Weverton e Eliziane lideram corrida pelo Senado na pesquisa IBOPE

por Jorge Aragão

O IBOPE também divulgou os números para o Senado, nesta quinta-feira (04), no JMTV 2ª edição. O levantamento contratado pela TV Mirante é o último antes das eleições do próximo domingo (07).

Os números dessa terceira pesquisa apontam liderança dos dois candidatos do governador Flávio Dino (PCdoB), Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS).

De acordo com a pesquisa, Weverton Rocha aparece com 35%, seguido de perto de Eliziane Gama com 34%. Na sequência aparecem Sarney Filho (PV) com 25%, Edison Lobão (MDB) com 23% e Zé Reinaldo (PSDB) com 10%. Entre os que não alcançaram dois dígitos, o melhor posicionado é Alexandre Almeida (PSDB) com 5%.

A pesquisa IBOPE está registrada sob o número MA-07570/2018 e ouviu 1008 eleitores entre os dias 28 de setembro até 04 de outubro. O levantamento tem um intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 3%.

Dino corre o sério risco de não eleger nenhum senador

por Jorge Aragão

A pesquisa IBOPE, além de apontar que a disputa está indefinida para o Governo do Maranhão, apontou outro dado preocupante para o governador Flávio Dino (PCdoB), as intenções de voto para os candidatos ao Senado.

De acordo com o levantamento (reveja aqui), os dois candidatos ao Senado da ex-governadora Roseana (MDB) – Edison Lobão (MDB) e Sarney Filho (PV) – aparecem liderando, com folga, a corrida eleitoral.

Lobão surge com 27% das intenções de voto, enquanto que Sarney Filho aparece com 26%. A terceira colocada, Eliziane Gama (PPS) só teria 17%, ou seja, quase 10% a menos que os dois primeiros colocados.

Para piorar a situação de Flávio Dino, Weverton Rocha (PDT), que é o seu candidato preferido, preferência não escondida de ninguém, surge apenas na quinta colocação com 11%, estando atrás do ex-governador Zé Reinaldo (PSDB), traído politicamente pelo comunista.

O curioso é que nem mesmo as pesquisas recentes encomendadas pelo Palácio dos Leões, mesmo tendo registrado, não tem divulgado os números para o Senado. Ou seja, nem mesmo essas conseguem amenizar a situação.

Sendo assim, Flávio Dino corre o sério risco de entrar para a história política do Maranhão, como o primeiro governador, disputando reeleição, que não conseguirá eleger nenhum senador.

E o comunista nem pode ajudar muito, afinal precisa se preocupar com a sua própria sobrevivência, pois se não vencer a disputa no 1º Turno, sabe que suas chances de derrota aumentam consideravelmente.

É aguardar e conferir.

Cresce a pré-candidatura de Alexandre Almeida para o Senado

por Jorge Aragão

Diante das “crises” existentes nas chapas majoritárias para o Senado, um nome vai se beneficiando, mesmo que indiretamente, o do deputado estadual Alexandre Almeida.

Desde que recebeu o convite do PSDB para disputar a eleição para o Senado, Alexandre Almeida tem feito uma campanha sem muito alarde, mas muito sólida e por quase todo o Maranhão. Além disso, as disputas internas das chapas, acabam beneficiando o nome de Alexandre Almeida.

Na eventual chapa comunista, muitos que asseguram votar no pedetista Weverton Rocha, não engolem a imposição do governador Flávio Dino (PCdoB) em colocar Eliziane Gama (PPS) na disputa, e por esse motivo devem mudar o segundo voto para o Senado, como aconteceu em Barão de Grajaú (reveja).

Na crise provocada pelo fato do PRTB apoiar Maura Jorge para o Governo do Maranhão, os vários políticos que estão insatisfeitos com essa situação, asseguram que o troco será dado na pré-candidatura de Edison Lobão. Ou seja, prometem votar em Sarney Filho, mas garantem que o segundo voto não será em Lobão.

Na própria chapa Tucana, a disputa de Zé Reinaldo e Waldir Maranhão, que segue sendo alimentada equivocadamente por Roberto Rocha, também acaba beneficiando Alexandre Almeida, afinal é o único nome confirmado para a disputa do Senado.

E é desta forma que Alexandre Almeida tem viabilizado parcerias importantes, consolidando seu nome para o Senado e, principalmente, sendo uma excelente opção para o segundo voto.

É aguardar e conferir.

Na igreja

por Jorge Aragão

Flávio Dino participou no Templo Central da Assembleia de Deus. Foto: Gilson Teixeira/Secap

A presença do governador Flávio Dino (PCdoB) no culto semanal em ação de graças da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, na última segunda-feira, mais do que um gesto em direção a um dos setores do eleitorado mais fieis aos seus líderes, foi também um gesto político para dentro do seu grupo.

Ao seu lado, além de auxiliares do governo ligados à igreja, estava a deputada federal Eliziane Gama (PPS), que havia, dia antes, sido apresentada como pré-candidata oficial ao Senado dentro da denominação. Por mais que o Palácio dos Leões tente evitar a conotação político-eleitoral do gesto do governador, o evento foi entendido como um ato de reaproximação entre ele e a parlamentar evangélica.

Flávio Dino e Eliziane Gama vive uma espécie de relação de amor e ódio. Ela sempre esperou dele mais do que ele deu. E ele sempre quis dela mais submissão do que ela pode dar. O clima entre os dois havia piorado desde a eleição municipal, quando a tropa-de-choque comunista atropelou a deputada em favor do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

O problema da relação entre os dois agora é a eleição para o Senado. O governador tem entre seus principais candidatos o deputado federal Weverton Rocha (PDT) – que não é o que se pode chamar de aliado esperado – e o também federal José Reinaldo Tavares (PSB), que precisa mais do que uma alavanca governista para se viabilizar. A presença do governador na Assembleia de Deus, dias depois de a denominação apresentar Eliziane como opção é uma espécie de recado: o governador quer dividir o peso da cruz que precisa carregar em 2018.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão

Zé Reinaldo em busca do Senado

por Jorge Aragão

O deputado federal José Reinaldo Tavares marcou para este sábado o lançamento de sua candidatura ao Senado da República.

O evento será realizado em Tuntum, sob a coordenação do presidente da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), Cleomar Tema Cunha.

Tema trabalhar para levar o maior número de prefeitos para o seu município, a fim de mostrar peso na candidatura de Tavares.

A articulação de Tema e José Reinaldo visa também à ocupação de espaços na futura chapa majoritária encabeçada por Flávio Dino.

O presidente da Famem apoia a candidatura de Tavares ao Senado. Em troca, terá o apoio deste para eventual composição com Dino.

Tema é hoje um dos principais nomes cotados para ser o companheiro de chapa do comunista em 2018.

Em tempo: Zé Reinaldo anunciou no início da semana, sua saída do PSB. A legenda é comandada pelo senador Roberto Rocha, que tentará candidatura ao Governo em 2018.

Cafeteira quer união de deputados contra a Reforma da Previdência

por Jorge Aragão

O deputado Rogério Cafeteira (PSB) saiu em defesa dos milhares de trabalhadores brasileiros que serão afetados pela Reforma da Previdência, durante sessão plenária desta segunda-feira (17). De acordo com ele, a turbulência que envolve a classe política acabou camuflando o assunto, que ainda está em plena tramitação. O parlamentar pontuou que o assunto é extremamente importante e grave.

Na opinião do deputado, antes de ser votada a Reforma, é necessário que se amplie a discussão, visto que outro aspecto a ser levado em consideração é a corrupção dentro de setores da própria Previdência. “E minha sugestão é que antes de ser votada uma Reforma como essa, que se aprofundasse o debate, que, antes disso, fosse combatida a corrupção, a roubalheira que existe hoje na Previdência do Brasil. Infelizmente, esse sangramento da nossa Previdência não é de agora”, lamentou.

Cafeteira citou como exemplo de corrupção na Previdência Social o caso “Jorgina de Freitas”, ex-procuradora previdenciária que foi condenada por chefiar quadrilha que desviou mais de 1 bilhão do Instituto Federal de Seguridade Social (INSS). O parlamentar suplicou que, antes de sacrificar o trabalhador brasileiro, o Governo Federal intensifique a fiscalização e cobranças de instituições que são grandes devedoras do INSS.

Rogério Cafeteira destacou que o planejamento de aposentadoria dos brasileiros está comprometido e convidou os colegas parlamentares a se posicionarem de forma oficial sobre o assunto. “E agora vem no meio da vida, pessoas de 40, 50 anos, que já têm um plano de aposentadoria, eles se preparam para a sua aposentadoria e vê toda essa regra ser jogada abaixo. Então é um apelo que eu faço, que a gente também discuta isso. E desta forma, que possamos fazer o encaminhamento em conjunto aqui da Assembleia da nossa posição”, destacou.

Durante sua fala, o deputado pontuou a importância do beneficio social para a população rural. “Infelizmente há pouco tempo eu vi, existia mais beneficiários rurais, do que os próprios agricultores. No País tem mais gente sendo beneficiada do que agricultores. Então eu acho que a reforma precisaria começar desse ponto. Primeiro que a gente fizesse uma força tarefa, fizesse um esforço concentrado para que fosse extinta a questão dessa corrupção dentro da previdência do País”, finalizou.

Eliziane parece já ter desistido de candidatura ao Senado

por Jorge Aragão

A Coluna Estado Maior desta sexta-feira (07), já destaca algo previsível, o fracasso da tentativa de candidatura da deputada federal Eliziane Gama (PPS) ao Senado Federal.

De acordo com a coluna, Eliziane já se deu conta de que a candidatura seria um fiasco. “A impossibilidade da candidatura de Eliziane Gama ao Senado se dá por motivos óbvios, que ela não percebeu num primeiro momento. A deputada só teria condições de se viabilizar se disputasse por uma chapa de oposição, já que a base do governador Flávio Dino (PCdoB) nem cogita apoiá-la. Mas ela não aceita fazer oposição a Flávio Dino, apesar do ‘tratamento especial’ que recebe do governador desde o início do mandato”, destaca o Estado Maior.

Ainda em janeiro deste ano, quando foi aventada tal possibilidade, o Blog na postagem “Mais uma ‘barca furada’ para Eliziane Gama”, já deixava claro que seria um erro, dessa vez fatal, para a política do PPS.

Eliziane Gama tem se especializado em tomar decisões erradas na política e por esse motivo inviabilizado seus projetos e sua carreira política, que parecia ser algo promissora.

Entretanto, se realmente desistir da candidatura ao Senado será uma decisão lógica, racional e que pode lhe dar uma sobrevida na política maranhense. Eliziane saiu da última eleição menor do que entrou, afinal chegou como favorita e terminou apenas na quarta colocação com somente 6,19% dos votos válidos.

O Blog vai ainda mais além, se Eliziane realmente ainda almeja ser prefeita de São Luís, ela precisa recomeçar e o recomeço passaria, inegavelmente, por um retorno a Assembleia Legislativa. A ida de Gama para a Câmara Federal diminuiu sua visibilidade, a postura adotada no parlamento federal foi crucial para sua derrocada nas eleições 2016 e a submissão a um grupo político, que lhe demonstra ojeriza o tempo inteiro, é outro fator que continua sendo impeditivo ao seu crescimento político.

A decisão cabe apenas a Eliziane Gama, mas o fato de já ter colocado de lado a tola ideia de disputar o Senado Federal, parece que já é um bom caminho para quem precisa recomeçar.

A crise institucional entre os Poderes no Brasil

por Jorge Aragão

‘Isso é pq ñ iria escrever hj!…’

Por Joaquim Haickel*

 

joaquimnova2Não era minha intenção escrever, nem publicar nada, aqui, esta semana. É que estou bastante ocupado! Com muitos afazeres e compromissos! Mas os últimos acontecimentos da política nacional exigem que eu os comente com meus amigos e leitores, alguns inclusive, já me ligaram cobrando que fizesse isso!… Pois bem! Vamos lá! Tentarei ser didático, sucinto e leve.

O partido Rede Sustentabilidade, cujo líder no Senado é aquele senador que tem voz de boneco de desenho animado, o pernambucano do Amapá, Randolfe Rodrigues, pediu no Supremo Tribunal Federal o afastamento do presidente da nossa Câmara alta, Renan Calheiros, pelo fato dele ter sido declarado réu em um processo que transcorre naquela corte judicial.

O pedido de liminar caiu no colo do polêmico ministro carioca Marco Aurélio Mello. Este não procedeu da mesma forma que seu colega ítalo-polaco-catarinense, Teori Zavascki, um homem equilibrado, que já havia despachado processo parecido anteriormente. Ao invés de simplesmente despachar a liminar, Teori preferiu submeter sua decisão monocrática ao plenário da suprema corte, coisa que Marco Aurélio também deveria ter feito, até porque o perigo da demora, exigido numa ação liminar, não estava configurado!

Os imbróglios quase sempre começam por um motivo similar à arrogância, à prepotência, à intolerância, à ganância… Engraçado que todas as palavras aqui citadas tenham o mesmo sinal diacrítico, o acento circunflexo. É como se se colocasse um “chapeuzinho” que distinguisse algumas das palavras mais abjetas da língua portuguesa!

O problema começou aí, quando um ministro do STF, em ação singular, achou-se capacitado a tomar uma decisão liminar sem a devida caraterização da urgência que o dispositivo legal exige. Ministro esse que, vaidoso, não buscou o consenso de seus pares para uma decisão que poderia abalar o mundo político e interferir em um outro poder da República.

Não bastasse a asneira do ministro Marco Aurélio, agora a bola estava nos pés do presidente do Senado, Renan, que em matéria daquelas palavrinhas com circunflexo, não perde pra ninguém! Enfiou o pé na pelota!

Tão arrogante e prepotente quanto o juiz que havia precipitadamente mandado lhe destituir do cargo de presidente do Senado, que o fazia eventual substituto do presidente da República, Renan não recebeu a intimação! Em seguida, a Mesa Diretora do Senado desconheceu oficialmente os efeitos da liminar, o que de certa forma desmoralizou, em diferentes proporções, o ministro e o próprio STF.

Um juiz quando aprecia um processo, quando julga uma causa, não pode jamais estar imbuído de qualquer motivação ideológica ou partidária, muito menos pode deixar de ter, sempre, em perspectiva, o contexto e as consequências de sua apreciação, de seu julgamento. A lei e a justiça são os maiores bens do Judiciário, mas eles não podem ser tão maiores que a ponderação, o bom senso e a estabilidade democrática da república.

Foi aí que surgiu um sábio ministro paulista, o decano Celso de Mello, que de maneira salomônica e montesquiana apresentou um entendimento, que foi seguido pela maioria do plenário do STF, estabelecendo que em situações como aquela, o impetrado, no caso Renan, perderia o direito a substituição eventual do presidente da república, mas não deixaria a presidência da casa que representa. Resultado: gol de placa! A tese levantada por Celso venceu a de Marco por um placar de 6 a 3.

O saldo disso!?… O Supremo saiu chamuscado graças ao “excesso de voluntarismo” de um ministro que não tem medo de ser polêmico e assume abertamente esse risco. Renan sai aparentemente vitorioso, mas fica cada vez mais antipatizado pela população. O povo brasileiro, apesar de ser facilmente manipulado pela imprensa, a boa e a não tão boa, fica com a certeza de que as nossas instituições são realmente fortes e tenazes.

Imaginando que fossemos uma embarcação, vemos que nossos marujos, contramestres, comandantes e até nossos almirantes, insistam em singrar mares nunca dantes navegados e submeter-nos a duros testes de flutuabilidade em meio a violentos maremotos.

Penso que não cabe aqui tecer comentários mais aprofundados sobre as duras críticas feitas pelo ministro Gilmar Mendes ao ministro Marco Aurélio, até porque o mato-grossense age da mesma forma personalista que seu desafeto.

PS: O título desse texto é uma singela homenagem à linguagem das redes sociais que a cada dia invadem mais as nossas vidas.

*Membro das Academias Maranhense e Imperatrizense de Letras e do IHGM

No Senado?

por Jorge Aragão

marlon1Há quem diga que as mais recentes incursões do advogado Márlon Reis (Rede) na cena política de Brasília sejam a confirmação da tese de que ele tem anseios políticos.

Quando decidiu abandonar a toga – era juiz no Maranhão -, o movimento foi interpretado como primeiro passo para a entrada dele na política.

O objetivo, dizia-se, era uma candidatura ao Senado em 2018. Argumento que agora voltou com mais força.

Da coluna Estado Maior

Crise institucional

por Jorge Aragão
Renan Calheiros / Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Renan Calheiros / Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

O Planalto Central está em ebulição desde que políticos e magistrados começaram a se desentender em relação a projetos e procedimentos. E chegou ao ápice da crise com a decisão monocrática do ministro Marco Aurélio Mello, que afastou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado e do Congresso Nacional, sob o argumento de que réus não podem estar na linha de sucessão da presidência da República.

Mas a guerra de nervos entre os poderes Judiciário e Legislativo vem de muito antes, desde os tempos de governo Lula.

Tudo começou quando, percebendo o vácuo do Legislativo sobre algumas questões legais, o Supremo Tribunal Federal passou a legislar sobre estes temas, criando leis em forma de jurisprudência, o que deixou o legislativo irritado.

A relação azedou quando do início da operação Lava Jato, que acossou meio mundo de políticos em Brasília e se instalou no coração do Congresso Nacional,  condenando e levando para a cadeia alguns dos próceres da política de Brasília.

Nesta batalha, que ganha cores mais fortes por causa da cobertura midiática, o Judiciário acaba ganhando o apoio da mídia – e consequentemente da população – por causa da histórica antipatia nutrida pela classe política. Magistrados, procuradores, promotores e todo o segmento do Judiciário se aproveitam sabiamente disto para vencer cada batalha.

Mas a decisão da Mesa Diretora de ignorar a decisão do ministro Marco Aurélio deve trazer mais tempero a essa contenda. E novos movimentos virão por aí.

Da coluna Estado Maior, de O Estado do Maranhão