse governo da mentira”, afirmou Sousa Neto.

O deputado estadual Cabo Campos, presidente da Comissão de Segurança, também fez questão de relatar as inúmeras queixas contra o atual comando da Polícia Militar, ou seja, o Coronel Alves.

“Foi unânime essa queixa, foi em relação às perseguições que estão sendo feitas dentro da Polícia Militar do Maranhão. E eu falava que o comandante geral daquela Corporação, eu falava aqui nesta tribuna que está fazendo um desfavor ao governador Flávio Dino, um desfavor à Corporação e um desfavor a esses parlamentares que tentam intermediar entre a categoria e o governo do Estado. Parabéns, senhor comandante geral, o senhor conseguiu. O senhor conseguiu com que uma categoria ficasse totalmente insatisfeita com as suas condições”, disse Campos.

Na próxima quarta-feira (09), está prevista uma nova reunião da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa e a expectativa é que membros do Governo Flávio Dino, que foram convidados, participem da reunião.

Vale lembrar que os militares estipularam a data do dia 23 de dezembro para que o Governo Flávio Dino cumpra com o acordo celebrado ou a categoria entrará em greve.

Se o Governo não cumprir o acordo, greve da PM será dia 23 de dezembro

por Jorge Aragão

comissaoA reunião da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, physician que contou com a participação de muitos policiais militares, foi marcada por tensão e desabafo da categoria que inclusive deu um ultimato ao Governo Flávio Dino.

Num dos discursos mais aplaudidos da reunião, o Soldado Leite, um dos militares que comandou a greve da PM em 2011 no Governo Roseana e que recentemente foi transferido de cidade por perseguição, expressou o sentimento atual de toda a categoria com relação ao comando da PM, comandado pelo Coronel Alves.

“Por ausência do argumento da força, usa a força como argumento, que não dialoga com ninguém e não consegue sequer ressocializar seus presos (militares), ao contrário, tem militares morrendo na prisão”, afirmou.

O Soldado Leite seguiu no seu discurso e afirmou que o Governo Flávio Dino não cumpriu o acordo firmado. O militar chegou a dizer que a ex-governadora Roseana, no ano de 1995, fez mais pelos militares que o atual governador e deixou claro que uma greve está próxima.

“Nós temos um governo (Flávio Dino) que apontava o dedo para o governo passado (Roseana) quando era oposição dizendo que eles não cumpriam acordos, mas o acordo firmado já foi descumprido no atual governo. É um ano de enrolação. Roseana Sarney em 1995 fez muito mais pelos militares que o Governo Flávio Dino. Isto aqui vai terminar com uma greve”, disse aplaudido.

Leite finalizou o discurso dando um duro recado ao Governo Flávio Dino, um ultimato na verdade. Se o acordo não for cumprido, a Polícia Militar do Maranhão entrará em greve no dia 23 de dezembro.

“Essa é a nossa última tentativa de acordo. Viemos buscar o parlamento, como fizemos na greve passada, e estamos comunicando a Comissão de Segurança que esse acordo não for respeitado, iremos fazer ele ser respeitado a força. Se fizemos com os donos do Maranhão, como eles diziam, o que dirá com um ditador que acabou de sentar na cadeira. O recado é o seguinte, se não cumprirem o acordo até 23 de dezembro, iremos ocupar a Assembleia e faremos uma nova greve”, finalizou bastante aplaudido.

Agora é com o Governo Flávio Dino, pois se depender da disposição dos militares, infelizmente, pelo não cumprimento do acordo por parte do governo, uma nova greve da PM acontecerá no Maranhão.

É aguardar e conferir.

Transferência de militares repercute nacionalmente entre a categoria

por Jorge Aragão

A transferência inexplicável de militares no Maranhão, prescription que está sendo realizada no Governo Flávio Dino, já repercute nacionalmente. Militares, conforme denuncias de deputados até governistas, estariam sendo transferidos por pura perseguição pelo fato de serem lideranças dentro da categoria.

Na terça-feira (28), a OPB (Ordem dos Policiais do Brasil) se manifestou através de Nota assinada pelo conselheiro federal Adailton de Lima Gaspari, que repudio a atitude do Governo Flávio Dino e lamentou a falta de democracia no Maranhão. Veja abaixo a Nota.

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sd-leiteLeite – O Soldado Leite que está sendo transferido por perseguição política, segundo o entendimento de deputados estaduais, de Timon para Presidente Dutra, se posicionou sobre a sua transferência.

Leite, um dos principais líderes da categoria, disse que ainda espera sensatez do Governo e garantiu que atitudes como essa maculam a imagem de quem se diz democrático. Veja abaixo o desabafo.

“Esperamos sensatez do Governador do Estado, estou exercendo somente o nosso direito de representação, Atitudes como essa maculam demais a imagem de um governo, que se diz democrático, é a negação de direitos fundamentais, é a perpetuação de práticas arcaicas e obscenas, situações como essa precisam ser abolidas, precisamos de uma instituição progressista, de comandantes que estejam abertos a novas idéias, já basta. Precisamos e esperamos a Polícia que o Senhor Governador prometeu na campanha, quando ela chegará?”, questionou.

E assim segue o Governo da Mudança no Maranhão, mas pelo visto para os policiais militares a mudança chegou mais rápido que esperava, mas infelizmente a mudança foi para pior.

Deputados governistas classificam como perseguição a transferência de militares

por Jorge Aragão

cabocamposfevA transferência de lideranças militares por parte do Governo Flávio Dino foi o principal assunto na Sessão Ordinária desta segunda-feira (26), medicine na Assembleia Legislativa. Dois deputados, ambos da base do Governo, classificaram como perseguição a transferência dos militares.

Conforme o Blog noticiou na última sexta-feira (23), três policiais militares e que são lideranças na categoria estariam sendo transferidos (reveja). Os deputados Cabo Campos (PP) e Wellington do Curso (PPS) lamentaram a atitude que está sendo tomada e afirmaram se tratar de perseguição.

O deputado Cabo Campos foi o primeiro a abordar o assunto, pressionado, Campos aumentou o tom das críticas e não poupou nem o secretário de Segurança, Jefferson Portela, e nem o comandante da PM, Coronel Alves.

“O Soldado Diego é do município de Bacabal e, por uma questão de perseguição, está sendo transferido por atritos entre o comandante daquela região e a tropa. Estivemos com o secretário de Segurança pedindo a transferência desse comandante, pois está fazendo um desfavor à sociedade maranhense. E o que receberam os colegas de lá foi à transferência do Soldado Diego. Não diferente faz o nosso comandante geral da Polícia Militar do Estado do Maranhão, Coronel Alves, que, de maneira repressiva, arbitrária, impensada, transfere o Soldado Leite para Presidente Dutra. Fica aqui o meu repúdio”, afirmou.

wellingtonEm seguida foi a vez do deputado estadual Wellington do Curso que, mantendo sua coerência, também criticou a transferência dos militares e disse que a palavra correta para essa medida era perseguição.

“O que se compreende dessa situação é que se trata de perseguição a esses dois jovens militares, dois defensores da briosa Polícia Militar. Esses dois militares não fizeram nada que desabonasse a conduta deles. Esses dois militares não fizeram nada que prejudicasse a corporação. Nós não podemos nos calar, não podemos passar despercebidos a uma situação dessas. E o constrangimento que causa para a família militar”, declarou.

Os dois deputados governistas ainda afirmaram que irão se movimentar não só politicamente, inclusive nas comissões técnicas da Assembleia, como judicialmente para evitar que a perseguição aos militares seja efetivamente concluída.

A transferência dos militares é apenas mais uma prova inconteste do Governo da Mudança.

Militar cobra posicionamento do Cabo Campos e ‘sugere’ greve

por Jorge Aragão

ContinenciaO Blog recebeu neste domingo (25), advice um artigo do Cabo da Polícia Militar do Maranhão, healing Manoel Guimarães Filho, que é coordenador de Assuntos Jurídicos da ASPOM de Timon. O militar no artigo “O tapa na cara de Campos e o ataque às associações de praças” aborda as transferências de policiais militares que são lideranças dentro dos movimentos da PM, assunto já tratado pelo Blog (reveja).

No artigo, o militar cobra um posicionamento do deputado estadual Cabo Campos diante do episódio e, mesmo que subliminarmente, “sugere” uma nova greve da Polícia Militar. Veja abaixo o artigo do policial militar.

Considero que a transferência indiscriminada de praças da PMMA e BMMA, em especial dos soldados Leite, da ASPOM -TIMON, Diogo, da Associação de Bacabal, e do Sargento R Barros, de Imperatriz, que está ameaçado de ser desterrado para os confins do Maranhão, sob alegada necessidade de serviço, é um ataque e uma perseguição violenta a esses militares, a suas famílias, às associações de praças e ao próprio deputado Cabo Campos, pois o governo, assim como o comando geral, sabe da relação de proximidade entre o parlamentar e a ASPOM -TIMON, associação que tem ,como um de seus coordenadores, o soldado Leite.

Quando o comando adota tal medida, do meu ponto de vista, ele envia um recado direto ao deputado e às demais lideranças, o de que ninguém é inalcançável. Ora, se transferem, com o uso de uma alegação fictícia, uma liderança que atua, quase que, como um “assessor” do deputado Campos, que foi eleito com esforços da categoria, então transferem e ameaçam qualquer um. Daí o ataque ao soldado Leite ser um ataque ao próprio deputado Campos.

Demonstram, com a medida, o nível de consideração e respeito que nutrem por ele ,por sua liderança e por seu mandato. Desde que me tornei policial militar, em 2001,observo e sinto na pele como setores superiores da PM/MA se utilizam da movimentação como instrumento de ameaça, perseguição e medo.

Uma ferramenta utilizada para sufocar vozes discordantes e de lideranças ligadas às associações. Eu mesmo já fui objeto de uma ação dessa natureza, que me enviou para os confins do Maranhão, me separou da família, dos amigos e dos estudos, apenas para atender aos caprichos de um comandante local. Esta é a terceira ou quarta vez, nos últimos meses, que tentam transferir o soldado Leite. Sempre utilizando-se da mesma motivação travestida, qual seja, a necessidade de serviço.

A motivação real é a intenção, não confessada, de quebrar a resistência e a vontade do policial, destruir sua vida familiar, acadêmica e social e, de quebra, desarticular uma das mais destacadas associações de praças do Maranhão na luta pelos direitos dos trabalhadores PM’s. Como o comando, não pode dizer em público, que sua real motivação é o esfacelamento e comprometimento da luta das praças, ele alega, ilegalmente com desvio de finalidade, a tal necessidade de serviço. Reparem que, se esse fosse o motivo verdadeiro, a administração teria que transferir outro PM mais moderno que o PM em questão. Teria que, de repente, buscar, dentre os mais modernos, um que fosse solteiro, não tivesse filhos, não fosse estudante e, dependendo da necessidade específica, buscar aquele com a melhor capacidade técnica para fazer frente à necessidade.

Do meu ponto de vista, o deputado CABO Campos não deve aceitar calado, e sem espernear, que lideranças que foram decisivas na construção do seu mandato sofram esse tipo de agressão. Noutra medida, as associações, e policiais em geral, não podem ficar a observar a banda passar enquanto aqueles, que estão na linha de frente da luta diária pela melhoria da vida de todos nós, são violentados dessa maneira.

Considerando que a motivação do ato administrativo é mentirosa e que a finalidade do ato é, na verdade, punir, perseguir e destruir o servidor forçando-o, inclusive, a pedir pra sair temos que o ato administrativo está viciado, é ilegal e deve ser fulminado e atirado na lata de lixo mais próxima. Outro ponto que me incomoda e me causa espécie é que, enquanto trabalhadores estão sofrendo esse tipo de violência, juntos com suas famílias, as representações dos Direitos Humanos, no Maranhão, não se manifestam e deles não se ouve um “piu”.

Não é só a constituição de 88 que ignora que policiais militares sejam cidadãos de direitos, os defensores dos direitos humanos também o fazem. Vide o caso da reintegração de posse, na Vila Luizão, que resultou na morte de um posseiro e consequente prisão de dois policiais inocentes, em que não se viu uma manifestação contra a violência estatal perpetrada contra aqueles servidores. Para eles, PM’s não são “humanos” dignos de Direitos Humanos, jamais seremos objeto de sua solidariedade, não somos dignos. Em sua percepção esquizofrênica, o único papel em que, tais “humanistas”, conseguem nos enxergar é no de Réus, violadores sádicos e contumazes da dignidade dos outros, NUNCA de vítimas.

Não fosse isso o bastante, o novo governo, que nos prometeu “um colchão de bondades”, além de práticas novas e democráticas intra quartéis, se comporta de forma obscenamente dura e violenta ou, permite que assim atuem, contra nós. Alguém, tenho a impressão, precisa explicar ao governo o significado da expressão “práticas novas e democráticas”.

De duas, uma: Ou esse governo, de práticas novas, orienta a persecução intolerante do comando da PM/MA contra lideranças e associações ou o comando atua à revelia da orientação do governo da mudança. Francamente, não sei o que me assusta mais. De qualquer maneira, e para terminar, sugiro às associações que organizem e mobilizem seus trabalhadores pois, ao que me parece, nossa luta será travada nas ruas, e está breve.

Transferência de militares pode gerar reação

por Jorge Aragão

ContinenciaDefinitivamente se tem algo que o Governo Flávio Dino não pode ser tachado é de democrático, principalmente na área da Segurança Pública.

Nesta sexta-feira (23), o Blog recebeu a informação que três militares, aqueles que estão à frente da luta pelos direitos da categoria, serão transferidos por determinação do comando da Polícia Militar do Maranhão.

O soldado Leite, um dos militares que mais reivindica direitos para a categoria, foi inclusive um dos ‘cabeças’ do movimento grevista da PM no Governo Roseana, já foi informado de sua transferência. Leite estava lotado em Timon, mas com uma explicação pouco convincente, será transferido para a cidade de Presidente Dutra.

sd-leiteA transferência do soldado Leite foi abordada pelo Blog do Ebnilson, que também é sargento da Polícia Militar do Maranhão, com o título “Caças as bruxas: liderança militar é transferida”, clique e veja aqui.

Entretanto, o caso do soldado Leite não foi o único. Outras duas lideranças da Polícia Militar também serão transferidas, os militares Diego de Bacabal e R Barros de Imperatriz. Diego sairá de Bacabal para Marajá do Sena, já R Barros ainda não sabe para onde será deslocado, mas já sabe que não permanecerá em Imperatriz.

O curioso é que os três militares, até pelo papel que possuem, conversam por telefone com deputados oposicionistas, principalmente com o deputado Sousa Neto (PTN), o que reforça a tese de “grampo”, abordada no início desta semana na Assembleia Legislativa. O próprio Sousa Neto atribui a ‘queda’ do coronel Sá do sub-comando da PM por conta de contato telefônico com ele.

Vale ressaltar que o sargento Ebnilson foi vítima de constrangimento já nesta semana, quando da operação de reintegração de posse do terreno do Sampaio. Tudo pelo fato de que alguns militares estavam reclamando do atraso da comida, que não havia sido fornecida para alguns militares e já passavam das 13h, como ele relatou no seu blog (veja aqui).

As atitudes antidemocráticas e ditatoriais do Governo Flávio Dino devem gerar reação dos policiais militares. Alguns mais revoltados com o tratamento que a tropa está recebendo, já defendem até uma nova greve da Polícia Militar do Maranhão.

É aguardar e conferir.