Flávio Dino deve começar a anunciar nova equipe na próxima semana

por Jorge Aragão

O governador Flávio Dino estuda as últimas mudanças para a sua nova equipe de governo. A partir da semana que vem, o comunista irá começar a anunciar os novos membros que devem permanecer na gestão durante os próximos quatro anos.

Além daqueles que irão permanecer, que serão a maioria, pelo menos três nomes são tidos como certos na nova equipe do Governo Flávio Dino – Rogério Cafeteira – Rubens Júnior e Raimundo Cutrim.

Cafeteira deve ser anunciado como o novo secretário de Comunicação e Articulação Política, em substituição a Márcio Jerry que já assumiu o mandato de deputado federal. A única pendência é se a pasta seria desmembrada ou permaneceria como está.

Rubens Júnior, mesmo a contragosto, deve ser retirado da Câmara Federal para compor a equipe de governo. Rubens deve assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social, pois Flávio Dino quer que Gastão Vieira, segundo suplente, assuma como deputado federal. O primeiro suplente é Simplício Araújo que é secretário de Industria e Comércio.

Raimundo Cutrim está tendo seu nome cotado para a Secretaria de Administração Penitenciária, em substituição a Murilo Andrade. Cutrim que é do PCdoB deve retornar ao Executivo depois de passagens pelo Legislativo.

É aguardar e conferir.

“É um psicopata”, diz Cutrim sobre Jefferson Portela

por Jorge Aragão

E com a anuência, ou pelo menos o silêncio sepulcral, do governador Flávio Dino, o “parquinho” segue pegando fogo no Governo do Maranhão.

Nesta quarta-feira (25), o deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB) voltou a utilizar a Tribuna da Assembleia Legislativa e não deixou barato as ofensas proferidas pelo secretário de Segurança, Jefferson Portela.

Cutrim disse que o colega de partido, ambos do PCdoB, é um psicopata e sem nenhuma condição de permanecer no cargo que ocupa.

“É um psicopata. É uma questão de preocupação pública. Mais de 10 partidos e a sociedade organizada pedem a intervenção federal na Segurança do Maranhão. Há um clamor de preocupação em relação ao pleito eleitoral que se aproxima. Questiono senhores deputados, galeria, imprensa, se esse senhor tem condição de permanência no cargo de secretário? Tem a condição de imparcialidade administrativa dos conflitos, dos interesses contrariados de nossa gente? Não tem”, afirmou o parlamentar.

Raimundo Cutrim também demonstrou muita decepção e revolta com o episódio de que Jefferson Portela teria supostamente pressionado um policial militar para incriminá-lo. O parlamentar novamente questionou se Portela teria condições de permanecer no cargo.

“Um oficial de polícia baixaria uma circular para investigar adversários do governo sem o conhecimento de seu comandante maior, que é o Secretário de Segurança? Um Secretário de Segurança sério, equilibrado e isento, não comandaria uma investigação forçada, forjada para atingir os seus desafetos. Portanto, o que questiono é se esse senhor deve permanecer no cargo?”, declarou.

Cutrim encerrou dizendo que nem a Assembleia Legislativa e nem o Governo Flávio Dino podem compactuar com essas atitudes de Jefferson Portela. O parlamentar voltou a pedir que os colegas assinem a CPI para investigar os escândalos na área da Segurança.

“A Assembleia não pode compartilhar com esse desmando. O Governo do Estado não pode se isentar de providências para uma questão tão séria. O gestor de segurança, para a tranquilidade do Estado, não pode permanecer. É um psicopata. O que ele colocou, depois tirou e voltou de novo a me atingir pessoalmente. Vejam a patacoada que ele fez com a delação premiada do policial Paiva foi tão grande, que ele estava presente sendo testemunha de acusação, pressionando a pessoa para incluir pessoas que nem lá estavam e nem estão e nunca estiveram. Isso é um absurdo. Comprometeu três procuradores de justiça sérios. O que ele estava fazendo sábado na Procuradoria da República, conversando com uma pessoa que queria fazer uma delação penal forçada, pressionada, ele sendo testemunha de defesa? Isto é gravíssimo. E esta Casa, nós não podemos, de maneira nenhuma, deixar isso passar em branco. Isso atingiu o parlamento. Nós temos que assinar esta CPI para que possa se esclarecer todos esses fatos”, finalizou.

E assim segue o Governo Flávio Dino. Agora é aguardar e conferir o próximo capítulo.

Vai manter a coerência, meu caro Raimundo Cutrim ???

por Jorge Aragão

O ex-secretário de Segurança e deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB) deve viver nos próximos dias um dilema em tanto. O parlamentar vai precisar decidir pela coerência ou pela conivência política.

A questão é bem simples. Cutrim deixou o grupo político da ex-governadora Roseana Sarney apenas e tão somente por divergências com o na época secretário de Segurança, Aluisio Mendes, e por uma suposta falta de apoio da então governadora.

Cutrim afirmou, por diversas vezes, que Aluisio tentou lhe incriminar em pelo menos dois casos, a morte do jornalista Décio Sá e um caso de grilagem de terras. Apesar da então governadora Roseana Sarney não ter se intrometido nos assuntos, ela deixou claro, em entrevista dada a TV Mirante, que confiava em Raimundo Cutrim e que não acreditava que ele tivesse qualquer ligação com a morte de Décio Sá.

Entretanto, a declaração não foi suficiente para Cutrim, que deixou o grupo político magoado e foi procurar abrigo no PCdoB, mas sem jamais tecer publicamente nenhuma crítica a gestão anterior que integrou.

Só que mais uma vez Raimundo Cutrim se vê no mesmo dilema. Novamente o parlamentar está em atrito com um outro secretário de Segurança, agora com Jefferson Portela, que além de tudo é seu colega de partido.

Portela já classificou Cutrim de Besta Fera, Covarde e Demônio, também questionou o trabalho do ex-secretário, deixando pairar graves dúvidas em alguns casos polêmicos investigados por Cutrim (reveja aqui). Já nesta semana, Jefferson Portela voltou a responder críticas de Cutrim e detonou o colega de partido, afirmando que “ele não tem moral nem para me dar bom dia”.

Além disso, Cutrim também reclama que seu nome tem sido colocado em alguns crimes no Maranhão pelo atual secretário Jefferson Portela, como na prisão de uma quadrilha de contrabandistas. Mais recentemente, surgiu um vídeo de um policial militar afirmando que Portela teria lhe pedido para incluir o nome de Cutrim, como um dos integrantes da quadrilha, na sua delação premiada.

Só que diante desse embate e trocas graves de acusações, nem o partido de Cutrim, o PCdoB, e muito menos o governador Flávio Dino tem se posicionado diante dessa briga interminável. Ou seja, Raimundo Cutrim não teve, em momento algum, nenhuma palavra de apoio e conforto da cúpula do seu novo grupo político.

É meu caro Raimundo Cutrim, se o parâmetro para permanecer num grupo político for maus tratos, Vossa Excelência já deve estar arrependido, pois por mais que se considere injustiçado no Governo Roseana, a própria governadora chegou a sair em sua defesa publicamente, mas no atual Governo Flávio Dino, o seu novo líder permanece num silêncio sepulcral e acompanhando a sua execração pública.

Agora resta saber se Raimundo Cutrim vai optar pela coerência ou pela conveniência ???

É aguardar e conferir.

Raimundo Cutrim quer CPI e “cabeça” de Jefferson Portela

por Jorge Aragão

O deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB), nesta segunda-feira (23), não poupou críticas ao secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela (PCdoB). As críticas, da Tribuna da Assembleia, foram por conta do vídeo onde um policial militar afirma que Portela pediu para que ele incriminasse o parlamentar e o delegado Thiago Bardal com uma quadrilha de contrabandistas.

Cutrim afirmou que os fatos do fim de semana, incluindo também o memorando da Polícia Militar onde é ordenado o “fichamento” de adversários políticos do governador Flávio Dino (PCdoB), demonstram a podridão que se encontra a Segurança Pública do Maranhão.

“Os fatos que trago a esta Casa são de natureza gravíssima, são de uma gravidade extrema e revelam a podridão do sistema de segurança pública do nosso estado. Se eu sou delegado da Polícia Federal, fui secretário de Segurança pública por muitos anos e hoje estou deputado, por pouco não tenho o nome lançado na lama como criminoso, como integrante de uma quadrilha, ou seja, associação criminosa, então a que tipo de abusos não estão submetidos os demais cidadãos? Esta Casa não pode fingir que tais fatos não ocorreram. Os ofícios e memorandos circulares da Polícia Militar estão aí divulgados na mídia, inclusive em rede nacional, e o vídeo do policial narrando a trama sórdida e covarde para incriminar um deputado”, afirmou Cutrim.

O parlamentar deixou claro que o atual secretário é um irresponsável e desequilibrado. Raimundo Cutrim pediu aos colegas a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as graves denúncias e solicitou do governador Flávio Dino a exoneração de Jefferson Portela.

“A tentativa criminosa do Secretário de Segurança Pública tentando me envolver em uma quadrilha ou associação criminosa de contrabandistas, reflete em uma irresponsabilidade sem precedentes quanto à sua função pública. O que presenciamos hoje é um Secretário de Segurança Pública desequilibrado, que chega ao ponto de comprometer o governador. Sua permanência no cargo fragiliza o respeito ao Governador do Estado, ao ponto de suas atribuições, de suas ações e omissões, chegarem às redes nacionais, e inclusive ao Fantástico. Que vergonha para o nosso povo. Governador, a permanência de Jefferson Portela compromete o seu governo e desrespeita a Assembleia. Confio no governo que faço parte e espero que, como foram exonerados os responsáveis da circular, que seja também exonerado da função de Secretário de Segurança Pública. Sugiro também fazermos uma CPI, vamos assinar para que tenha a assinatura dos 42 deputados, para que a gente possa trazer isto a limpo, para que fatos desta natureza não possam mais ocorrer em nosso Estado”, finalizou.

E olha que quem está pedindo a abertura de uma CPI e a “cabeça” de Jefferson Portela é um deputado da base governista e do mesmo partido do governador e do secretário de Segurança.

Resta saber se a Assembleia Legislativa e o governador Flávio Dino vão atender as solicitações do parlamentar ou se simplesmente vão “virar as costas” para Raimundo Cutrim.

É aguardar e conferir.

Contrabando: Raimundo Cutrim e Nelma Sarney tinham razão

por Jorge Aragão

No início da noite desta terça-feira (13), o juiz Ronaldo Maciel, da 1ª Vara Criminal de São Luís, tomou uma importante decisão sobre o polêmico processo da quadrilha de contrabando, desbaratada pela Polícia Civil do Maranhão e que culminou com a prisão de dez militares e do delgado Thiago Bardal.

O magistrado decidiu remeter para a Justiça Federal o processo. Ronaldo Maciel afirmou que sua decisão foi baseada no laudo da Polícia Federal, afirmando que a mercadoria presa veio de fora do Brasil.

Com o entendimento do juiz Ronaldo Maciel, de declarar a Justiça Estadual incompetente para o caso e entender que a competência é da Justiça Federal, caberá agora a um juiz federal decidir pela manutenção ou revogação da prisão dos acusados.

O curioso é que tanto o ex-secretário de Segurança e atual deputado estadual, Raimundo Cutrim, e a desembargadora Nelma Sarney, que redistribuiu um habeas corpus em favor do delegado Thiago Bardal, já haviam dito que a competência do caso era da Justiça Federal (reveja aqui).

E agora fica comprovado que ambos tinham razão.

A postura acertada de Jefferson Portela

por Jorge Aragão

Depois de ter extrapolado nas críticas, através das redes sociais, ao deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB), o secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela (PCdoB), parece que compreendeu a dimensão do cargo que ocupa e mudou sua postura no episódio.

Portela, após Cutrim fazer alguns questionamentos sobre a operação que desbaratou uma quadrilha de contrabandista e que culminou com prisão de dez militares e do delegado Thiago Bardal, utilizou as redes sociais para “detonar” com o parlamentar (reveja).

As fortes palavras de Portela parecem que acabaram passando do tom e levando um problema a mais para o governador Flávio Dino (PCdoB), uma vez que além de pertencerem ao mesmo grupo político, ambos são do PCdoB.

Desde então, Jefferson Portela optou pelo silêncio e não respondeu mais as críticas de Raimundo Cutrim, que já por duas vezes utilizou a Tribuna para cutucar o secretário de Segurança, na última praticamente desafiando Portela (reveja aqui e aqui).

O silêncio de Portela parece, no momento, a decisão mais acertada, já que o foco tem que ficar voltado apenas para o trabalho, inclusive dirimindo algumas dúvidas que ainda restam sobre a quadrilha de contrabandistas.

Sendo assim, a decisão e a postura adotada por Jefferson Portela são acertadas e exemplo de maturidade, deixando o embate juvenil, tolo e desnecessário, para outra ocasião.

“Ele precisa conhecer Processo Penal”, diz juiz Ronaldo Maciel a Cutrim

por Jorge Aragão

O juiz Ronaldo Maciel, da 1ª Vara Criminal, que decretou a prisão de praticamente todos os envolvidos com a quadrilha de contrabandistas desbarata pela Polícia do Maranhão, no fim do mês passado, respondeu às críticas feitas pelo deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB).

Utilizando a Tribuna da Assembleia, na sessão de quinta-feira (08), Cutrim criticou tanto o magistrado quanto o promotor do caso, por entender que o caso se trata de crime federal e deveria ser apurado na esfera federal, não estadual. O parlamentar chegou a questionar a parcialidade Ronaldo Maciel e que recebeu a informação que ele teria sido pressionado para decretar a prisão do delegado Thiago Bardal.

“Então será que o juiz está sendo parcial? O Dr. Ronaldo Maciel? Eu tenho minha desconfiança, porque ele sabe que não é competência dele. Agora eu quero ver o seguinte, como é que fica o Conselho Nacional de Justiça? De braços cruzados? Para que foi criado? Como fica o Conselho Nacional do Ministério Público? De braços cruzados? Como fica o Procurador da República do Maranhão? Não são guardiões da Constituição? Como é que fica? Eu desafio aqui quanto a competência. A competência é da Justiça Federal, não é da Estadual. A boca miúda me disse que o Secretário foi lá ao juiz pressionar: “Doutor, o senhor não vai prender o delegado, eu vou ficar desmoralizado”. Será que houve? Eu não sei, mas me disseram. Eu não sei disso, mas é o que se houve da boca miúda”, afirmou Cutrim.

Procurado pelo Portal G1 Maranhão, Ronaldo Maciel se manifestou e disse que Raimundo Cutrim precisaria conhecer o processo penal. Entretanto, não comentou a suposta pressão que teria recebido para pedir a prisão de Bardal.

Se o deputado tiver informação se aquilo é descaminho ou contrabando, ele tem informações privilegiadas que eu não tenho. Eu digo na decisão que há plausabilidade, que me leva a acreditar que ali seja contrabando impróprio ou próprio. Só que eu digo que os elementos nos autos são insuficientes na minha decisão se aquilo é contrabando. O laudo do IML deixa a desejar. Eu requisitei da Polícia Federal que me diga isso porque o laudo do ICRIM foi muito inconclusivo. O que o deputado precisa é conhecer processo penal, que ele não conhece. A minha jurisdição é residual, eu só posso atuar naquilo que não é da Justiça Federal, só que a jurisprudência pacífica do STJ é no sentido de que só se envia para a Justiça Federal quando estiver devidamente caracterizada a competência no caso. Há, inclusive, jurisprudência de que quando a investigação é iniciada pela Polícia Estadual ou Federal e há dúvida de quem seja a competência os autos, continua-se com a investigação até que se prove a competência. Na hora que estiver concluído o inquérito e eu tiver a conclusão de que a competência é da Justiça Federal, eu remeterei imediatamente à Justiça Federal”, declarou o juiz Ronaldo Maciel.

Entretanto, é bom que se diga, que a desembargadora Nelma Sarney estava como plantonista quando recebeu o pedido de Habeas Corpus em favor do delegado Thiago Bardal. A desembargadora resolveu redistribuir o pedido, mas deixou claro que no entendimento dela, baseado em decisões do STJ, que a esfera seria realmente federal, como afirmou Raimundo Cutrim. Veja abaixo a decisão.

“Da análise superficial, inerente a presente fase de cognição sumária, causa espécie que o ora Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão -, o paciente esteja sofrendo constrição em sua liberdade, decorrente de decisão proferida pela Justiça Estadual. Isso porque, dentre os crimes imputados ao ora paciente, encontram-se os de descaminho e contrabando, ambos de competência da Justiça Federal. É consabido que o acusado defende-se dos fatos imputados e não da capitulação legal contida na peça acusatória ou ainda na fase pré processual de investigação. Havendo a imputação de diversos crimes, no mesmo contexto fático, basta que um seja de competência da Justiça Federal para que ocorra sua vis attractiva. Tal entendimento já se encontra sumulado no Superior Tribunal de Justiça, no enunciado n° 122, que dispõe “ Compete a Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código de Processo Penal”. O enunciado n° 151 do Superior Tribunal de Justiça é claro: “A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão do bem”. Entretanto, como o malfadado ato prisional deu-se em 02 de março do ano corrente, determino a imediata redistribuição dos autos para que não seja imputada qualquer ilegalidade por infringência ao princípio do juiz natural, bem como, por considerar na espécie, hipótese que não deve ser apreciada em sede de plantão judicial, conforme delineamento contido na Resolução n° 71 do Conselho Nacional de Justiça. Determino ainda que os ora Impetrantes, juntem no prazo de 05 (cinco) dias, cópia da decisão da autoridade apontada como coatora. Esta decisão serve como ofício”, sentenciou a desembargadora.

Como dizem no Direito, cada cabeça uma sentença, mas pelo visto alguém está equivocado.

É aguardar e conferir, afinal segue a polêmica.

Clima quente: Raimundo Cutrim desafia Jefferson Portela

por Jorge Aragão

A relação entre o deputado estadual Raimundo Cutrim e o secretário de Segurança do Maranhão, Jefferson Portela, ambos delegados e pertencente ao PCdoB, segue estremecida e está longe de ser uma boa ideia chamar os dois para um mesmo local.

Nesta quinta-feira (08), Raimundo Cutrim voltou a abordar as declarações de Portela nas redes sociais e parece ter ficado visivelmente incomodado pelo fato do secretário de Segurança ter lhe chamado de covarde. Cutrim chega a desafiar Portela.

Eu tenho uma história e eu nunca soube ser covarde, eu assumo as minhas responsabilidades. Eu não nasci, não fui criado para dar passos para trás, eu só ando para frente. Então, pelo amor que você tem seus filhos, não chame um homem de covarde. Se você acha que eu sou covarde, vem com gracinha para cima de mim, para você ver o que é um covarde. E aí você vai ver quem é o covarde. Eu posso ser tudo menos covarde. Porque se você tem dúvidas, me provoque para ver o que é covarde, me provoque. Tu achas que não sou homem, me provoque”, desafiou Cutrim.

O parlamentar ainda fez outro desafio para o colega de partido e de profissão. “O secretário deveria se lembrar, saber dizer para a população por que na época de 1998 ele foi desligado da operação de combate ao crime organizado. Ele deveria dizer por que ele foi desligado e vir em público dizer. Ele não é homem para dizer por que ele foi desligado? Ele devia dizer”, questionou.

O deputado Raimundo Cutrim voltou também a falar sobre a operação que desbaratou uma quadrilha de contrabandistas e que culminou com a prisão de quase dez militares e do delegado Thiago Bardal, até então comandante da Superintendência de Investigações Criminais no Maranhão.

O parlamentar reafirmou que a competência da investigação é federal, não estadual. Questionou a parcialidade do juiz do caso, as condições profissionais do promotor e que o vazamento do áudio do ex-vice-prefeito de São Mateus, Rogério Garcia, acusando um secretário e dois deputados de darem apoio, mesmo que involuntariamente, a quadrilha, foi proposital.

“Eu continuo dizendo é que aquele vazamento foi para querer aqui pressionar o Presidente da Assembleia. Dizer: “Olha, não fala que eu vou dizer quem são os deputados”. Ele tem que dizer quem são os dois deputados. Vamos ver quem são os dois deputados”.

“Então será que o juiz está sendo parcial? O Dr. Ronaldo Maciel? Eu tenho minha desconfiança, porque ele sabe que não é competência dele. Agora eu quero ver o seguinte, como é que fica o Conselho Nacional de Justiça? De braços cruzados? Para que foi criado?Como fica o Conselho Nacional do Ministério Público? De braços cruzados? Como fica o Procurador da República do Maranhão? Não são guardiões da Constituição? Como é que fica? Eu desafio aqui quanto a competência. A competência é da Justiça Federal, não é da Estadual. A boca miúda me disse que o Secretário foi lá ao juiz pressionar: “Doutor, o senhor não vai prender o delegado, eu vou ficar desmoralizado”. Será que houve? Eu não sei, mas me disseram. Eu não sei disso, mas é o que se houve da boca miúda”

“E sabe qual é o promotor? É aquele mesmo que armou com o ex-secretário e os três delegados contra o Deputado Cutrim. É aquele mesmo e que digo sempre que ele não tem condições profissionais de estar na frente de uma operação dessa. Ele foi conivente. E está dizendo, tanto o juiz como o promotor, eles estão praticando crime de abuso de autoridade e atos de improbidade administrativa, porque eles sabem que não é da competência deles”

Pelo visto estava com a “metralhadora” ligada o deputado Raimundo Cutrim.

Agora é aguardar e conferir o desdobramento dessas declarações.

“A Segurança acabou no Estado, não existe”, afirma Raimundo Cutrim

por Jorge Aragão

Utilizando a Tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta quinta-feira (01), o deputado estadual Raimundo Cutrim (PCdoB) respondeu as duras críticas feitas pelo colega delegado e de partido, o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela.

Cutrim entendeu que Portela demonstrou desequilíbrio nas postagens feitas e que comprovou, mais uma vez, não ter preparo para o cargo que ocupa. O parlamentar ainda disse que o secretário cometeu crime eleitoral e cobrou providências do Ministério Público Eleitoral.

“Achei estranho de ver tamanho desequilíbrio do secretário. É o que mostra que ele não está preparado para o cargo. Primeiro, eu não entrei em um aspecto de mérito, falei no aspecto formal. O que eu disse? Eu não entrei no lado pessoal, da vida pessoal do Secretário e ele, com o desequilíbrio que todo mundo conhece, entrou até no aspecto de polícia partidária, que isso é crime eleitoral. Ele não pode estar influenciando A, B ou C, votar em A, B, ou C, então isso é crime e que o Ministério Público Eleitoral tem que tomar providências. O desequilíbrio foi tão grande que ele veio me atingindo pessoalmente”, afirmou.

Raimundo Cutrim afirmou em alto e bom tom, que a Segurança Pública do Maranhão acabou, não existe e nem possui credibilidade. O parlamentar questionou se os deputados não poderão mais fazer críticas aos gestores e classificou Portela de ‘secretariozinho’.

Então, nós aqui deputados, nós temos que ter cuidados, porque do jeito que está indo, nós vamos ficar impedidos de falar, nós vamos ficar proibidos de falar aqui, a nossa imunidade parlamentar vai acabar. Vem um secretário do grupo do governo, da nossa base, e chegar a agredir um parlamentar do nada, com fatos meramente pessoais, e aí nós não podemos ficar agachados para um ‘secretariozinho’ desses. Ele tem é que trabalhar, ele tem que mostrar trabalho porque a segurança acabou no estado, só ele que não sabe. A segurança do estado não existe, não existe a segurança no estado, não tem credibilidade, não tem profissionalismo, não existe, o índice de criminalidade está lá em cima”, disse Raimundo Cutrim sobre a Segurança no Governo Flávio Dino.

Por fim, Cutrim ainda fez questão de citar duas passagens de Jefferson Portela na Segurança Pública, que no entender do deputado acabaram manchando seu currículo.

“O primeiro trabalho que ele fez aqui de combate ao crime organizado foi em 1998, pergunte para o delegado porque ele saiu da equipe que coordenava o crime organizado? Ele devia dizer por que ele saiu, em 1998, quando a Secretaria de Segurança era ali na RFFSA. Que tinha mais de oito, dez delegados e ele fazia parte. Aí ele saiu no meio da operação, ele saiu, ele devia dizer por que saiu. Depois, para dizer como é a credibilidade desse rapaz, todos viram o que ele fez com a ex-secretária de Segurança Eurídice Vidigal, é só dizer isso, não precisa mais dizer nada”, finalizou.

Resta saber se o secretário Jefferson Portela vai responder novamente as palavras de Raimundo Cutrim, ou fará ouvido de mercador.

Além disso, é preciso saber o posicionamento do governador Flávio Dino, afinal ficou evidenciado que o PCdoB e o próprio grupo político comandado pelo comunista, ficaram pequenos para os dois.

É aguardar e conferir.

Jefferson Portela chama Raimundo Cutrim de demônio e covarde

por Jorge Aragão

Definitivamente não é um bom negócio convidar para um almoço, na mesma mesa, o deputado estadual Raimundo Cutrim e o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela.

Os dois delegados e comunistas, pois pertencem ao mesmo partido do governador Flávio Dino, parecem que viraram definitivamente inimigos e não possuem mais a capacidade de ficar no mesmo grupo político, principalmente depois das inúmeras ofensas proferidas, nas redes sociais, por Jefferson Portela a Raimundo Cutrim.

O parlamentar e ex-secretário de Segurança, utilizando a Tribuna da Assembleia Legislativa, fez algumas duras críticas ao trabalho desenvolvido por Jefferson Portela. O atual titular da pasta não “guardou almoço para janta” e partiu para cima de Raimundo Cutrim, chegando a classificá-lo de demônio, besta fera e covarde.

Só que o secretário Jefferson Portela não parou por aí. Portela fez inúmeras postagens lembrando e criticando episódios de quando Raimundo Cutrim foi o titular da pasta da Segurança Pública no Maranhão. Veja abaixo a relação de alguns questionamentos, desafios e frases postadas por Portela nas redes sociais.

“O Deputado Cutrim foi Secretário de Segurança por 12 anos. Por que não prendeu o maior traficante de cocaína do Maranhão?”

“Deputado Cutrim, o senhor é um exemplo que eu nunca seguirei. Dispenso as suas aulas.”

“Quando Secretário de Segurança Cutrim atacou ferozmente os Promotores que reabriram as investigações sobre o assassinato de Ezir Júnior, em Imperatriz.”

“Quando Secretário de Segurança Cutrim tumultuou as investigações sobre o assassinato do Prefeito Bertim, de Presidente Vargas.”

“Quando Secretário de Segurança Cutrim afirmou antes da Perícia que o Prefeito de Buriti Bravo havia cometido suicídio. Mentira. Foi homicídio.”

“Na gestão desse deputado Cutrim, o Centro de Inteligência da Polícia Federal foi invadido. Lembram da malsinada operação?”

“Cutrim, saia de trás do mandato de Deputado e debata comigo, de igual para igual, escolha o local e a hora. Escolha um programa de Rádio AM, em qualquer emissora. Será que você só fala na minha ausência?”

Jefferson Portela concluiu pedindo a atenção do povo do Maranhão, para que os maranhenses fiquem de olho no deputado comunista Raimundo Cutrim.

Definitivamente o PCdoB e o grupo político do governador Flávio Dino, visivelmente sem comando, não conseguiram abrigar mais Raimundo Cutrim e Jefferson Portela.

Resta saber agora a reação de Raimundo Cutrim diante do posicionamento extremamente duro de Jefferson Portela.

É aguardar e conferir.