Deflagrada mais uma etapa da Operação Cooperare

por Jorge Aragão

Aconteceu na manhã desta quarta-feira, 31, a segunda fase da Operação Cooperare, que investiga irregularidades na contratação da Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços (COOPMAR) pela Prefeitura de Paço do Lumiar.

Deflagrada pelo Ministério Público do Maranhão, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar e do Grupo de Atuação Especial no Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em parceria com a Polícia Civil e Controladoria Geral da União (CGU), a operação cumpriu mandados de prisão preventiva de Gleydson de Jesus Gomes Araújo, Marcelo Antônio Muniz Medeiros, Raildson Diniz Silva, Marben Costa Bezerra, Hilda Helena Rodrigues da Silva, Carlos Alex Araújo Prazeres, Artur Costa Gomes, Gedian Lima de Macedo, Peterson Brito Santos, Lucas do Nascimento e Aislan Denny Barros Alves da Silva. Os acusados foram denunciados por lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato.

A primeira fase da Operação Cooperare aconteceu em 2016 (reveja). Durante as investigações, foi apurado que a COOPMAR, ao longo de três anos, recebeu repasses de 17 prefeituras e também da Federação das Administrações Municipais do Estado do Maranhão (Famem), da ordem de R$ 230 milhões. Desse total, R$ 12.929.170,11 foram creditados pelo Município de Paço do Lumiar.

Relatórios técnicos da Assessoria Técnica do Ministério Público e da CGU constataram que a COOPMAR não possuía os requisitos necessários para ser classificada como cooperativa de trabalho, funcionando, na prática, como uma empresa privada.

Na época, foram cumpridos mandados de busca, apreensão e de bloqueio de bens, autorizados pela juíza Jaqueline Caracas, da 1ª Vara de Paço do Lumiar.

As prefeituras do Maranhão envolvidas na Operação Cooperare

por Jorge Aragão

cooperare

Na manhã desta terça-feira (13), o GAECO – Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado, com apoio da Polícia Civil do Maranhão e da Controladoria Geral da União, deflagrou a Operação Cooperare que atingiu 17 prefeituras do Maranhão.

As 17 prefeituras do Maranhão que foram alcançadas pela operação são suspeitas de fraudar licitações num esquema que deve ter desviado cerca de R$ 170 milhões dos cofres públicos. Segundo as investigações as fraudes aconteciam através da Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços – COOPMAR e mais de 10 empresas.

A COOPMAR, durante três anos, teria recebido mais de R$ 230 milhões das 17 prefeituras maranhenses. O Ministério Público do Maranhão confirmou que 15 contas de pessoas físicas e jurídicas foram bloqueadas, além de ter sido efetuado o sequestro e a indisponibilidade de sete imóveis e 11 veículos dos envolvidos.

As prefeituras que foram alcançadas com a Operação Cooperare são: Timon, Caxias, Paço do Lumiar, Viana, São Mateus, Grajaú, São José de Ribamar, Coroatá, Peritoró, Rosário, Presidente Dutra, São Domingos do Maranhão, Chapadinha, Santa Helena, Santa Rita, Matinha e Arari.

Segundo o Ministério Público, a fraude era iniciada quando as prefeituras contratavam a COOPMAR, que não tinha estrutura de cooperativa com divisão de lucros, mas sim de uma empresa comum. O esquema era montado para que pudessem participar apenas cooperativas e por ser uma cooperativa de fachada era a única empresa a vencer os processos de licitação.

leitoaDepois de vencida as licitações, através de fraudes, um pequeno grupo da cooperativa se beneficiava com os recursos milionários por meio de suas empresas, enquanto a maioria dos trabalhadores recebia um salário mínimo mensal.

Timon – É bem provável que a Prefeitura de Timon, na gestão Luciano Leitoa (foto), seja uma das que mais recursos tenha repassado recursos a empresa COOPMAR. Vale lembrar que, no início deste ano, o vereador Thales Waquim (PMDB) denunciou que a Prefeitura de Timon firmou contratos da ordem de R$ 93 milhões com a cooperativa investigada, nos dois últimos anos.

Agora é aguardar e conferir o desdobramento da operação.